2024 - Vingança

Saturno abre um largo sorriso. As mãos cobertas de sangue.

Das cinqüenta e duas pessoas no bar, nenhuma sobreviveu.

Após meses, o índio finalmente descobriu a localização de seu irmão de sangue, Ivan.

Ângela entra chutando a porta, seus cabelos castanhos ondulados fazem um belo contraste com a pele muito branca.

- Ei Angel? Quer fazer um lanchinho? – pergunta ele lambendo o punhal.

- Não dá gato! A polícia está chegando!

Ela responde já armando a escopeta.

- Beleza! A gente come no caminho. – Saturno beija a boca da vampira lambuzando-a de sangue.

Pulam a janela de três metros de altura.

A polícia invade o laboratório clandestino a tempo de ver o vidro caindo após Ângela pular também.

Os dois correm na escuridão, afastando-se do local do crime em Santo Amaro.

- Vamos pegar ele? – quer saber a garota.

- É claro meu bem! – ri o imortal.

Sobem pelos telhados, silenciosos, ágeis e mortais.

Há dois gatos brigando em um muro, antes que percebam, têm as cabeças esmagadas pelo filho da noite que oferece um à sua companheira.

- Tim-Tim!

Ela sorri e bebe enquanto o sangue está quente.

Em um casarão em Pinheiros, Ivan tem um péssimo pressentimento.

- “Ele está vindo me matar”.

Um arrepio percorre a espinha do Prússio.

O loiro anda até uma velha escrivaninha, veste um par de luvas couro para se proteger. Tira uma antiga espada, cravejada de pedras preciosas que tem no cabo uma lasca de osso santo.

Já havia tentado matar Saturno com ela antes, só que o portador da espada falhara.

- Não vou morrer sem lutar! – grita o vampiro alemão.

Saturno e Ângela estão viajando sobre o metrô, estão quase na estação Trianon-Masp.

- Não importa o que acontecer hoje, você vai me amar? – quer saber o vampiro.

- Como assim? Você está estranho...

Ângela não sabe, mas o índio não pretende prender seu antigo inimigo como prometera. Pretende matar Ivan.

Começam a se acariciar e acabam fazendo amor sobre a última composição do metrô.

Vampiros amantes são raríssimos, e nunca visto com bons olhos pelos anciões.

No centro de São Paulo eles descem na Praça da Sé e pegam um ônibus para Pinheiros.

- Eaê Saturno? Beleza? – grita um humano.

- Fala Zé! Só tomando uma e curtindo um sonzinho né? – pergunta o vampiro sentindo o cheiro da birita.

- Vão para a “Fofo” amanhã? – quer saber o roqueiro.

Ângela olha para o rapaz de longos cabelos negros. Ele pensa um pouco e sorri.

- Não sei se vou estar vivo amanhã! – responde despedindo-se.

A garota está vestida como uma paulera, com calça jeans e camiseta do The Door´s, Saturno sempre de jaquetão de couro, botas e camiseta do UFO.

Os dois para o fundão do ônibus e ficam cantando músicas do Jethro Tull, Led Zeppelin e mais um monte de bandas.

Ângela não percebe por ser uma imortal muito nova, mas Saturno passa a viagem inteira tentando localizar sua presa.

Ivan sente sua mente ser tocada pelo de seu inimigo, e bloqueia os pensamentos. Seu oponente força a entrada, mas o loiro resiste.

Saturno está próximo.

O Prússio começa a arrumar as armadilhas que reservou para ele.

- Vamos descer. – avisa o filho da noite.

Ângela o fita, apreensiva.

- Ele está próximo?

-Sim...

Os dois descem do ônibus e começam a correr entre as ricas e pacatas ruas do bairro.

- Ivan bloqueou seus pensamentos. Acho que está armando alguma!

Eles andam um pouco e param enquanto Saturno tenta localizar seu meio irmão.

- Ele está lá! – aponta para um casarão.

- Vamos prendê-lo?

