Caso Vivaldi (17) - Parte Final

Mariano e Heloísa descansam à tarde para assistirem ao show de Tango à noite. E que espetáculo, um show fascinante, no final os dançarinos do elenco convidavam a platéia para dançarem, um homem tirou Heloísa para o Tango, e Mariano ficou só a olhar.

- O que eu faço? Perguntou Heloísa.

- Vai lá, dance com ele – disse o namorado

Mas não demorou muito para uma dama convidar Mariano.

- E agora? O que eu faço? Perguntou o rapaz.

- Vai lá, não a deixe esperar.

A noite foi muito divertida e os dois pararam para tomar um chocolate antes de voltar para o hotel.

Matias toca a campainha do apartamento de Fernando.

- Ah, é você por aqui de novo.

- Pois é, fiquei com saudades de você.

- Quem são esses dois?

- Orlando e Cláudio, dois amiguinhos meus.

- Eles também são da polícia.

- Você quase acertou em cheio, são ajudantes meus.

- O que quer que fale? Já disse que sou um mero entregador, não sei mais nada.

- Mentira.

- Acha que eu to mentindo?

- Tenho certeza.

- Você nem me conhece e diz que eu to mentindo.

- Eu sei que você pediu demissão de lá. Liguei pra lá antes de vir aqui pela primeira vez. Muito estranho você pedir demissão pouco tempo depois de ocorrer um assassinato perto do local aonde você fez a entrega não?

- Eu não suportava mais meu chefe, não agüentava mais trabalhar naquele lugar.

- E de repente você compra um carro zero que custa quase 100 mil reais. Comprou como? Com salário de entregador? Eu com salário de delegado não posso comprar um carro daquele.

- Quem te falou que o carro era meu?

- O porteiro, ao contrário de você, ele não esconde a verdade. Agora a dúvida. Como você poderia conseguir grana pra comprar um carrão daquele?

- Herança do meu avô.

Matias sacou sua pistola e ameaçou-o.

- É mesmo, tem certeza?

- Absoluta.

- Nós não vamos sair daqui sem uma informação que preste, é melhor pra você abrir o bico e falar, vai ser preso de qualquer jeito, mas a duração da pena depende de você falar ou não.

Fernando custou a falar, mas finalmente revelou.

- Foi o tal do Mariano, o playboy.

- Quanto ele te ofereceu?

- Me deu quatrocentos e cinqüenta mil reais?

- Caramba. Tudo isso só pra matar o irmão?

- Para um cara quase bilionário é uma quantidade insignificante – disse Orlando.

- Ele te falou o motivo do pedido?

- Pura inveja do irmão, queria roubar a mulher dele.

- Eu imaginava algo assim. O que mais ele te falou?

- Falou pra eu comprar um carro, um apartamento em outra cidade e fugir pra lá, falou também para que eu pedisse demissão do emprego e começasse uma nova vida com aquela grana.

- Interessante.

Matias pegou o seu gravador e fez Fernando repetir tudo o que havia falado, em seguida levou-o preso para o departamento de polícia. Em seguida falou:

- Solucionamos o Caso Vivaldi. Agora só precisamos prender o mandante, infelizmente temos que esperar ele voltar de viagem, da última que ele fez antes de passar um bom tempo na cadeia.

No último dia antes de irem embora Heloísa quase descobriu o anel de noivado na mala de Mariano, foi um susto para ele. O avião embarcaria às 17h eles ainda teriam tempo de almoçar e arrumar as malas. Foram almoçar em um restaurante mexicano chamado Dias de Zapata, o almoço ia bem até que Mariano fez a surpresa, já havia combinado com os funcionários do restaurante que um garçom de repente levaria uma caixinha com uma jóia. Heloísa ficou encantada com a surpresa, aí Mariano fez o pedido:

- Quer se casar comigo? Aceita esse anel de noivado como prova do meu amor?

- Preciso pensar.

- Quanto tempo leva?

- Dois segundos.

Eles se beijaram e foram aplaudidos pelos funcionários e fregueses do restaurante.

O casal teve uma volta de viagem muito tranqüila e Heloísa apaixonada e ainda um pouco surpresa com Mariano.

