Sobre vulcões ativos

Difícil compreender tais transbordamentos. Aquele jorrar desmantelado anárquico giratório cheio de fins, mas sem manejo, não era usual. Tudo parecia avulso, convulso, descontrolado. A perder a mão foi-se a palavra e com elas a razão. Ela, com toda a concupiscência das coxas sibilinas, talvez esperasse um garboso cavaleiro cavalgando experimentado centrado num selim sem apertumes de uma vida sem atenções demasiadas, muito menos para lirismos chorosos. Mas não. Coisa deveras difícil, em se tratando. Costumava ele, de conta e risco, apelar à pastiches fantasiadas de doidices num amoroso mordente cheio de arestas e riminhas combinadas com carinhosinhos e deslizes verbais descartáveis, hodiernamente pouco apreciáveis. Era onde ele sabia, saberia, transitar, viajar, verbalizando escabelado e resfolegante. Tipo pelas beiradas limítrofes de outra cardiopatia – o peito parece tão pequeno quando começa a pulular o sentimento eruptivo das incandescências, por sorte que vai logo em seguida extraviando-se através dos olhos por este mundo descolorido. Antes da explosão, antes da lava, carecia avisos de desocupação de áreas contíguas a fim de se evitar mal estar e demasiadas incompreensões para quem vê espalhar-se descomprimidas as tentações da natureza e as ideias até então depositadas em cubículos das entranhas, a jorrar. O melhor é avisar com antecedência para as providências de praxe.