AS PRINCESAS DA CIDADE LUZ - 10° parte

No trajeto entre a palhoça e o grande rio, no qual se deslocaram por aqueles dias, houve alguns fatos dignos de notas, pois foram ocorrências sobrenaturais.

O primeiro aconteceu logo no terceiro dia, quando depois de caminharem por entre o cerrado, com o sol a pino e terrível calor, a água da moringa que levavam se acabou e todos estavam sedentos. As meninas, não obstantes estarem exaustas e com sede não reclamavam, pois compreendiam a situação. Ocorreu que no auge da angustia pela sede, eis que aparece o velhinho de barba branca, com uma bilha de prata, contendo água fresca da qual foi servida a cada um dos retirantes num copo de cristal cheio do precioso líquido. Após aquilo ele disse para Líbero:

Vou lhes dar de presente esta bilha de prata, mas não coloquem nela líquido algum para que não a contaminem. Ela sempre conterá água potável sem que seja necessário ser suprida; entenderam? – Dizendo isto, mais uma vez o velhinho desapareceu, desta vez sumindo no ar!

A partir dali não tiveram mais sede, pois a bilha sempre estava cheia de água limpa, não só para ser usada para beber, mas também para cozinhar.

O segundo fato ocorrido, foi a aparição repentina de uma Águia de grande tamanho, que transladou todos eles , sobre um vale profundo, o qual não poderiam transpor, caso fossem seguir em frente.

A ocorrência se deu no momento em que Líbero, seguindo à frente da família, que se tornara uma espécie de comitiva, deparou com o abismo do valado. Era profundo e tendo barrancos tão íngremes que seria impossível descer neles para atravessarem de um lado para outro. A jovem Álari ficou tão preocupada a ponto de ouvir uma voz dizendo-lhe que desejasse ser uma águia. Mal sabia ela que por ter pensado em ser um grande pássaro contendo a letra “A” como inicial, ocorreria um interessante fato. Foi impressionante! Num abrir e piscar de olhos ela tomou a forma de uma águia gigante! Com aquilo teve facilidade de transladar, seus pais, irmãs e o próprio Líbero, que no momento se lembrou das palavras do velhinho, ditas para Álari. Era a poder da princesa da letra “A” prestando uma sensacional ajuda na trajetória deles.

Foi sob grande admiração, que após o translado passaram a comentar o ocorrido, mesmo por que todos viram a transformação da menina num pássaro e vice-versa.

CONTINUA NA PARTE 11°