Chegaram ao aeroporto, a família inteira foi buscar os dois pombinhos. O delegado também foi pra lá, cercado de Orlando e mais dois policiais, algemou Mariano e acusou-o de encomendar o assassinato do próprio irmão, mostrou a gravação que tinha feito de Fernando. Não restavam mais dúvidas, Heloísa arrancou o anel de noivado e cuspiu na cara de Mariano, chamando-o de canalha assassino, a mãe lhe deu um tapa na cara, o pai e os irmãos ficaram perplexos.

Mariano chegou à delegacia chorando, jurou que nunca seria capaz de premeditar o assassinato de seu próprio irmão.

- É muito fácil chorar de arrependimento depois de descobrirem a maior crueldade que você fez.

- Vocês nunca vão acreditar não é? Claro, com um plano tão bem elaborado e todas as provas apontadas para mim não tem como duvidar.

- Se fosse bem elaborado não teríamos descoberto a verdade.

- A verdade está embaixo do seu nariz, mas você faz questão de não perceber.

Matias deu um soco na cara de Mariano, disse que exigia o respeito, não aceitava aquele monte de baboseiras ditas pelo rapaz. Mandou trazer Fernando.

- Quem é esse cara? Perguntou Mariano.

- Chega você já foi longe demais, admita logo que você tirou quatrocentos mil reais do seu banco para pagar Fernando.

- Como é que é?

- Vai logo Mariano, fala que você me pagou para matar seu irmão, você tinha inveja dele, era apaixonado pela mulher dele e queria para você, anda logo – disse Fernando.

- Desgraçado. Quem te pagou pra fazer isso?

- Que pergunta estúpida claro que foi você, me deu grana pra comprar um carro e fugir da cidade.

- E é burro, porque ao invés de fugir ficou aqui – disse o delegado.

Passou um mês desde quando Mariano foi preso, todos em casa estavam péssimos. A polícia tinha uma testemunha e o réu não tinha álibi. Dominique e Franco estavam mal e foram consultar o médico da família, Doutor Paulo. Chegaram ao consultório dele e logo foram atendidos.

- Faz tempo que não vejo todos vocês. Como está a família?

- Desde a morte do Henrique, tudo piorou, nossa mãe está com câncer e Mariano foi preso, acusado de encomendar a morte do nosso irmão.

- Calma aí, você disse que sua mãe está com câncer. É verdade?

- O senhor não sabia? Ela disse que foi você que mandou fazer os exames.

- Eu não vejo sua mãe há seis meses. Há quanto tempo ela está com a doença?

- Descobriu a pouco mais de um mês, antes do nosso irmão ser preso injustamente.

- Vocês podem me trazer esses exames?

- Claro que sim, nosso pai guardou, vamos pegar com ele.

De volta à mansão Vivaldi os gêmeos pedem emprestado os exames que Madalena fez, o pai pergunta para que eles querem e os dois respondem que o Dr. Paulo pediu, quer estudar de novo os exames e verificar se não ouve algum erro no diagnóstico. Marco empresta a ele os exames e no dia seguinte eles estão na mesa do médico. O telefone de Dominique toca, a própria atende, é o Dr. Paulo.

- Acho melhor vocês voltarem aqui, e, por favor, tentem trazer o pai de vocês.

- Tudo bem, vamos fazer isso.

Na penitenciária, Mariano está na cela comum, pois ainda não possui curso superior. Enfim, o delegado chega para falar com ele após um mês.

- Como têm passado a noite com os caras aí, tem conseguido dormir tranqüilo? Perguntou o delegado, rindo de Mariano.

- Como vocês me prendem com uma acusação sem fundamento? Que pista vocês têm que me aponte como criminoso além daquela mentira que está na gravação?

- Quer mais uma prova? Mostro com o maior prazer.

Matias mostrou o isqueiro da Porsche.

- Meu isqueiro. Aonde você achou? Procuro há três meses por ele.

- Ele estava no escritório da casa do seu irmão, não sei como, mas estava lá.

