A paixão dos amantes

A cerca do mistério da paixão dos amantes

O que os olhos vêem,há a possibilidade do agrado ou não.

Por que nos apaixonamos?

O primeiro contato da paixão é o visual.

Sim! Mas,e quando nos apaixonamos por um mistério?

Descrevo-vos um caso a cerca do mistério de uma paixão que iniciou com um simples bilhete:”me liga (com o número do telefone é claro)”!Entregue por um garçom em um restaurante badalado de minha província.

Após a leitura,veio a curiosidade e a pergunta ao garçom:_ “Quem enviou”?A discrição foi pedida ao enviado.

Começou então,a procura e a dúvida de qual freqüentador daquela noite,teria enviado tal bilhete,um tanto objetivo e seguro de si.Decidi não ligar,mas por curiosidade, enviei-lhe também meu número de telefone,pelo gentil garçom,na expectativa do que sucederia a seguir.

Meus olhos acompanhavam o garçom na esperança de identificar o admirador.Não sei como, mas o garçom soube ser realmente discreto,devolvendo o mesmo bilhete,agora com o meu número,sem que eu percebesse a quem entregou.

O telefone toca a mesa do restaurante,amigas que ali me acompanhavam,riam,e ao mesmo tempo estavam, como eu, curiosas para saber se era o tal admirador.Atendi, e para a minha surpresa era o tal número do desconhecido,não sabia o que dizer,e como ele,sem graça,começamos um diálogo...

Pensava ao mesmo tempo em que falava,como seria tal sujeito,bom ele já havia tido o primeiro contato do interesse,do qual tenho dito,ele sabia como eu era visualmente,e eu não conseguia lembrar ao menos dos muitos rostos daquele ambiente,foi então,que surgiu um convite,fiquei atônita,o que responder a um desconhecido,precisava conversar com minhas amigas antes de qualquer resposta,pedi então,que esperasse, retornaria a ligação,informando onde estaríamos depois dali,sim era um sábado,sempre saíamos para dançar num clube local.Nesse momento o mistério em torno do desconhecido me deixava mais curiosa.Perguntei as minhas amigas o que achavam e o que deveria fazer,se retornava ou não a ligação,nenhuma objeção delas,já que estaríamos juntas e num ambiente público.

Então,retornei a ligação e nervosa,informei onde iríamos estar.Marcamos o horário do encontro,pedi que descrevesse o que estaria usando para identificá-lo,então me disse:”Não há necessidade,sei a quem procurar,jamais esquecerei o rosto que iluminou essa noite”.Fiquei emudecida sem reação verbal,então consegui responder, tudo bem, até mais tarde.

Nesse segundo momento, meus pensamentos voavam imaginando como seria aquele homem,que já conseguira com seu mistério,envolver-me numa pragmática paixão.

Saímos do restaurante,cada qual foi em direção as suas casas,para o cerimonial feminista da perfeita apresentação,comum a todas as mulheres,contudo,eu estava mais preocupada do que o habitual naquela noite,o que deveria vestir para impressionar aquele homem desconhecido,no entanto,pensava que se despertei-lhe a atenção,com toda a minha simplicidade,não deveria estar preocupada com isso,deveria ser e agir como sempre fizera...

Agora,pronta para encontrar com as “meninas”...chegamos ao clube,à ansiedade tomava conta de mim,minhas mãos suavam frias,tinha medo da decepção ao conhecer o tal sujeito,e se ao conhecer,minhas expectativas caíssem por terra.Aproximavam-se alguns homens e todos imaginava que era ele.Enfim,e não por fim,chegou e apresentou-se,convidei-o a sentar-se conosco.....Conversamos vários assuntos...dançamos....E minha consciência não captava nenhuma decepção,apesar dele ser uma pessoa totalmente fora dos padrões de beleza que cultuava,estava apaixonada pelo até então desconhecido que agora não mais o era.Perguntava-me no silêncio dos meus pensamentos,o que está acontecendo?Por que estou assim tão envolvida,querendo que este momento não termine com o fim do baile.Seria o fato do mistério do qual ele envolveu-me?Ou simplesmente era o que deveria acontecer...Não sei dizer.

De fato,a paixão desses dois desconhecidos não terminou com o término do baile.Passaram-se muitos dias...E juntos estão,vivendo um romance proibido, sim descobri por ele mesmo que é casado,assim,conheci também os mistérios da traição,e a lascívia dos amantes.

Dessa forma, como tudo acontecera,não julgo, não culpo as mulheres que traem e sim aqueles que deveriam honrar com o compromisso do matrimônio,pois assim como esse conto,a paixão vêm primeira e as informações vêm depois.

Sim,todos até aqui pensavam que a história seria de conto de fadas.Não,essa história se repete a todo o momento em muitos relacionamentos,que por culpa não sei de quem,nesse rol,acontece.

Quando deveria a razão dos envolvidos,no caso a mulher,falar mais alto,já é tarde,queremos viver essa paixão,mesmo à custa da infidelidade do outro,submetendo-se aos dilemas de ser a outra,do contentar-se com o que se pode receber,da espera infinita de quando der,de quando puder...

Certa vez ouvi de muitas...”Homem casado nunca deixa da esposa para ficar com a amante”.Deveras,mas não estatisticamente,nem sempre é nessa ordem.Não que tenha sido assim,ainda,com esses dois apaixonados...

Segue...Acompanhe!

Ana Cristina Silveira
Enviado por Ana Cristina Silveira em 25/04/2010
Reeditado em 30/04/2010
Código do texto: T2219228
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