O índio não responde, começa a correr em direção à casa antiga.

Ângela o segue.

Os dois pulam o muro de quatro metros coberto de hera rapidamente, caindo no terreno cheio de mato crescido.

Agacham-se e ficam imóveis.

Não vendo movimento algum dentro do casarão, os dois correm para a porta da frente.

- Você fica aqui! – ordena Saturno.

- Não! Eu quero ir com você!

Ele a olha, aborrecido.

- Preciso de você aqui! Ninguém entra ou sai! – resmunga o rapaz de longos cabelos negros.

A vampira fica calada. Pelo olhar dela, o indígena nota que não fora nem um pouco convincente.

Agora é tarde demais para recuar.

Saca seu punhal. Hoje um dos dois irá morrer.

Saturno deseja ardentemente que seja Ivan.

Abre a porta da frente. Acredita que o Prússio não iria ser tão óbvio de pôr uma armadilha logo de cara.

Quando fecha a porta, descobre seu engano. Um alçapão se abre engolindo o vampiro.

Tenta se agarrar nas paredes.

Só consegue deslizar na grossa camada de graxa.

Um cheiro amargo sobe do fundo do alçapão. ÁGUA BENTA!

Ele vai derreter como uma lesma no sal.

Soca o punhal profundamente na graxa. Quando está com o cotovelo coberto, a lâmina trava em algo duro. Alcançou a parede.

Sente o odor da água benta bem próxima e fica enjoado.

A escuridão é total. Ele deixa os olhos se acostumarem e vê um túnel estreito por onde pode passar.

O problema é ele estar ao lado oposto de onde está o vampiro.

No segundo andar do casarão, Ivan dá ordens para uma multidão de servos Zumbis.

- Eu os quero mortos, procurem Saturno e também a garota! VÃO!

Arrastando-se, os mortos-vivos se vão para cumprir as ordens de seu mestre.

Com a espada sagrada em punho, Ivan entra em outro aposento. O quarto está vazio de móveis, exceto por um a cadeira, onde um vampiro ruivo está sentado.

O Prússio passa a mão pelo rosto barbado, checando se este está verdadeiramente em transe.

- Chegou nossa vez, Wildner, Através de você, pegarei meu inimigo! E se você morrer... Paciência! Amanhã a batalha continua! – ri Ivan.

Ordena ao hipnotizado a tomar sua forma. Os pêlos do rosto do ruivo começam a sumir. Seus cabelos mudam de tom, ficando loiros e levemente encaracolados.

Em menos de um minuto há na cadeira uma cópia fiel de Ivan.

O original entrega a espada santa na mão de seu recém-formado clone.

- Agora vá e mate Saturno! –ordena o imortal.

Com as mãos enluvadas, a cópia pega a espada e se retira do quarto.

Fora da casa, Ângela está ficando impaciente. Faz bem mais de meia hora que seu amado tinha entrado no casarão e nada havia acontecido ainda.

Ela escuta passos trôpegos em sua direção. Um homem grande e corpulento vem em sua direção, caminhando de um modo estranho.

Nesse momento a vampira se liga no que ele é. Um zumbi.

Ela ri.

- Que barato! Vou detonar meu primeiro zumbi!

A vampira saca sua machadinha e espera. Quando o morto-vivo a vê, guincha como um porco e se atira na direção dela.

Ângela sabe que o zumbi fora criado por um vampiro, pois seu pescoço está todo detonado. Pela maneira que ele se aproxima ela se lembra do Pernalonga sem querer.

- Venga Touro!

Ela se desvia com facilidade cortando o braço do zumbi na altura do cotovelo. Ele não parece sentir dor alguma.

Vira-se e volta a atacar a vampira.

- Olé! – ela gira o corpo e decepa a cabeça do cadáver ambulante.

O crânio voa longe.

- E a grande toureira Ângela... – graceja consigo mesma quando é interrompida.

Uma mão descarnada sai do chão, agarrando-a pelo coturno.

