detetive lesma e o corno

Dia fraco, trancado no escrotorio zapeando canais. Fazia algum tempo que não trabalhava, alias muito tempo. Aluguel vencido a dois meses, geladeira vazia. Só cerveja e catchup dentro. A única excitação nos últimos meses eram as brigas com minha linda namorada Carminha. Estava constipado, não dava uma barreada descente havia dias. É o que da comer em barraquinhas de cachorro quente vagabundo. Com aquelas batatas palha que quase quebram um dente. Sabia que era uma questão de dias para resolver o problema. Quando de repente ouvi o telefone tocar e fui atender. O cara do outro lado da linha parecia aflito, falava rápido; tão rápido que não entendi nada do que dizia. E não parava de falar ate que gritei “DESEMBUCHA LOGO, RAPAZ! E COM CALMA, POR FAVOR”. Falou que queria marcar um encontro urgente, caso de vida ou morte. Dei meu endereço e ele falou “estou aí em dez minutos”. Fui pegar uma roupa descente no armário, não podia atender um cliente de short e camiseta cheia de molho de tomate. Botei uma camisa social e uma calça jeans mas não fiz a barba. E aquele aperto na barriga de coisa trancada me incomodando. O camarada chegou em alguns minutos e bateu na porta, avisei para entrar e sentar-se. Coisa que ele fez, era um camarada feio para cacete, meio careca e acima do peso. Estava usando um terno ordinário e todo marcado de suor, parecia mesmo que tinha vindo correndo ate aqui. Falei com ele como se não estivesse precisando do caso e fosse um detetive figurão de grande nome. Ele falava muito rápido e tinha que repetir tudo. Ofereci um copo de água, ele aceitou. Fui ate a cozinha e voltei dizendo “desculpe, não tem água nem de torneira. cortaram semana passada a água”. Ele fez sinal que estava bem, e pedi para explicar o que ele queria. Ele todo nervoso foi falando:

- veja bem, meu jovem, meu nome é Jorge e estou desconfiado da minha esposa. Ela é bem jovem e muito bonita. Acho que casou comigo pelo meu dinheiro. Ate alguns meses estava tudo normal. Mas agora acho que ela tem um amante.” – e começou a chorar.

- Calma meu camarada, tu quer provas que ela tem um amante? É isso? – fui dizendo sem olhar para ele que era uma visão de um homem arruinado. E peguei um marlboro na gaveta.

- Não meu jovem, eu SEI que ela tem um amante. Deve ser um destes sarados de academia. O nome dela é Amanda e ela vai me deixar e vai fugir com ele. quero que tu mate eles. – falou – e vou te pagar muito bem por isso.

- Espera aí cara, eu não sou homicida. Nem arma eu tenho. E nem por todo dinheiro do mundo eu mataria alguém. – fui protestando irado, mas aquela pontada na barriga me fez fazer uma careta de dor.

- Que cara é essa? Não precisa disso. – disse ele.

- Estou com prisão de ventre e falando em prisão não gosto nem de prisão de ventre, imagina uma de verdade.

- Toma aquele iogurte que isso passa. – disse ele.

- Que iogurte nada, não vou matar ninguém, já disse. Então...obrigado...- e apontei para a saída.

- Esta bem, só me arranje então provas de adultério. O resto eu me viro...- disse ele abaixando a cabeça careca de vergonha.

- Não, não quero parte em nada disso...obrigado pela visita...- disse novamente apontando a porta de saída. Aí ele abriu a carteira e tirou uma foto da esposa e me passou.

- Fiiiiiuuuu, esta é SUA esposa? – olhei a foto com atenção. Uma loira de 18, 19 anos,cara de modelo, com um par de peitões espremidos dentro de um suéter colado como se fosse pele e de saia bem curta que mostrava umas coxas colossais.

- Viu só? – disse ele – agora, me diz? Quanto cobra pelo serviço?

- Meu chapa, vou aceitar mas vai custar mais caro. Preço especial para ti. Mas nada de matar ninguém. Ou te denuncio a policia. Certo?

- Esta certo, mas pelo menos o nome do amante dela eu quero. – e me passou o endereço deles e saiu porta afora. E eu sabia que ele queria matar o coitado do amante mesmo, mas ia fazer o serviço.

