No piso da despensa,  uma mistura de cascos vazios; uns de cachaça, outros de cerveja; estávamos farreando dia e noite, noite e dia; uma salada de pessoas conhecidas e desconhecidas, em minha residência; ao amanhecer, no batido da lata, fogo na churrasqueira, peça de picanha na grelha e vaquinha pra comprar mais cervejas; estava solteiro, porém casado; a mulher visitava a sogra na terra dela; enquanto isto,  os ratos faziam a festa; as meninas dançavam o pancadão; som alto era mato; trêbado, virei um balde vazio na cabeça, pra parecer o menino maluquinho e tomei conta do churrasco; a alegria era esfuziante; enquanto a bebida não chega, um dos rapazes presentes, que se fazia despercebido no ambiente; sentado no chão, no canto do quintal; começou a ficar demasiadamente desagradável, nem me recordo o exemplo, sei que bruscamente arremessei o aparelho celular deste moço, contra a parede; ele se envergonhou, e deixou a casa; pouco tempo depois, o pai daquele rapaz tocou o interfone, procurando informações sobre o que tinha acontecido, de imediato, prometi ao pai que daria um celular novo ao filho dele, de mesma marca e modelo, adquirido em loja credenciada; e o faria naquele mesmo dia; o nordestino que havia saído de motocicleta pra comprar cervejas retorna e a festa conti(nua)... De repente meu telefone chama, a minha mulher da rodoviária pedindo pra buscá-la, tinha chegado de viagem, entreguei a chave do Audi A3 pedindo um colega que fosse no meu lugar; antes o clima da festa tinha esfriado, uso de droga, desconhecidos e conhecidos foram saindo, e pra acabar mesmo, o moço do celular destruído, voltou pra botar pressão pelo aparelho novo...! Acabei tomando uma iniciativa, que se revelou misteriosa, deixando depois aturdida, a população inteira de uma pequena cidade... Decretei à minha mulher, que iríamos viajar de imediato, pr' este vendaval passar, sem antes comprar e entregar na residência e nas mãos do pai do revoltado rapaz, o aparelho celular novinho, na caixa, com nota fiscal e tudo; concretizado isto; viajamos de volta à cidade dela, visitar a sogra, ir na roça do sogro, tirar uns dias de folga pra fugir do pandemônio... ( que eu mesmo criara) 
Durante o percurso da viagem, algo insólito ocorre, frente a frente olho a olho, prestes a chegar na roça do sogro, na estrada, o motorista do veículo que seguia à nossa frente, arremessou um ciclista que pedalava nas margem do trecho, e mesma mão de direção, bruscamente contra o matagal, matando tragicamente o ciclista; quando descemos e fomos ver entrou desespero no comportamento de minha mulher... era o teu irmão, misturado no mato!!!
Edras José
Enviado por Edras José em 10/06/2021
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