Assassina....

Ele estava certo quando dizia que as quietinhas são as piores, claro que em momento algum ele pensou que depois de uma noite inteira de prazer morreria mergulhado em seu próprio sangue... Enquanto sorria olhando para a janela ela pensava, será que existe uma sensação melhor do que aquela?

Era a mais aplicada da faculdade, calada, seria, conversava com poucos, e com aquele olhar misterioso exercia a atração irresistível que os humanos têm intrínseco em si: a curiosidade.

Aquele corpo esguio, curvas delineadas por roupas discretas, era hipnotizante, mas nem sempre fora assim. Quando era adolescente era a magrelinha sem graça, a enjeitadinha que se sentava no canto, a estudiosa que garantia as notas de muitos, a detestável que ninguém queria beijar...

-Por favor, me ajude, to precisando tanto de nota!-dizia o garoto mais lindo da sala olhando pra ela como se ela fosse uma princesa perfeita, parecia sussurrar com os olhos o quanto precisava dela. Sentindo o coração disparado passava todas as colas, só descobria depois que nem seu nome ele sabia.

Descendo as escadas do hotel ia para o estacionamento, pegaria sua moto e iria voltar para o apartamento que dividia com umas loucas pervertidas, era a santa, ao chegar todas olhariam pra ela pensando em que recital ou teatro ela teria ido.

A policia chegou, os jornais anunciaram, era mais uma vitima daquele estranho mistério, diversas mortes em pouco tempo, sempre de jovens universitários, sempre com as mesma características, cortes profundas desfigurando o rosto, e diversas coisas escritas na barriga sobre vingança e justiça.

-Olá Marcelo, o que você quer de mim. - deu um sorriso sacana disfarçado de meiguice.

-Olha o que eu quero mesmo é uma noite bem louca, mas o que vim te pedir é que me ajude com o trabalho, está muito difícil de termina-lo...

-Vamos a biblioteca, espere só um pouco.-ela se abaixou de forma provocante passando a mão pelas pernas- acho que puxou um fio em minha meia...

Ele a olhava com uma cara de safado, e colocou a mão em sua perna perguntando se ela queria ajuda.

-Não, obrigada, vamos.

Na biblioteca ela sempre pegava os livros das prateleiras debaixo, algumas vezes de frente, fazendo o pequeno decote mostrar muito, outras vezes de costas empinando e maravilhosa bunda. Quando estavam em um dos corredores mais do fundo ele a agarrou, beijando avidamente os pescoço e enfiando a mão por baixo da saia.

-Ah sua safada- sussurrou em seu ouvido- está me provocando, não adianta fingir de santa, sei que está doidinha pra dar pra mim. Como eu sempre digo as quietinhas são as piores!

Ele levantou a perna dela pro auto, abaixando um pouco a calcinha enfiando o dedo por entre sua carne, ela estava úmida e quente. Ele então pegou a mão dela e pôs sobre seu membro ereto.

-Quer sentir tudo isso entrando em você putinha gostosa?

-Só se você não contar pra ninguém sobre isso, se prometer não contar eu deixo até você tirar fotos de nossa noite meu caro, eu vou acabar com você...

Ela olhou pra ele com um olhar tão sensual, que ele sentiu ate as pernas bambearem.

Quando chegaram então naquele hotel a noite prepararam tudo, ele tirou varias fotos dela, desde sua simples nudez quanto quando ela o chupava, ele nunca tinha sentido tanto prazer em sua vida, ela ainda se lembrava bem da ultima coisa q a linda boca daquele moreno disse:

-Nossa, foi a melhor noite da minha vida.

Depois que ela injetou o forte sonífero nele seu silencio foi de um sonolento arfar para o silencio eterno.

Enquanto tomava banho podia vê-lo ali parado olhando para ela com ódio, assim como todos a quem ela tinha matado.

-Não adianta me olhar assim, você não pode me fazer mal, selei sua alma quando te matei, te sentenciei a vagar entre os dois mundo e te fiz incapaz de me tocar.

Ela ainda sorria quando se olhou no espelho, ao olhar para seu reflexo sentiu mais uma vez aquela tristeza, pois sempre via a menina sem graça do passado...

T Sophie
Enviado por T Sophie em 29/01/2007
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