Comecei a tocaia no dia seguinte, peguei o carro de um amigo emprestado e fiquei de butuca na porta da casa do cara. Lá pelas oito horas ele saiu de carro, para o trabalho provavelmente. A casa era ampla com grandes janelas na frente. Umas dez e meia a loira abriu as cortinas da frente num roupão de banho. Meu pau já ficou duro como uma pilha de moedas de um real, e ela foi para cozinha tomar café. Quase onze horas ela pegou e telefone e fez uma ligação, que do meu carro dava para ver que era o tal amante. Pelas caras e risadas dela no telefone. Meio dia o otário do Jorge voltou para almoçar em casa. E uma da tarde saiu de novo. Uns quinze minutos depois ela tirou uma bela caranga esporte da garagem e saiu. Fui atrás, ela cruzou uma sinal amarelo que me deixou preso no vermelho. Fiquei puto da cara. E voltei para meu escritório. Lá pelas tantas ligou o Jorge querendo saber novidades, disse que não tinha nada ainda. Mas ia pegar ela rapidinho e que sim ela tem um amante. Ele furioso disse que já sabia disso e queria um nome. Desligou na minha cara. No dia seguinte achei que conseguiria no mínimo ir ao banheiro e pegar esta vaca. Ao banheiro não consegui, e tomei um daqueles iogurtes que ele falou. Voltei a casa deles e fiquei antenado de novo nas atividades da moça, linda como um anjo. Depois da mesma rotina do dia anterior ela saiu de carro logo após o almoço. Desta vez não ia me escapar, e não escapou. Fui ate um motel atrás dela. Ela entrou e entrei atrás esperei um pouco e fui ate a recepção. Perguntei pela moça que entrou, não queriam falar. Mas mostrei uma carteira falsa de policia civil e me falaram que ela vinha quase todos dias naquele motel sempre ao pouco depois do almoço, mas não sabem quem encontra com ela. Entra sozinha e sai sozinha. Fiquei esperando no saguão, quando entraram umas pessoas, dois casais e uma moça. Esperei um pouco e subi ate o quarto dela. Quando estava no elevador aquela porra do iogurte fez efeito, tive que sair correndo e soltar a serpentina atrasada. Quando acabei ela já tinha saído. Perguntei na recepção por ela e tinha mesmo ido. Mas já sabia que ela voltaria lá amanhã. Voltei ao motel no dia seguinte e esperei e esperei. Fui ate a recepção e a mesma mocinha que atendia disse “hoje é sábado, nunca vi ela aqui no sábado”. Porra pensei, que mancada. É final de semana. Não via Carminha havia quase duas semanas depois da ultima briga. Fui ate a casa dela e pedi desculpas pelo o que havia feito com ela ( e nem lembrava o que é que tinha feito) e fizemos um sexo gostoso. Ela chorou um pouco e eu abracei-a forte em meus braços e disse que não brigaríamos mais. Fiquei na casa dela ate segunda de manhã, e sai atrás da loiraça no motel. Desta vez tu esta fudida, loirinha. Vou te pegar e te fuder, mas não ia ser gostoso em nada para ti. Ate que ela chegou, entrou sozinha como sempre. Entraram uns casais e outras pessoas. Dei uns minutos e fui ate o quarto dela. Meti o pé na porta e vi aquela linda loira fazendo um INCRIVEL sexo oral em outra lindinha de cabelos vermelhos. Que cena, me deu vontade de entrar ali no meio. Mas elas deram um grito alto para cacete e começaram a vir pessoas dos quartos vizinhos ver o que estava acontecendo. Mostrei minha carteira falsa de policial e dispersei o tumulto. Entrei e fechei a porta e falei com menina que estava chorando de vergonha e medo.

- Fiquem calma, meninas. Não sou policial nada. Sou um detetive, o marido de Amanda me colocou atrás dela. – o que deixou as duas muito nervosas e disse – ele sabe que ela tem um amante. Esta querendo sangue. – disse.

As duas se desesperaram e começaram a me explicar que namoravam desde os quinze anos que se amavam muito e os pais de Amanda obrigaram ela a casar, mesmo sem ela nunca ter tido um único namorado. E pensavam na colega como uma amiga muito querida de Amanda. Nem desconfiavam em outra relação entre elas. Mas se amavam muito. Eu disse que daria um jeito no caso pedi desculpas as duas e voltei ao meu escritório. Na segunda mesmo recebi uma ligação de Jorge e pedi que viesse ao meu escritório que tinha resolvido o caso e tinha o nome do amante. Ela veio voando chegou em vinte minutos. Com um sorriso no rosto de orelha a orelha, batendo as mãos uma na outra louco de excitação. Passei um nome e ela saiu correndo e deu meu cheque que salvaria por um tempo. O nome que passei a ele era de um amigo que era de alta periculosidade, bandido mesmo, se o Jorge for atrás dele vai se dar mal, muito mal. Ele queria um homicídio se ele for atrás vai achar o dele mesmo. As duas estavam a salvas. Com o cheque em mãos fui ate a casa de Carminha e quem sabe ela não se interessa por uma aventura com uma ou outra amiga dela e tudo fique bem de novo?

Marcelo riboni

27/03/2009

19:27hrs