- Merda.

Diversos pares de mãos semi-apodrecidas brotam do solo, puxando-a.

A machadinha se solta de suas garras enquanto ela é arrastada para o fundo da terra.

Saturno ouve o grito de sua amada, mas também está em apuros. Impulsiona o corpo para trás, tentando girar no ar como um felino.

Crava o punhal na borda da passagem estreita. Suas botas de couro chapinham na água benta.

Se estivesse descalço seu pé teria derretido.

Com algum esforço, pois destroncara os dois pulsos no salto, percorre o túnel, arrastando-se como uma minhoca.

Está angustiado por Ângela. Ela é uma imortal nova ainda.

Tem medo que Ivan mate a garota para atingi-lo. O túnel estreito da em um subsolo úmido e sujo, o vampiro nota um movimento.

Ele sabe que não são ratos.

Os zumbis estão deitados, cobertos de lama. Logo começam a se levantar com machados, ameaçadores.

- Bosta.

Aperta o punhal com mais força.

O primeiro morto-vivo ataca. O machado passa zunindo ao lado do filho da noite.

Movendo-se muito rápido, o índio parte o corpo do zumbi ao meio como uma laranja podre.

Os outros atacam de uma vez. O ser noturno se desvia de das machadadas enquanto fatia os presuntos que andam.

Um dos imbecis consegue cortar sua mão que segura o punhal. Outro crava o machado na cabeça de Saturno, mais um pouco de força e teria arrancado um pedaço do crânio do vampiro.

No segundo andar do casarão, Ivan ri. Assiste a tudo pelos monitores que transmitem os acontecimentos em doze pontos diferentes da casa.

Ângela presa no subsolo. Seu clone corre para outro ponto subterrâneo para enfrentar Saturno, que também luta com alguns mortos-vivos.

A cópia de Ivan desce as escadarias. A grande capa púrpura esvoaça pelo ar e a espada brilha em suas mãos.

- Me solta seus cornos! – grita a vampira se debatendo.

Os zumbis apertam a garota feito torniquetes.

Ela acerta um chute que arranca a cabeça de um eles. Os cadáveres ambulantes a arrastam para algum lugar, pois procuram em volta com sua inteligência limitada.

Eles parecem não saber muito bem que caminho tomar. Às vezes entram em uma sala e saem logo em seguida.

É impressão da imortal ou está esquentando? Ângela não sabe.

Ela não é suficientemente forte para se soltar e os zumbis, estúpidos o bastante para não socar uma estaca no coração dela.

O cheiro de carne queimando fica mais forte. Ela abaixa a cabeça e olha para trás. Vê uma fornalha cada vez mais próxima.

- Me larga seus putos!

A ponta do coturno dela tem uma chapa de ferro e a garota acerta um chute no nariz de um cadáver.

O nariz voa longe. Um líquido viscoso começa a escorrer do morto.

Ele continua a segurá-la como se não tivesse sido tocado.

O calor está cada vez mais forte Ângela sente seu cabelo começar a pegar fogo.

Saturno quebra o cabo do machado, enterrado na cabeça. Enfia o cabo na cara do zumbi, atravessando seu crânio.

Cerca de quinze mortos vivos ainda lhe cercam.

Com a mão que sobra, o índio apara outro golpe e joga o zumbi sobre os outros que caem feito pinos de boliche.

O vampiro sente as costelas se partindo quando recebe mais uma machadada nas costas. Vira-se, furioso.

Com a mão, esmaga o crânio do morto vivo. Os olhos do defunto lhe escorrem entre os dedos.

A situação está péssima para Saturno e fica pior quando ouve a voz daquele que pensa ser Ivan.

- Hoje você morre irmão! – grita o sósia do Prússio atacando com a espada.

Por reflexo o índio puxa um morto vivo e o põe à sua frente de modo que receba a estocada da lâmina Santa.

O clone do loiro puxa a espada do estômago do zumbi. Como todo ser amaldiçoado este começa a estrebuchar e derreter exalando um cheiro fétido.

