AS PRINCESAS DA CIDADE LUZ - 9° parte

...-Ora, não precisa se preocupar, caro Ericson. Eu posso levar vocês para lugares mais apropriados. – interferiu Perê, futuramente a ser chamado de LÍBERO.

-Mas como? Tenho três filhas menores e a esposa para cuidar! Morando aqui poderei trabalhar para alguém nesse Buracão, a fim de sustentar meus entes queridos.

-Ao meu patrão não interessa seus problemas – disse o vaqueiro – Saiam dessas terras o mais urgente possível, caso contrário vamos queimar essa palhoça para que se mandem daqui!

* * *

O sol se aprumava na casa do meio dia, quando cinco pessoas, sendo dois adultos e três meninas menores, carregando cada um deles alguns pertences, iniciaram uma peregrinação sem destino.

Diante dos fatos, Líbero se propôs a participar da vida daqueles retirantes, que á princípio não tinham pra onde ir. Tendo sua companhia, sob sua opinião optaram seguir em meio ao cerrado pelas regiões baixas, no sentido leste, já que por aquela direção havia um grande rio, não muito perto, porém se caminhassem uns cinco dias chegariam às suas margens, que por ser beira rio poderiam fazer um rancho pra habitarem, até um segundo plano.

Foi uma caminhada difícil. Tinham como alimento apenas farinha de mandioca, à qual adicionavam água e sal, já que havia aqueles ingredientes. Caminharam quatro dias, com paradas onde encontravam água, e a noite para repousarem.

Depois de andarem umas cinco léguas chegaram às margens do grande rio, do qual Perê sabia de sua existência. Era o famoso rio Sãofranco, cujas águas corriam a esquerda pra quem estivesse daquele lado da margem a qual chegaram...

Continua na parte 10