Noite Silenciosa

Naquela noite havia um silencio lunar A rodovia cortava a mata de pinheiros milenares. Uma tranquilidade perfeita, igual a superfície espelhada dum lago, onde os peixes dormem, e a brisa toca suave e leve, com o cuidado extremo de não incomodar.

Um sedan preto estava prestes a passar por lá. Pensei que quebraria o silêncio, mas não foi isso que aconteceu. Ao se aproximar, sentiu a magia do luar envolvente, de um brilho mais forte do que comumente. Apagou os faróis, e deslizou sobre a rodovia sem acelerar. Podia ver a sua frente a estrada vazia pressentido que mais nenhum carro passaria por lá daquela madrugada. Ligou o rádio, deixando sem sintonizar uma estação, havia um baixo chiado como se esperasse com as estrela se comunicar. Aos poucos as nuvens da cor da noite passavam ligeiras redesenhando a silhueta da lua. O cenário ia lentamente se modificando, o barulho do vento de longe ia se aproximando, balançando os pinheiros, o cheiro da resina guardava lembranças de um velho perfume. O céu aos poucos rebanhava as estrela dentro das nuvens, a noite tornava-se mais escura enquanto o sedan acendia os faróis. Os trovões e o vento terminaram com o silêncio. Os pingos de chuva caiam e o som invadia o interior da cabine... De repente o carro acelera, deixando para trás aquele momento que jamais será esquecido.

airton parra sobreira
Enviado por airton parra sobreira em 19/01/2018
Reeditado em 19/01/2018
Código do texto: T6230061
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