O assassino parte 3 [A menina da esquina]

Eram as orquídeas de sangue

Que atraiam os insetos Nascidos do Hades prontos para saborear

Ébria refeição e delicada perversão .

Os cacos de vida machucavam os pés

E a jornada era longa, longa e imprecisa...

Havia uma menina parada na esquina, esmalte gasto

Vestindo farrapos, ela não temia o perigo das ruas

A fome de dias não permitia isso, o cancro social

Forçava a muitos cometerem suicídio civilizatório

Talvez quisesse livrá-la de um futuro de dores, talvez...

Mas o queloide exposto em seu roto bonito

De certa forma o impedirá,

Sentiu dó, pela primeira vez na vida sentiu dó de alguém.

Suas lembranças o limitavam Suas mãos tão acostumadas a matar, agora doíam,

Havia algo faltando em suas costelas

E ele estava logo ali parado na esquina, roendo as unhas esmaltadas

O estômago doendo, espelho infiel de seu sorriso vermelho.

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 07/05/2013
Código do texto: T4279488
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