Condenado

Sangra... Como o sangue que jorra pelo pulso.

Esvai... Como a vida em sua essência.

Rápido... Parecendo um rio a seguir seu curso.

Toma-me... Como um louco insano em sua completa demência.

Estou fraco.

Vejo o vazio, a escuridão completa. O que mais me assusta é que não há luz no fim do túnel. Aquela fagulha de esperança mortiça que devemos seguir, e assim tornar-se maior nossa alegria ao ver que alcançamos a luz.

Estou fraco e assustado.

Não vejo luz, por mais que procure.

A vida deixa-me em forma de sangue jorrando apressadamente dos meus pulsos. Minha fraqueza é tal que apenas consigo mover os olhos focalizando a energia atônita e arrependida abandonar-me.

Um assassinato de mim mesmo por minhas próprias mãos.

Ingênuo... Não sei o que fiz.

Traído... Por conseqüência dos meus atos.

Assustado... Não sei para onde vou.

Por amor... Cometi o maior dos pecados.

Estou fraco e assustado... Não há luz, tudo é somente trevas aos suicidas.

Tenho agora consciência:

Sou um condenado...