Detetive Mitchel e a Cruz de Sangue parte 1

O corpo de Rei é colocado em uma sacola preta própria para o transporte de cadáveres, o detetive fumava um cigarro a distância, penas observando o trabalho da polícia. Yukie aproxima-se dele tentando conforta-lo.

Jhon: Como está Aida?

Yukie: Bem, está sobre proteção policial. Ela disse que alguém telefonou para você.

Jhon: Era ele dizendo para que eu o encontrasse aqui.

Yukie: Por que aqui?

Jhon: Não sei, o lugar do assassinato não é escolhido ao acaso, mas não consigo pensar em nada.

Naquela mesma tarde Yukie estudava fotografias dos dois corpo envolvidos no crime, repentinamente sua concentração é quebrada por um murmúrio nos corredores da delegacia a policial preparava-se para cobrar silêncio quando uma mulher vestindo roupas sociais e um sobre tudo um tanto masculinizado, que contrastava com a beleza dela, entra em sua sala.

Saya: Você está a frente da investigação?

Yukie: Sim, eu sou a tenente Yukie Kawamura em que posso ajuda-la?

Saya: Eu sou a agente federal Saya Ayukawa e fui designada para o caso.

Yukie: Você tem experiência com Serial Killers?

Saya: Para alguém ser considerado um serial Killer este alguém deve ter cometido três ou mais assassinatos em três ou mais lugares distintos com um período de resfriamento emocional entre eles, eu tenho experiência em pesquisas sobre esses assassinos seriais, minha tese de conclusão de curso foi sobre o “matador do Zodíaco”.

Yukie: Toda ajuda é bem vinda.

Saya: Que bom que você pensa assim, antes de encontra-la eu andei pesquisando e descobri que estes crimes são muito parecidos com alguns assassinatos que ocorreram em Washington alguns anos atrás, para nossa sorte o agente encarregado desse caso mora aqui em Tóquio.

Jhon acorda com batidas na porta de seu escritório, ele veste-se rapidamente escondendo as garrafas de bebida vazias em baixo da cama. Aida faz o mesmo ritual vestindo-se rapidamente.

Aida: Não é cedo para clientes?

Jhon: Se for um cliente ele vai ter que agüentar o meu mal hálito matinal.

Enquanto o detetive sai do quarto improvisado em seu escritório, terminando de se vestir, enquanto anda Aida senta-se na cama. Jhon abre a porta deparando-se com Yukie (visivelmente furiosa) acompanhada de Saya além de dois policiais que montavam guarda.

Jhon: Bom dia tenente.

Yuki: Saia da frente Jhon.

Todos entram no escritório, Jhon senta-se em sua cadeira enquanto Saya olha em volta incrédula.

Jhon: A que devo o prazer.

Yukie: Você sabia o que ia acontecer com Rei.

Jhon: Eu já disse tudo o que eu sabia...

Saya: Isto não é bem verdade.

Jhon: E quem é você?

Saya: Eu sou a agente federal Saya Ayukawa.

Jhon: Muito prazer em sou...

Ami: Eu sei. Jhon Mitchel agente Federal americano afastado. Após pedir exoneração você veio para o Japão tornar-se detetive particular. Seu ultimo caso na sessão de crimes violentos resultou na morte do assassino Douglas Franklin Wyatt.

Jhon: Já reparou como os assassinos seriais sempre possuem três nomes?

Saya: Os crimes cometidos pelo “nosso” criminoso são iguais aos cometidos por Douglas Franklin Wyatt desde a maneira como a vítima é morta, até a posição dos corpos, você sabia disto e não falou nada.

Yukie: Jhon o que você tem a dizer?

Jhon: Você tem pernas lindas Saya, pena que as esconde com esse sobre tudo.

Saya: Já chega eu vou fazer com que você seja preso por compactuar com esse assassino.

Jhon: Compactuar?

Saya: Sim, você escondeu informações da polícia.

Neste momento Aida entra na sala de forma meiga e delicada, todos os policiais olham para Jhon de forma acusadora.

Jhon: Eu decidi protege-la pessoalmente do assassino.

Aida: É verdade, ele foi muito gentil comigo, alias ele sempre é.

Saya: Você se importa de esperar lá fora?

Aida olha para Jhon que consente, a garota sai enquanto o detetive reclina-se em sua cadeira.

Jhon: Desculpem meu jeito, é que eu ainda não tomei o meu café da manhã.

Ele abre uma gaveta de sua escrivaninha, pega uma garrafa de Whisky e enche um copo, após um longo gole Jhon olha para as duas policiais tentando imagina-las de calcinha.

Yukie: Por favor nos ajude.

Jhon: Douglas Franklin Wyatt cometeu quatro crimes em Washington formando uma cruz em quatro pontos da cidade, seu ultimo crime foi diferente...

