AS PRINCESAS DA CIDADE LUZ - 11° parte

-Estou pensando - disse Líbero – Álari se transformou numa águia. Teria seu nome, que agora é regido pela princesa da letra A, alguma relação com a inicial do nome da ave?

-Teve sim – disse a menina – Ouvi a voz do velhinho me falando ao ouvido: “deseje ser uma águia gigante, ó Álari” - Assim que concebi aquele pensamento me transformei na grande ave, conforme puderam ver.

Todos se admiraram com a revelação, póis ninguém vira o ancião próximo deles em momento algum.

Depois de algum tempo reiniciaram a caminhada. O intenso cerrado persistia além do valado. Com o declinar do dia, já com as sombras noturnas mais um vez cobrindo a terra, trataram de arranjar um lugar para passarem mais um noite. Vale dizer que haviam passado por aquele evento por três vezes, já que era o quarto dia que avançavam na direção proposta por Líbero.

Pelas aparências, aquela região deveria ser habitats de animais carnívoros, no entanto eles seguiam sem pensar nos possíveis encontros com onças cujos rastros viram nas trilhas de areia que andaram.

Nas três noites que já haviam pernoitado em meio as matas, eles havia acendido uma pequena fogueira próximo da qual dormiam todos, sendo que Líbero e Éricsom faziam um turno de guarda, para na eventualidade de algum ataque de animal, acordarem a todos pra se defenderem. Mas até ali só tinham ouvido os cânticos dos curiangos, guinados de morcegos e pios de coruja. Enfim eles estavam convictos de que passariam mais uma noite no cerrado, sem maiores impressões!