Jéssica

Um investigador foi chamado para resolver um caso de uma garota desaparecida numa casa noturna, seu nome era Jéssica e tinha dezessete anos de idade. Começou a missão na família, seus pais choravam no sofá e o irmão caçula consolava a mãe em prantos:
- O que ela disse ao sair pra festa senhora?
- Disse que ia sair com uma amiga, a Mary, que foi assassinada na entrada da boate com dois tiros por um homem encapuzado!
O agente foi ao hospital verificar o corpo da menor, duas perfurações no pescoço foram suficientes para tirar sua vida, a munição era de uma 380 semi-automática, difícil de achar naquela cidade pacata, foi ao local do incidente e ainda restavam manchas de sangue na calçada e brincos jogados na guia, provavelmente o assassino tentou roubar a vítima, que reagiu ao ataque, morrendo na hora.
Jéssica deve ter ficado em estado de choque e acabou sendo sequestrada pelo miliante.
- Não conseguiu ver o rosto dele senhor?
- Não vi seu policial, minha boate nunca teve algo assim, foi a primeira vez!
- Elas tinha inimigos ao redor?
- Eu não conheço as meninas, são muitas que vem aqui!
O jovem detetive se retira e ouve o depoimento do taxista que as levou ao local, chegou a dizer que o ex de Jéssica ligou para a moça no meio da corrida, e discutiram por telefone. Usando seu carro militar, Rick foi á casa do suspeito e intima o adolescente na delegacia:
- Por que brigou com ela antes do ocorrido?
- Calma véio, a mina tava me botando chifre, tá ligado?!
- Você deve ter merecido, o que você fez com ela seu vagabundo?!
- Nada mano, ela desligou na minha cara, mó vagaba, não fui eu, mas deveria ter apagado aquela piriguete!
- Avise aos seus pais que essa noite você vai passar na cadeia, ou até o final da investigação, e reze para que ela esteja viva...
Cartazes na rua, proclamavam o retorno da garota, Rick se emocionava, mas não podia se envolver sentimentalmente dessa forma, era apenas um caso que precisava ser solucionado o mais depressa possível. Levou a bala alojada no corpo da vítima e levou aos especialistas para tentar saber quem era o dono da arma. O inquerito apontou para um vendedor de armas no começo do bairro, que vinha de vez em quando, Rick se passou por cliente e pediu a mesma arma do criminoso.
- Não tenho cara, mas se você aparecesse aqui há uma semana atrás eu tinha em mãos, mas já vendi!
- Pra quem vendeu?!
- Você quer saber demais...
O policial saca sua arma e interroga o vendedor, perguntando quem tinha comprado a 380 de suas mãos.
- Eu digo tenha calma...
Rick corria contra o tempo até o cativeiro de Jéssica, o sequestrador já estava preso e confessou tudo e disse que o mandante do crime cuidava dela na casinha, ao chegar no local, ele invade a casa armado, falando que era a polícia, até encontrar um rastro de sangue até o banheiro, ao abrir a porta, avista a menina ferida na banheira e pelada, com uma cicatriz nas costelas, haviam arrancado um de seus rins no tráfico de órgãos, ela chorava desesperadamente e abraça o investigador:
- Está tudo bem agora Jéssica, acabou tudo, eu estou aqui!
- Obrigada...obrigada...
O verdadeiro bandido acabou fugindo, talvez para o exterior, vender seres humanos, por sorte a menina foi salva á tempo. O delegado conversa com Rick:
- Parabéns Richard, Jéssica e seus familiares mandaram lhe agradecer.
- É o meu trabalho senhor.
- Ela ficou tão grata que te mandou isso:

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Jéssica "
Alexandre S Nascimento
Enviado por Alexandre S Nascimento em 03/02/2011
Reeditado em 25/09/2016
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