PEQUENO CONTO: "O GARÇOM"
Belo horizonte, 2005, 23 horas de uma bela Sexta feira.
A Boate Blak- meio, uma das mais modernas, onerosas e bem freqüentadas de B.H, estava movimentadíssima. Os carros importados, chegavam de minuto a minuto.
Uma bela moça aparentando uns 25, 26 anos entrou na boate, sozinha, aliá, acompanhada “apenas” da sua beleza, charm e elegância, levantando olhares de admiração masculinos e femininos. Corria o boato que as mulheres iam à essa boate, para “pescar” um desses magnatas ou “se arranjar na vida.”
A beleza era completa. Vestia um lindo longo de veludo preto, deixando os ombros e o colo desnudos, alvos, sensuais, o pescoço adornado por um lindo colar de pérolas e strás
Logo, logo, foi assediada por um rapaz de mais ou menos 40 anos, alto, vestindo um sobretudo também de veludo, porém caramelo. Sentou-se ao lado da moça, falou qualquer coisa, chamou o garçom, que atendeu prontamente com um belo sorriso. Era um rapaz também bonito, de 28 a 30 anos, dentro de um smooking preto, camisa branquinha, gravata borboleta preta, como mandava o “figurino”.
Antes de terminar o champagne caríssimo (ali era tudo carézimo),o rapaz se retirou para o lugar que estava anteriormente, abandonando a linda moça e o champagne.
Assim, foi a noite toda: ela rejeitando todos que se aproximavam. Homens de grande porte, os tais “magnatas”.
O garçom, que à essas alturas já estava “caidinho” por ela, ficava super feliz com o tratamento que ela dava aos ricaços.
- “parece que ela me olha com simpatia”, pensou ele, logo rejeitando o pensamento e recriminado-se: - bobo, imagina, uma moça rica e tão linda dar "bola" para um grçonzinho como eu... estou é ficando zureta, mas seus olhos não conseguiam desviar-se daquela preciosidade!!!!!
- Já quase amanhecendo o dia, ela chamou o belo garçom, pediu a conta e perguntou: - você é casado?
- - Quem, eu? Perguntou espantado....
- -sim, disse ela sorrindo....
- -Naaaaão....
- -leva-me para casa? Moro longe, entrada de Nova Lima, conhece?
- - claro, onde tem umas lindas mansões... mas... não tenho carro, disse com ar decepcionado.....
- - dirige pelo menos?
- -siiim... a voz quase sumindo, garganta seca de emoção.....
- - retirando as chaves do carro da linda bolsa, adornada de pérolas, as entregou ao belo garçom, ainda meio atarantado, dizendo: VAMOS?
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