Saya: Eu li o relatório. Wyatt queria leva-las ao céu e para isso representou a cruz, isto por que a feminilidade o assustava...

Jhon: Se elas queriam ir ao céu bastava me procurarem.

Yukie: Esta não é hora para piadas.

Jhon: Era isto o que nós pensávamos nos três primeiros assassinatos, mas depois tudo ficou claro, Douglas Franklin Wyatt não tinha nenhum objetivo, nenhuma intenção, ele só queria divertir-se e ensinar as pessoas a se divertirem. Seus assassinatos são uma mensagem o dogma da cruz e a sensualidade das vítimas.

Saya: Parece que alguém aprendeu a lição.

Jhon: Em geral os Serial Killers possuem muitos fãs, mesmo Douglas Franklin Wyatt possui os seus, em geral estes fãs compram lembranças de seus “ídolos”. Copiar seus crimes é muito raro e quando acontecem os assassinos falham principalmente pela falta de habilidade e pela de sorte.

Saya: Esse novo assassino parece ter talento.

Jhon: Mais do que isso ele parece ter entendido a “mensagem” de Douglas Franklin Wyatt e está recriando seus crimes e servindo de exemplo para outros assassinos que virão.

O detetive bebe mais um gole e acende um cigarro.

Saya: Mais alguma coisa que devemos saber?

Mitchel joga um mapa em cima de Saya, enquanto dá mais uma tragada em seu cigarro.

Jhon: Ele vai seduzir uma mulher nesse bairro.

Yukie: Por que você não falou isto antes?

Jhon: Eu tenho meus motivos. Agora eu quero saber se estou preso?

Saya: Ainda não.

Assim que os policiais saem Aida entra correndo no escritório de Jhon abraçando-o.

A noite caia uma garoa fina sobre Tóquio escondendo parcialmente a lua cheia, Yukie usava roupas civis, sentando a uma mesa de um café perto de outra mesa onde estavam Saya e Jhon, simulando serem um casal, o detetive acende um cigarro. A garoa torna-se mais forte.

Saya: A chuva pode atrapalhar os planos do imitador.

Jhon: Na verdade a chuva favorece o assassino, são mais vítimas em potencial.

Yukie: Como assim?

Jhon: A terceira vítima recebeu ajuda do assassino, ele foi uma pessoa gentil e prestativa.

Em outra rua Kyoko olhava para o céu pensando por que tinha que chover logo agora, ela sai do supermercado correndo com as compras, estas eram apertadas contra seu busto por seu braço, a garota pisa em uma poça de água caindo no chão e quebrando seu salto, nisto Mamoru aparece.

As duas policiais e Jhon separam-se, Jhon ia beijar Saya quando, esta o repreende.

Jhon: Seu gesto estraga o nosso disfarce.

Saya: Sem mais disfarces, vamos nos separar.

O detetive percorria uma rua movimentada, desviando das pessoas que protegiam-se da chuva. Em um golpe de sorte vê Kyoko apoiada no ombro de Mamoru, este carregava as compras de Kyoko..

Kyoko: Muito obrigada, é raro alguém nos ajudar hoje em dia.

Mamoru: É uma pena, as pessoas estão ficando mais distantes. Hoje em dia ninguém se importa com seus semelhantes.

Kyoko: Parece que eu dei sorte em encontra-lo.

Mamoru: Qualquer um faria o mesmo.

Kyoko: Tenha certeza que não, além disso você está se molhando, Desculpe.

Mamoru: Não se desculpe, eu estou fazendo isso por prazer.

Seu sorriso gentil e sincero, levemente sedutor conquista Kyoko que pensava em convida-lo para entrar e oferecer uma bebida como forma de expressar sua gratidão pela ajuda e conhecer mais sobre esse homem bonito, gentil e decente.

Sem que a mulher perceba Jhon aproxima-se dos dois mantendo uma certa distância, subitamente Mamoru afasta Kyoko olhando para trás, os dois homens se encaram por um momento que parece levar horas. mantendo um sorriso nos lábios Mamoru deixa as compras caírem, segurando Kyoko pelo pescoço, com a outra mão ele aponta uma arma para Jhon.

Mamoru: Ainda não Agente Mitchel.

Jhon fica imóvel enquanto o assassino joga Kyoko no meio da rua, um caminhão ia na direção desta. O assassino foge, Jhon fica indeciso, decidindo por Kyoko salvando-a do caminhão ela chorava abraçada em Jhon, as pessoas o cercam, o detetive tenta olhar em meio a multidão mas o assassino estava longe. Pouco depois Kyoko prestava depoimento para Saya, Yukie e Jhon

Kyoko: O nome dele era americano, algo como Douglas...

Jhon: Ele também está imitando o nome do assassino original.