- Isso mostra mais uma vez que você não é de nada, a não ser um cara arrogante e com prazer. Se e fosse o mandante do crime, porque eu seria burro de deixar uma pista, quando sabia que qualquer um da minha família reconheceria o objeto?

- Cale a boca rapaz. Você está duvidando da minha capacidade?

- Duvidei durante todo o caso, sempre achei você um delegado ridículo, incapaz de investigar um caso corretamente, já solucionei muitos casos, assassinatos, seqüestros.

- Isso foi há mais de vinte anos.

Matias recordou essa voz como um pesadelo.

- O que foi Matias? Não esqueceu de mim. Não é?

- Quem é o senhor? Perguntou Mariano.

- Sou o Dr. Lázaro Mendes, o delegado que trabalha no departamento do Matias.

- Mas quem é o delegado afinal?

- Sou eu, Matias já foi delegado, mas foi afastado do cargo por indisciplina, torturava todos os réus, chegou inclusive a matar um. Então ele perdeu seu cargo e eu que tinha acabado de passar no concurso para ser delegado, assumi o cargo que era dele. Infelizmente eu fui internado no hospital com uma doença grave por quatro meses, isso aconteceu recentemente, mas já havia um substituto que infelizmente não chegou a exercer o cargo, pois Matias e seus comparsas conseguiram com alguma manobra, voltar a mandar na delegacia.

- Você devia ter ficado pra sempre naquele hospital, se eu solucionasse esse caso iria me consagrar novamente e voltaria a ter respeito – disse Matias.

- Cláudio e Orlando fizeram parte do seu plano para voltar? Perguntou Lázaro.

- Eles não têm qualquer envolvimento nisso, não devem nem saber como eu consegui voltar.

- Sr. Mariano, chame seu advogado e fale para entrar com o pedido de Habeas Corpus, você tem direito de responder em liberdade, eu já verifiquei tudo e as provas contra você são duvidosas, não têm chão para colocá-lo sob custódia.

No consultório do Dr. Paulo estão Marco e seus filhos ouvindo o que o médico tem a dizer.

- Olhe Marco, esses exames não são verdadeiros, eu me assustei quando vi minha assinatura no papel solicitando tais exames. Eu não vejo sua esposa há seis meses, então ela mentiu para você quando disse que veio me consultar, esse câncer não pode ser verdadeiro.

- Entendo as suas razões para dizer isso doutor, só não entendo por que minha mulher inventaria sobre uma doença tão grave como essa.

- Agora temos que saber como a Senhora Vivaldi conseguiu os exames e como conseguiu colocar minha assinatura.

Franco teve uma lembrança e falou para Dominique:

- Lembra de uma vez que Mariano falou de uma mensagem na secretária eletrônica de um homem que queria falar com a mamãe sobre uns exames que ficaram prontos?

- Claro que sim.

- Mariano sabia de alguma coisa sobre o exame? Perguntou Marco.

- Ele ouviu a mensagem, estranhou aquilo e foi comentar conosco, isso foi antes da mamãe ficar “doente”.

- Se vocês conseguirem a fita da secretária eletrônica, por favor, tragam, vamos encaminhar isso à polícia, pois alguém quis se passar pelo meu nome – disse o médico.

- Pode deixar Dr. Paulo, vamos procurá-la.

Depois de tudo resolvido na delegacia, Mariano estava livre e poderia responder ao processo em liberdade. Chegou em casa e foi abraçado pelos irmãos e pelo pai, mas a mãe foi cortar a felicidade:

- A polícia não presta mesmo, estão recolocando os criminosos na rua.

Ninguém deu ouvidos à Madalena, se preocuparam apenas em comemorar a liberdade de Mariano.

- Precisamos conversar sério – disse o pai a Mariano. Foram os dois e os irmãos ao quarto do rapaz.

- Ta bem. O que aconteceu enquanto estive preso?

- Descobrimos que há grande chance de Madalena não ter qualquer doença. Precisamos do recado da secretária do qual você comentou com os seus irmãos.

- Tudo bem, tenho ela guardada por aqui. Achei, é essa.

- Ótimo, temos que encaminhá-la para a polícia, o Dr. Paulo vai dar queixa, pois alguém se passou por ele falsificando sua assinatura.