Saturno consegue tomar o machado do cadáver e se defende como pode.

As faíscas cobrem o ar. Logo os dois vampiros lutam tão rapidamente que os zumbis não conseguem acompanhar.

Os que ficam no caminho, são partidos ao meio pelo Prússio falso.

- SAIAM! Vocês estão me atrapalhando!

Os mortos vivos se afastam em seu passo cambaleante e enquanto os vampiros lutam ferozmente, o grito de Ângela pôde ser ouvido até dentro da casa.

- Angel? – chama Saturno baixinho.

Aproveitando a distração de seu oponente ataca o rapaz de longos cabelos negros, perfurando o ombro bom, que começa a borbulhar imediatamente.

Saturno urra de dor, deixando cair o machado.

O topo da cabeça de Ângela está em chamas. Com grande esforço ela pega dois zumbis que a seguram pelos braços e os enfia de cabeça na fornalha.

Eles começam a guinchar, pegando fogo. Apavorados, todos largam dela.

Imediatamente a vampira apaga o fogo queimou seus cabelos e sobrancelhas e salta no teto do subsolo.

Corre meio encurvada entre os zumbis apatetados, saindo daquele lugar sombrio.

- “Puta merda! Como dói...”

Passa a mão na cabeça e sua pele, coberta de bolhas estoura, escorrendo sangue e linfa.

A vampira ouve a voz de seu amado em sua mente.

Ela não sabe como responder, pois ainda não sabia usar o dom da telepatia.

- Sá! Eu estou bem! Vou ajudar você a prender o Ivan! – grita a imortal.

Se saturno captara a mensagem não respondera.

A filha da noite começa a correr pelos corredores vazios do subsolo, para ajudar seu companheiro.

O ombro dói muito. O lugar do ferimento ainda corrói-se pouco a pouco.

O Ivan falso tenta acertar o índio novamente, mas este, prevenido, salta para trás.

Saturno está cada vez mais encurralado contra a parede. O clone o ataca e ele recua.

Acaba ficando sem saída, preso a um canto. O sósia aponta a espada para sua cabeça e ataca.

O rapaz de longos cabelos negros abaixa rapidamente, desviando-se do golpe. A espada fura um cano de cobre.

Logo o cheiro de gás invade o nariz de ambos.

Cabe dizer que o Ivan original nunca cairia nessa. Conhecia todas as manhas e truques do seu meio irmão de sangue.

O sósia puxa a lâmina que ficara momentaneamente presa e quando se vira para seu inimigo não consegue conter sua surpresa.

- Quê? Você não ousaria...

Com a mão inteira Saturno segura um isqueiro de plástico amarelo do Paraguai.

O clone não se move. Fica parado com a espada em punho, feito uma estátua.

Saturno sorri ironicamente, seus olhos estreitam-se ainda mais, emitindo um brilho avermelhado.

- Bum! – diz acionando o isqueiro.

Nada. O mecanismo falha.

O sósia ri seco e ataca sem perda de tempo.

Antes de ser atingido, o índio consegue tirar uma faísca raquítica do isqueiro.

É suficiente.

A explosão os envolve lançando os dois vampiros em um turbilhão de fogo.

O imóvel treme de cima a baixo.

Ângela ia entrar na sala onde seu amado luta, quando a força da explosão arranca a porta de madeira e joga a garota alguns metros atrás.

Uma parte da sala desaba. Isolados, Saturno e o sósia de Ivan da vampira.

A poeira não assentara ainda quando o índio se levanta.

Os cabelos negros sujos e queimados pela grande bola de fogo. Ele tosse, cuspindo alguns dentes quebrados.

Ângela tenta abrir caminho entre os destroços. Ouve Saturno tossindo do outro lado.

O imortal ouve um barulho arranhando aço. Apesar do osso exposto na perna vai saltando para o lado do som.

Precisa saber. Precisa ter certeza de que ele está morto.

