AS PRINCESAS DA CIDADE LUZ - 5° PARTE

Pere se entristeceu. Tendo melancólicos pensamentos dirigiu-se sem destino certo, ao leste do arraial, onde se localizavam as partes degradadas das terras. Tais degradações formavam um profundo precipício, entretanto haviam algumas trilhas tortuosas, não muito acessíveis, mas que enfim, se alguém tentasse descer ao fundo do vale, conseguia fazê-lo. Pere se encontrava transtornado pelas notícias das quais tomara conhecimento, diante daquilo propôs-se a descer as trilhas até um ponto em que se viu ao nível do fundo. Sua primeira observação foi ver uma espécie de rancho, em cujo chaminé saia fumaça, denotando que havia moradores no local. Dirigindo-se em direção a ele, no caminho foi interpelado por um velho, de barbas tão brancas que pareciam algodão.

-Paz, amigo. - saudou-lhe o ancião. – De onde vens com semblante tão descaído? – perguntou-lhe.

-Ah! Amigo, tempos atrás conheci na planície, uma família e nela três jovenzinhas, pelas quais vim mais uma vez a essas regiões, pois desejava presenteá-las com alguns vestidos, pela educação a qual demonstraram para comigo; contudo soube que faleceram.

-Ora, se for três meninas, cujas iniciais dos nomes são A, B e C, elas estão bem. Bem demais! Moram naquela palhoça a qual tu podes ver daqui. – apontou em direção à vivenda – eu acabei de passar lá para dar a cada uma delas um presente. Também recebi ordens para lhe presentear também, ó escravo peregrino.

Dizendo isto o velhinho pôs a mão sobre a cabeça de Perê e disse: Você será o tutor das princesas até que sejam rainhas, e a partir de agora terás o nome de LIBÉRIO, não esqueça.

Na sequência o velhinho desapareceu por entre uma cortina de neve, como que por encanto...

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