Egocentristas Calhordas.

Existem uns carinhas viventes no universo que sentem desesperadamente uma imensa necessidade de serem grandes na vida, grandiloquentes, grandiosos, grandesmente grandes, etc, não o grande no sentido de estatura, mas o de grandeza épica, social, heróica, perestróica, etc.

Esses ditos cidadãos respeitáveis não se motivam por quaisquer coisas que provenham do vizinho, pois tudo que sai do próximo, para eles, é menor ou pior do que o que sai de dentro deles mesmos, inclusive, como fartamente se pode comprovar pela análise das redes de esgoto e privadas afins de suas residências. Suas bostas são gigantescas, enormes, banhadas a ouro, condizentes com seus seres protuberantes, de alto poder cognitivo e aquisitivo, capacitado e desenvolvido. São seres além-do-homem, num patamar superior, quase despersonalizados de tanto poderio encefálico-emocional que carregam. Até assusta a quem não está acostumado.

Eles estão por aí sempre se dando bem na vida. Buscam desenfreadamente uma posição de destaque na sociedade, sempre ao redor dos que se sobressaem de algum modo, seja do lado bom, seja do lado mal, eis não se importarem muito com escrúpulos, caráter, ética e coisas do gênero. São animais capazes de tudo por um pouco mais, não dando a mínima se a mãe está ou não na jogada.

Extremamente flexíveis, jogam de acordo com o jogo, sendo humildes ou orgulhosos, dependendo do que lhes aprouver.

Por fim, estão espalhados pela sociedade feito ratazanas nos esgotos, sendo fácil identificá-los quando surgem em meio à multidão, eis que logo vão se vangloriando de algo ou dizendo de si, e nossa função primária é exterminá-los!

Cristiano Covas, 25.07.06.