Um olho de Saturno está vazado e muitas costelas estão partidas, mas seu inimigo está bem pior.

O sósia de Ivan está cravado na parede de pedra. Um tubo de cobre de sessenta centímetros de raio o prende a parede.

O índio sorri com sadismo.

- Você merece isso seu puto! – grunhe.

Com alguma dificuldade puxa a espada que está semi-soterrada pelos destroços fumegantes.

Para isso enrola sua camiseta rasgada do UFO na mão, ou a lâmina santa a derreteria.

O clone se contorce. A dor deve ser imensa, ainda mais com o crânio quebrado e o cérebro vazando.

- Acaba com isso seu desgraçado! Me mata assim como matou nosso criador!

O rapaz de cabelos negros queimados fica incomodado por um instante, mas sabe que a morte de seu criador não é culpa sua. Não se deixa atingir por essa retórica.

Saturno apenas sorri. Vendo o inimigo indefeso, prolongando o sofrimento dele ao máximo.

Ângela está quase conseguindo derrubar a parede. Logo ela conseguirá ver algo do que se passa do outro lado.

Saturno decepa o braço direito de seu meio irmão. Logo em seguida arranca o esquerdo.

O clone de Ivan grita, amaldiçoando-o.

- Você acha isto muito? Há mais de quatrocentos anos você me persegue! – ri o índio.

Com a ponta da espada remexe o cérebro exposto de seu inimigo indefeso. Este revira os olhos de dor.

O cérebro chia e derrete.

Logo o indígena se cansa desse jogo e aponta a espada para o corpo do sósia. Acredita que vai matar Ivan finalmente.

Soca a espada profundamente no estômago do pretenso inimigo.

No segundo andar, o verdadeiro Ivan baixa a cabeça. Suspira aliviado.

Era ele que deveria estar sendo morto lá embaixo.

Saturno retira a lâmina do peito do vampiro morto em uma euforia insana. Após quatro séculos acabou com aquela luta.

Prepara mais um golpe visando o pescoço quando ouve o grito de Ângela.

- Para!

A fuzila com o olho vermelho.

- Eu mandei você ficar lá fora... – avisa sinistramente.

Pela primeira vez, ela sustenta seu olhar terrível.

- Os anciões nos mandaram prendê-lo para interrogá-lo sobre sua participação na Batalha das Raças que aconteceu no ano de dois mil e oito! Não desça ao nível dele.

- Você não sabe o que passei nas mãos desse animal! Ele sempre me caçou! Não se importava com as determinações dos Anciões! Quase matou você!

Ele levanta a espada Santa.

- SATURNO! – implora Ângela.

O vampiro a ignora. A lâmina Sagrada zune no ar.

A cabeça do clone roa no chão espalhando o resto do cérebro entre os destroços. Logo o corpo e o crânio do decapitado começam a se desfazer em pó.

Saturno olha para trás. Ângela não está mais lá.

O vampiro pode perfeitamente encontrá-la, mas não quer. Não pode.

Sai arrastando-se da casa. Precisa achar um cemitério antes do amanhecer que está próximo.

Nunca se sentira tão sujo. Tão podre.

Sai da casa. Os bombeiros começam a chegar para averiguar o motivo da explosão.

Saturno olha casualmente para o segundo andar. Para.

Pensa ter visto um vulto na janela.

Ivan, apavorado, tenta ao máximo ocultar sua presença. Esse seria o momento certo de liquidar seu odiado meio irmão, mas ele mal pode se mover de tanto medo.

O índio se vira. Afastando-se lentamente.

Nessa noite, apesar da felicidade de pensar ter matado seu pior inimigo, Saturno perde algo muito precioso.

Ângela.

Com o corpo queimado, um olho vazado e perna e costelas fraturadas, o vampiro acredita ser o fim de suas batalhas.

Está enganado.

É apenas o começo.

Fim.

Humberto Lima
Enviado por Humberto Lima em 10/04/2008
Código do texto: T939280
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