No deserto do mundo esquecido: Pirâmides

No coração das pirâmides esquecidas,

Um viajante desbrava suas entranhas proibidas,

Em meio a serpentes venenosas que rastejam,

E almas perdidas que vagam sem que as vejam.

As paredes se erguem altas, majestosas,

Ecos sombrios de passos o perseguem, tenebrosas,

Um suspiro gelado percorre sua espinha,

Enquanto a escuridão engole a luz de sua tocha.

Os corredores se estendem sem fim,

Cobertos de poeira, mistério e sinfonia,

O viajante segue em frente, sem saber,

Qual caminho e qual corredor escolher.

Almas vagam pelas câmaras ocultas,

Gritando em silêncio, sem voz audível,

Como um louco que fugiu do hospício,

Areias, abutres e ossos são o seu auspício.

O viajante sente o peso da maldição,

E sabe que não há retorno em sua expedição,

Apenas o vazio da eternidade, sombrio e profundo,

Em meio às pirâmides, onde vagar é seu augúrio.

Cabralístico
Enviado por Cabralístico em 05/05/2023
Código do texto: T7780365
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