De Cérebros e Catarros.

Meu cérebro derreteu! Assuei o nariz e deixei que parte dele escorresse pelo ralo. O impressionante é que a parte cinzenta ficou agarrada na parede da pia e conversou algo comigo antes de ir de vez, quando á água da torneira o arrastou clemente. Murmurou algo incompreensível, coisas de cérebro. O vi indo e sorri um sorriso louco, selvático.

Daí em diante me equiparei a um animal, usando apenas minha parcela cerebral restante para viver feito gente. Assim agora sou gente, meio porco, meio indigente, meio demente... Agora vivo o repente, de repente, o momento oportuno, único de cada segundo...

Eram duas horas da tarde e eu já estava podre e queria dormir..., dormir para sonhar com fadas madrinhas acariciando minha costa e meu pinto...

SAvok OnAitsirk, 23.07.10.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 14/12/2010
Reeditado em 02/02/2015
Código do texto: T2671986
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