AS PRINCESAS DA CIDADE LUZ - 6° PARTE

Admirado com o que vira e ouvira, Perê se dirigiu à vivenda, encontrando lá os pais das jovens e elas, que numa alegria incontida cantavam uma espécie de hino.

Todos ficaram surpresos com sua chegada. Afinal moravam num lugar de difícil acesso. Como poderia ele, ter ido ali sem que fosse preciso?

Perê lhes explicou que sua melancolia o conduzira ao Buracão, e que a principio queria apenas contemplar das altas barrancas, as extensões estendidas ao nível baixo daquelas terras, disse também que mudara seu nome para LÍBERO.

Ele pode também se alegrar ao saber dos fatos ocorridos e contados pelo chefe da casa, que disse-lhe:

-No dia em que soubemos que que muitas crianças estavam falecendo por uma epidemia surgida no arraial da Planície, fomos aconselhados por um ancião que nos visitou, de que deveríamos descer as ribanceiras e habitar nesse casebre abandonado. O interessante é que hoje ele veio aqui, pôs a mão na cabeça de cada uma das meninas e proferiu palavras falando do futuro delas. Nós estamos convictos de que o velhinho era um anjo.

Pela descrição do pai das meninas, o velhinho seria o mesmo que Perê encontrara ao chegar no fundo do vale. Que era um ser humano diferente, era, pois desaparecera por entre uma névoa!

-Interessante! - E que profecia o velhinho anunciou para cada uma de vocês? – perguntou às jovens.

-Ah! Ele pôs a mão em minha cabeça e disse: Você Álari, será a RAINHA DA LETRA “A”.

-A mim o velhinho disse: Você será a RAINHA DA LETRA “B”. – falou Bálari.

-Para Cálida ele disse: VOCÊ SERÁ A RAINHA DA LETRA “C” – falou Ericson.

-Puxa vida! Serão rainhas das primeiras letras do abece-

dário?! - Admirou-se Perê, pensando nas palavras ditas a ele pelo velhinho. Contudo nada disse à família sobre o encontro dele com o dito ancião...

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Continua no 7° texto do conto