Uma noite de prazer

Ela já não tinha mais tesão nenhum por aquele homem. Não gostava de tanto domínio que ele obtinha sob ela na cama. Não nascera para isso. Nascera para dominar. Comandar. Sempre foi assim durante toda a sua vida e agora, casada, não seria diferente. Agüentara aquilo por mais de cinco anos e já estava de saco cheio. Tão de saco cheio daquele homem o tempo todo encima dela e dizendo como ela deveria fazer que fosse para o banheiro vomitar toda vez depois que ele gozava. Nojo era a palavra certa para descrever o que ela sentia por ele na cama.

Osvaldo era um excelente marido e Cristina sempre deu graças a Deus por isso. Ele fazia tudo que ela pedia em casa, absolutamente tudo. Osvaldo levava Cristina para todos os lados, não que ela não soubesse dirigir, muito pelo contrário tinha seu próprio carro, mas era mais cômodo se o marido a levasse. Não teria o trabalho de estacionar. Cozinhava algo diferente para ela quase todos os dias e ainda por cima lavava os pratos quando Cristina estava cansada. Sempre foi trabalhador e nunca dependeu do dinheiro dela e era também muito honesto. Fazia absolutamente tudo para ela no quesito “afazeres domésticos”. Para alguns ele era um otário e para outros ele era um marido brilhante.

Mas na hora do amor ele era selvagem demais. Mandava, batia, ordenava... Cristina não gostava disso. Não admitia. Mandava-o parar e ele só fazia o contrário. Ela ficava com a bunda vermelha sempre e de manhã inclusive sempre se queixava de dores. Sentia dor de cabeça de tanto ter seus cabelos puxados e depois da golfada ela jogava aspirina para dentro.

Não queria mais ficar nessa e decidiu que não faria sexo enquanto ele mudasse sua atitude. Mas aí ele disse que não era possível ela não gostar de ser dominada na cama!

“Toda mulher gosta!” – Argumentou ele, mas ela foi intransigente enquanto sua decisão. Ele acatou alegando que ela rapidinho sentiria a falta disso. Era só uma questão de tempo e ela sentiria saudades de ir para cama com ele.

O tempo passou e depois de dois meses ele já não se agüentava mais. Muito menos ela que se masturbava todo dia. E então um dia Osvaldo estava na sala vendo TV quando Cristina o chamou no quarto.

Ela estava usando a camisola que mais deixava ele maluco no sexo. Deitava-se como uma princesa na cama e alisava suas pernas de maneira provocativa. Ele ficou maluco e pulou encima dela como um predador. A dominou de maneira rápida e segura. Começou a penetrá-la com muita força enquanto ela gemia. E quanto mais ela gemia mais forte ele metia nela e foi num crescente que se podia ouvir do final da rua.

Ele explodiu em um só êxtase e deu um grito alto e feroz como um leão, enquanto Cristina colocava sua mão embaixo de um travesseiro perto e em um rápido gesto penetrou o abdômen de Osvaldo com uma tesoura. Colocou força o suficiente para entrar até o cabo de um tesourão.

Sentiu o sangue quente em sua barriga e o jogou para baixo, invertendo posições. Agora quem dominava era ela! Deitou-se encima de Osvaldo e foi sentindo seu sangue quente... sua pele... Olhava para aquele homem não mais com nojo, mas com desejo.

O esquema deveria ter sido sempre esse. Quem deve dominar é sempre ela. E ao ver o corpo do marido ali a mercê de suas vontades sentiu uma felicidade e também teve um orgasmo como um êxtase. O melhor de sua vida!

Olhou para Osvaldo imóvel e sangrando. Chorou. Agora não tinha mais Osvaldo.

Maluco--Beleza

Malluco Beleza
Enviado por Malluco Beleza em 15/09/2007
Código do texto: T653440
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