No deserto do mundo esquecido: Pirâmides
No coração das pirâmides esquecidas,
Um viajante desbrava suas entranhas proibidas,
Em meio a serpentes venenosas que rastejam,
E almas perdidas que vagam sem que as vejam.
As paredes se erguem altas, majestosas,
Ecos sombrios de passos o perseguem, tenebrosas,
Um suspiro gelado percorre sua espinha,
Enquanto a escuridão engole a luz de sua tocha.
Os corredores se estendem sem fim,
Cobertos de poeira, mistério e sinfonia,
O viajante segue em frente, sem saber,
Qual caminho e qual corredor escolher.
Almas vagam pelas câmaras ocultas,
Gritando em silêncio, sem voz audível,
Como um louco que fugiu do hospício,
Areias, abutres e ossos são o seu auspício.
O viajante sente o peso da maldição,
E sabe que não há retorno em sua expedição,
Apenas o vazio da eternidade, sombrio e profundo,
Em meio às pirâmides, onde vagar é seu augúrio.