As Ladainhas da Cidade de Pedro

No Hotel Imperial, eu a chamei no quarto pra perguntar qualquer coisa e, sem que ela percebesse, já estava trancada no banheiro comigo escutando as minhas súplicas para levá-la pra cama.

Disse que ela me deixava louco e que era só sexo.

Relutou, claro! Mulheres parecem ter medo de descobrir as delícias de se perder pelas vias da luxúria. Uma pena.

A postura de boa moça acabou quando tentou sair daquele banheiro e eu a puxei contra meu corpo num abraço fugaz.

Naquele momento senti que ela queria sexo.

Os pedidos para que eu parasse saíam tremidos daquela boca. Safada!

Sua caridade profana me deu o que eu estava esperando.

Ela tava fora de si e queria me dar mais.

Aquele rosto branco refletindo no espelho, meio rubro, meio descabelado, meio lindo, gemeu baixinho, desejando urrar por entre aquelas paredes Reais.

Aquilo me excitava. E, à medida que aumentava a minha euforia, eu a castigava mais.

Ela adorava.

Ela gozou primeiro que eu e não teve paciência de esperar.

Empurrou-me. Ajeitou-se. Olhou pra mim com desdém e, com um sorriso maldoso, foi embora.

Maldita escrava!

Helena de Castro
Enviado por Helena de Castro em 27/05/2012
Código do texto: T3691033
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