A fita foi ouvida várias vezes até que Mariano identificou a voz, era realmente de Fernando, o homem que fora contratado para matar Henrique. As peças estavam começando a se encaixar, Madalena, infectada com o intenso ciúme por Henrique e pelo ódio à Heloísa contratou alguém para separar os dois para sempre.

- Liguem para o Dr. Paulo, vamos encaminhar a fita à polícia – disse Mariano.

A fita foi encaminhada, o delegado Lázaro averiguou tudo e confirmou que a voz era a de Fernando, só precisavam comprovar que eram a mesma pessoa. Mariano ligou para o número de Fernando e quem atendeu foi o zelador, ele disse que o morador foi preso e logo o proprietário iria tomar o apartamento novamente, pois era alugado.

Depois de tudo providenciado, o delegado iria dar início ao processo. Além de ser preso por assassinato, Fernando iria responder processo por falsidade ideológica, pois utilizou a assinatura do médico indevidamente.

Ao chegar em casa, Marco foi conversar com Madalena, disse que ela poderia parar de fingir, pois a família já sabia de tudo, o Dr. Paulo também e avisou para que ela se preparasse para enfrentar a justiça.

- Meu próprio marido me falando essas coisas – disse Madalena.

- Eu sou seu marido ou um brinquedo que você manipula?

Marco deixou Madalena sozinha no quarto e mudou suas coisas para o quarto de hóspedes, a partir de agora ela não era mais sua esposa.

O processo foi iniciado, e estava tudo certo para Mariano ser inocentado, que seria o certo desde o começo, na primeira audiência Fernando confessou que foi Madalena quem o contratou para cometer o crime, a intenção era matar um dos dois, assim o casal estaria separado para sempre. Madalena chamou-o de traidor, Fernando continuou dizendo que a Sra. Vivaldi o pressionara que ameaçou contar para a polícia todos os serviços sujos que ela já executara e que foi por isso que deu dinheiro a ele, pois ele seria preso como alguém que estava assaltando a casa e por acidente matou o morador. Mas isso apenas se Fernando fosse pego, ela deu dinheiro para que começasse uma nova vida em outra cidade, longe dali.

Depois da primeira audiência todos estavam certos de que tudo iria correr da maneira como deve ser. Na manhã seguinte Madalena havia sumido e deixara um bilhete dizendo que ela não merecia mais fazer parte da família, que a vergonha seria insuportável para todos eles, estava sumindo do mapa, mas pediu perdão pelo que havia feito, por mentir e por nunca ser uma mãe para Mariano, pois ele merecia alguém que tivesse cuidado dele de verdade quando era pequeno e não maltratá-lo como ela fez. Pediu perdão a todos e disse que iria fugir com Fernando, o amante que ela havia mantido por tanto tempo.

A polícia ligou para a família e avisou que Fernando fugira da prisão, Marco disse que provavelmente Madalena estaria junto com ele. O delegado não fazia idéia de onde eles poderiam estar e o Sr. Vivaldi teve uma lembrança de uma vez que Madalena disse que se um dia fosse fugir por algum motivo, esse lugar seria a capela onde eles se casaram. Marco foi de carro até a delegacia e a polícia o seguiu até o lugar, lá estavam os dois. Depois de uma troca de tiros com Fernando o delegado conseguiu prendê-lo, mas Madalena estava mais longe e já decidira cometer um suicídio. Marco gritou:

- Você não pode fazer isso, existem pessoas que amam você em casa. Por favor, não cometa essa loucura.

- Vocês merecem alguém melhor, uma esposa e uma mãe melhores. Eu fracassei nos dois papéis.

- Mas por que você quer acabar com a própria vida?

- Esse é o fim que eu mereço, conte a verdade a Mariano e ao Franco, eles merecem saber.

Marco continuou argumentando, mas não conseguiu resolver, Madalena cometeu o suicídio e o

Sr. Vivaldi não tinha palavras ou sentimentos para expressar o que ele sentia naquele momento.

O funeral de Madalena foi modesto, apenas com os familiares. Marco disse aos filhos que precisava conversar, precisava contar algumas coisas.

