O turno maldito
Já é tarde... a lua mostra sua face
Logo as estrelas aparecerão
Em breve o céu escurecerá por completo
Será esta a hora que me sentirei mais a vontade
Abrirei meus olhos e braços num despertar maldito
Deixando o vento passar em meus dedos sem que possa senti-lo.
À noite... se encontra misteriosa
A lua se envergonha com minha presença e se esconde nas negras nuvens
Ando na grama com meus pés descalços em busca de sangue, em busca de morte.
Finalmente por completo a escuridão toma conta da rua
E se abre então um leve sorriso em minha face morta há muitos anos
Avisto então minha primeira vitima
E como é linda...
Uma beleza que combinada com o luar demonstra inocência e perigo
E com um pequeno e rápido gesto sua vida termina neste momento.
E assim da mesma forma e gestos repetitivos
O desejo moribundo pela semi-vida, pela vã existência é comprido.
E aos primeiros indícios de luz no horizonte... parto para um novo sono, uma próxima noite.
12/05/08