Shirlley Hallidayaa abriu sua Bíblia. Fazia parte da rotina diária, mas naquele dia ela sentiu que precisava de uma palavra de Deus. Ser enfermeira era gratificante, mas cansativo. Havia ocasiões em que ela sentia uma falta enorme do marido, o qual morrera há apenas três meses.
       Naquela noite a casa estava silenciosa. Janie, a filha de treze anos, encontrava-se de férias com o irmão mais velho, sua cunhada e os dois sobrinhos. Shirley leu o salmo 91 em sua Bíblia já muito surrada. Leu os versículos onze e doze: "Pois aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os caminhos; eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra."
       Shirley parou de ler e debulhou-se em lágrimas, soluçando quase sem controle. Sentiu que Janie estava em perigo, mas não sabia como ou onde. Compreendia apenas que a menina estava em perigo de vida.
       Shirley começou a suplicar ao Senhor: "Eu sei que Tu nos dás mais do que podemos suportar. Mas sei que eu não suportaria perder a minha filha, logo agora depois da morte de meu marido. Coloco Janie sob os  teus cuidados."
       Shirley abriu o Livro Episcopal de Oração e orou: "Todos aqueles que são os meus queridos, eu os entrego ao teu cuidados que jamais falha, nesta vida e na vindoura. Ó Deus, verdadeiramente eu coloco minha filha Janie nas  tuas mãos." Ela orou com toda a força de um coração de mãe que sente estar a vida de sua filha em grande perigo. Depois reivindicou a salvação de Janie repetindo o salmo 34:4: "Busquei ao Senhor e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus tmores."
       Shirley sentiu que o fardo desfez-se e um sentimento de paz envolveu-a. Sabia que o Senhor ouvira suas súplicas e respondera as suas orações.
       Continuou a ler o salmo 91. No versículo 15 encontrou: "Ele me invocará, e Eu lhe responderei."Foi para ela uma confirmação. Com paz absoluta em seu coração, Shirley louvou a Deus, com todo o seu ser.
       A quilômetros de distância, Janie tentava fotografar o lindo cenário do Grande Canyon e do Deserto Pintado. Na área da Floresta Petrificada, ansiosa por uma fotografia melhor, ela se afastou da família, pulou uma barreira e dirigiu-se à extremidade de um penhasco. O solo estava coberto de algo que parecia uma cinza preta. Janie escorregou, deslizou até o fim do rochedo e caiu no vazio, procurando freneticamente alguma coisa - qualquer que fosse - a que pudesse se agarrar. No entanto, nada havia. As paredes do canyon eram pretas como o asfalto. Ela olhou para baixo. Era tudo preto e parecia não ter fim. Pareceu àquela adolescente que iria  machucar-se seriamente.
       Ela sentiu a presença de alguém. Parou de cair. Parecia que uma pessoa a tinha agarrado. Estendeu a mão e sentiu a parede escorregadia do canyon. Tentou virar-se, mas tudo o que aconteceu foi cair um pouquinho mais. Com muito cuidado, tentou subir, de descer ainda mais.
       Janie sentiu-se então na presença de um anjo. Repentinamente achou-se de volta ao alto. Sabia que não tinha subido pelo seu próprio esforço. Era uma façanha impossível. A única explicação era que um ser celestial havia interrompido a sua queda apanhando-a em seus fortes braços. Tinha sido carregada para o alto nas asas de um anjo.
       Não querendo asustar a mãe, Janie mencionou o acidente quando telefonou para casa naquela noite:
       - Esamos nos divertindo muito e tudo está bem - disse ela.
       - Sei que vocês todos estão bem - respondeu sua mãe.
       - Eu os tenho colocado nas mãos do Senhor.
       Naquela hora nem a mãe nem a filha contaram a experiência que tinham tido um pouco antes.
       Quando voltaram das férias, comentaram as aventuras da viagem.
       - Foi aqui que eu caí - disse Janie ao mostrar uma fotografia a sua mãe.
       - O quê? - replicou Shirley. - Conte-me essa história.
       Janie contou-lhe como se defrontara com a morte e o salvamento misteioso.
       - Quando aconteceu isso? - perguntou-lhe a mãe.
       - No dia em que visitamos o Grande Canyon. Eu até telefonei para cá naquela noite.
       - Mas exatamente a que horas daquele dia? - insistiu Shirley. Elas se lembravam da hora do acidente. Fora exatamente na hora em que Shirley orara fervorosamente. 
Shirley sempre se lembrará daquele dia. "Não foi coincidência," a firma com segurança. "Foi o Espírito Santo que me fez saber que Janie estava em perigo. Quando clamei a Deus em oração, Ele mandou sues anjos salvarem minha filha. Li novamente o salmo 91:11,12, desta vez nos Salmos Vivos ( em linguagem atualizada )e encaixa-se perfeitamente neste assunto: "Pois ele ordena que os seus anjos que o protejam, em qualquer lugar que você for. Eles vão segurá-los com suas mãos, para evitar que você tropece nas pedras do caminho."
       Janie já não é mais uma adolescente. Shirley Halliday é agora Shirley Rhodes e seu marido é uma pessoa formidável! "O Senhor é realmente o Deus das maravilhas!", declara a mãe de Janie.        
Aguia das Letras
Enviado por Aguia das Letras em 18/11/2013
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