Saya: Eu nunca vi algo assim.

Jhon: Por que ninguém nunca fez uma coisa assim.

Yukie: Vamos coloca-la sobe proteção policial, provavelmente ele tentará ataca-la novamente.

Kyoko: Sim, mas tem uma coisa que eu gostaria.

Saya: Peça o que quiser.

Kyoko: Ele me salvou – apontando para Jhon – e quero que ele cuide da minha proteção.

Pouco depois Kyoko preparava-se para deixar a delegacia, Saya leva Jhon para longe da vítima, ela estava visivelmente irritada.

Saya (em tom irônico): Ela quer ficar sobre sua proteção.

Jhon: E qual o problema?

Saya: O problema é você! Você é incompetente, tarado e displicente com tudo o que faz.

Jhon: Eu não sou incompetente.

Ele sorri para a policial que se irrita, Saya vira-se para encher um copo com água quando sente um braço em sua cintura, antes que pudesse fazer algo Jhon a abraça puxando-a para si.

Saya: O que você acha que está fazendo?

Jhon: Estou fazendo-a feliz.

Ele tenta arrasta-la para a parede porém Saya consegue soltar-se, acertando um tapa no rosto dele.

Jhon: Com você já são duas policiais que me bateram, vou acabar gostando disto.

Furiosa Saya vai embora do prédio enquanto Jhon fica sorrindo, pouco depois Yukie sai da sala de interrogatório e encontra um Jhon sorridente.

Yukie: Aonde foi a agente?

Jhon: Ela teve que ir.

Naquela noite os policiais vasculhavam a casa de Kyoko, eles abrem todos os armários, olham em todos cômodos, procuram pelo assassino em cada canto, menos do quarto dela o qual Jhon cuidou pessoalmente.

Jhon: Tragam a testemunha.

Sem precisar que alguém a chame Kyoko vai para seu quarto, parando na porta enquanto olha preocupada para o escuro.

Jhon: Está tudo tranqüilo.

Kyoko: Tem certeza?

Jhon: Eu mesmo revistei o quarto, mas se precisar de alguma coisa me chame, estarei aqui a noite toda.

Nisto um policial apresenta-se tentando conter sua euforia.

Jhon: Algum problema?

Policial: Não, pelo contrário, a agente federal Ayukawa comunicou que a polícia recebeu uma denúncia anônima sobre o mensageiro, ela foi até a suposta casa onde o assassino vive.

Jhon: Ótimo.

Kyoko entra no quarto para se trocar, do lado de fora Jhon coloca uma cadeira na frente da porta sentando-se, os policiais olham para ele.

Jhon: Você, me traga uma garrafa de Whisky e você um maço de cigarros.

Os policiais se dispersam, o tempo passa no mesmo ritmo em que o conteúdo da garrafa diminui, os demais policiais circulavam a casa, a concentração de Jhon é quebrada por Kyoko abrindo a porta de seu quarto.

Jhon: Algum problema?

Kyoko: Pode-se dizer que sim.

Ao mesmo tempo Saya lidera uma equipe de policiais na invasão da casa do assassino, Yukie liderava a Segunda equipe de invasão, preparando-se para entrar pela porta dos fundos.

Jhon estava parado dentro do quarto de Kyoko, esta mantinha-se de costas olhando para sua cama envergonhada, o detetive sorri, fechando a porta. ele a abraça beijando-a. No fundo do quarto é projetada a imagem de Saya e Yukie ambas comandando suas equipes cercando a casa do mensageiro.

Jhon deita-se na cama com Kyoko sobre ele, Mitchel acaricia os seios da garota, sobre a blusa, após inclinar seu corpo ela tira a camisola, em seu corpo nu é projetada a imagem de Saya invadindo a casa do mensageiro, escura e silenciosa. Saya caminha no escuro, a única luz da casa vinha de sua lanterna, a agente federal pisa em algo escorregadio.

Jhon segura os seios de Kyoko, enquanto os beija a garota segura a cabeça dele mantendo-a sobre seus seios. Os dois giram na cama, Jhon tira sua camisa, nos corpos nus dos dois é projetada a imagem de Yukie invadindo a casa do mensageiro com outros policiais, Yukie vê Saya agachada no meio da sala iluminando alguma coisa no chão.

Kyoko estica seus braços até agarrar a cabeceira da cama, a medida que os dois se amavam ela puxava a cabeceira e esticava seu corpo, empinando seus seios, pouco depois eles mudam de posição, Kyoko virada de costas para Jhon, os dois faziam sexo de forma violenta, ao fundo era projetada a imagem de Yukie de pé ao lado de Saya, ainda agachada, ambas olhavam dois corpos uma mulher e seu filho, o sangue escorria pelo chão. Logo elas percebem que foram enganadas.

FIM