Viagem insólita

Ao partir naquela viagem insólita, ele sabia que não teria volta. Foi uma escolha – ele era o voluntário –, embora discutisse consigo mesmo o valor de seu sacrifício. Subiu à nave e esperou pelo que poderia vir além daquele momento. Por alguns instantes – que pareciam uma eternidade – ouviu as palavras que nunca pensou ouvir, ajoelhou-se e jurou por muitas coisas. Depois de aceitar seu destino, não negaria sua condição a ninguém. Ele era fiel a si mesmo!

Pensou, ponderou, concluiu – esse era o seu jeito de ver e aceitar as coisas, o destino. Ele era o cara mais idiossincrático que já conhecera na vida. E ali, ajoelhado sobre o mármore, disse sim. Em poucas horas já estava em viagem para sua “lua de mel”.

Alexandre Costa
Enviado por Alexandre Costa em 02/06/2006
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