MEFISTUS
MEFISTUS
A lua desce lenta, no ceu da noite.
Ramos majestosos, de árvores majestosas,
se elevam contra ela e a tocam...
No jardim, um gato foge solitário e medroso.
Por entre alamedas mal iluminadas,
uma mulher corre desesperada...
Escondidos no negror da noite,
dois olhos injetados de sangue,
a seguem maldosos e iniciam um caminhar;
o vulto das sombras, sái à lua...
Gritos aterrorizados, penetram à folhagem
e se perdem no ar pesado da noite...
Eu, a tudo assisto indiferente.
Gritos, medo, morte. O quê me interessa?
Deixo que ela corra só, pro seu destino.
Impassível, deixo que ela morra.
Que tenho eu com seu drama?
Não fui eu quem fez o filme...