A luz que se perde
Depois que a chuva parou de cair o vulto feminino se direcionava sem rumo pela rua estranha, úmida e fria. Seus olhos estavam marejados e a face lavada pela chuva e pelo choro.
As nuvens ainda estavam intactas no céu, negras e cinzentas. O vento suave e tenebroso passava esvoaçando no vestido alvo e sujo dela.
Era bonita, linda e sua tristeza a tornava mais bela. As nuvens se dissipava aos poucos. Os raios do crepúsculo ao oeste banhava as costas dela, e á sua frente a noite mostrava sua face negra.
Os passaros voavam em revoadas para o oriente. Algo na noite os estavam assustando.
A lua aparecia aos poucos pois algumas nuvens persistiam como se fosse a desaprovação dos deuses.
A lânguida mulher ergueu a cabeça. Seu segredo estava despertando e um dos seus demônios interiores.
- Ques os Lordes e as Ladys habitem fronteiras deste portal e que todos possam gozar da noite, porque somos um todo, um todo de crueldade... - seus lábios persitiam em dizer, e seus olhos marejados estavam fendados e perversos de uma maneira estranha e faminta.
Um demônio se apossava de todo o seu ser, e ela morria por toda a escuridão.
CONTINUA...