Um balde de infortúnios

"Os sentidos se deixam sequestrar pela beleza e está se finge de oca de esforço para existir e desse amor o feio nasce, a única fresta no véu do eu delírio, a proteção humana contra a imensidão de sua insignificância."

Que seja esse os inscritos no balde ao pé da guilhotina, feita a mão para cada consciência humana, e assim permitir que cada um de nós, naqueles últimos cinco segundos, sonharmos com o que poderia ter sido e nos consolar da dor do fim ao saber que nunca estivemos sozinhos, nem em nossa pequenez de espírito e nem em nossas grandezas de caráter, faltou-nos apenas tolerância as perspectivas.