Chegando em casa, foram logo ao assunto.

- Eu não sei nem como começar isso. Espero que algum dia vocês possam me perdoar por eu ter escondido isso tanto tempo – disse Marco.

- Uma vez eu ouvi uma conversa sua com a mãe, você disse para ela nunca contar o segredo, poderia abalar a família – disse Mariano.

- Eu acho que um dia ela contaria e do jeito que seria revelado o abalo seria muito forte.

- Por favor, fale logo meu pai.

- Mariano, você não é filho de Madalena, é fruto de uma relação com outra mulher.

- Qual o nome da minha mãe? Onde ela está?

- O nome dela é Helena, ela está internada em um hospital psiquiátrico, após dar a luz a você ela teve um surto, sofria de Síndrome do Pânico. Após você nascer ela recebeu várias inúmeras ameaças de Madalena, que a mandava fugir dali e esquecer seu marido, que nunca iria conhecer o filho. Tudo isso fez sua mãe piorar, está internada até hoje. Sinto muito por contar isso só depois de mais de vinte anos.

Mariano levantou com uma cara de sério e deu um abraço no pai, que se surpreendeu com o gesto, pois achou que o filho não iria falar com ele por muito tempo.

- Eu quero conhecer minha mãe.

- Você vai conhecê-la.

- E eu? O que você tem a me dizer? Perguntou Franco.

- Com você a questão é diferente, eu espero que você possa entender o meu lado. Uma vez meu pai assumiu para mim que era homossexual, que casou do mesmo jeito, pois seu pai não iria tolerar um filho solteiro, achava que viveria encostado nele para sempre. Ele me dizia que minha mãe tinha vergonha da situação dele, eu também não conseguia entender muito bem. Eu sempre pedi para que nunca sofresse com uma vergonha dessas, no dia que descobri que você era gay o mundo caiu sobre mim, não conseguia aceitar de jeito nenhum, fiquei com muito medo que alguém descobrisse, pois meus amigos eram todos preconceituosos. Por esse motivo banal eu te repreendi desse jeito, mas agora eu sinto que não posso ter vergonha de um filho, afinal eu fiz todos vocês.

Franco também deu um abraço no pai, e Dominique deu um abraço em todos, os mistérios foram esclarecidos e a situação da família finalmente estabilizou-se. Heloísa ficou sabendo de tudo e pediu perdão a Mariano pelo que tinha feito no aeroporto. Os dois se casaram na mesma capela que o Marco e Madalena, a lua-de-mel foi em Barcelona e depois eles foram à Milão, tudo como Mariano queria.

Chegou o dia em que Mariano iria conhecer a mãe. Foram ele, Heloísa e Marco até o hospital. Foram até o jardim aonde Helena repousava. Mariano chorou emocionado com tudo aquilo, em seguida tentou falar com ela:

- Não sei se você têm condições de ouvir o que eu falo, eu nunca estive tão feliz na minha vida.

- Eu também, estou realizando meu sonho, conhecer meu filho.

Mariano ficou surpreso, achou que sua mãe já não tinha mais condições de falar depois de tanto tempo internada, aproveitou e bateu um longo papo com ela, apresentou sua esposa, foi um momento de emoção forte. No final tudo deu certo para Mariano, ele se casou com a mulher de seus sonhos, conheceu sua mãe verdadeira, sua mãe postiça apesar de ter atacado tanto o rapaz acabou reconhecendo que tinha atrapalhado grande parte de sua vida. Mariano visite sua mãe uma vez por semana, sempre acompanhado de Heloísa. Franco pôde ser livre, seu pai agora sentia orgulho dele, não mais vergonha. Dominique não podia estar mais feliz, tudo o que ela sempre pediu acabou se realizando, a família ficou unida.

FIM

Quero agradecer a todos os leitores que apreciaram e comentaram no meu conto. Eu fiquei um tempo sem conseguir escrever, mas continuei graças a vocês, queriam mais da estória, mesmo que ela pareça mais uma minissérie dramática do que um conto policial.

Grato.

Tiago Gevaerd Farah.

Farah
Enviado por Farah em 31/10/2006
Código do texto: T278726
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