As Ladainhas da Cidade de Pedro
No Hotel Imperial, eu a chamei no quarto pra perguntar qualquer coisa e, sem que ela percebesse, já estava trancada no banheiro comigo escutando as minhas súplicas para levá-la pra cama.
Disse que ela me deixava louco e que era só sexo.
Relutou, claro! Mulheres parecem ter medo de descobrir as delícias de se perder pelas vias da luxúria. Uma pena.
A postura de boa moça acabou quando tentou sair daquele banheiro e eu a puxei contra meu corpo num abraço fugaz.
Naquele momento senti que ela queria sexo.
Os pedidos para que eu parasse saíam tremidos daquela boca. Safada!
Sua caridade profana me deu o que eu estava esperando.
Ela tava fora de si e queria me dar mais.
Aquele rosto branco refletindo no espelho, meio rubro, meio descabelado, meio lindo, gemeu baixinho, desejando urrar por entre aquelas paredes Reais.
Aquilo me excitava. E, à medida que aumentava a minha euforia, eu a castigava mais.
Ela adorava.
Ela gozou primeiro que eu e não teve paciência de esperar.
Empurrou-me. Ajeitou-se. Olhou pra mim com desdém e, com um sorriso maldoso, foi embora.
Maldita escrava!