Mandinga Braba

Estava eu com uma escuta telefônica, referente a um homicídio. E nas conversas entre tantas bobagens, a investigada conversava horas com sua mãe, sobre magia negra, mandando “cobrinhas” para os inimigos. E todo tipo de mau-olhado. E nessas entra meu nome no meio. Mandando muitas cobrinhas para o policial aqui. Dei muitas risadas e “mostrei” pros colegas o “feitiço” da suspeita. O que rendeu muitas gargalhadas e piadas na DP. Passado um tempo e esquecido esse fato pitoresco. Do nada, comecei a sentir dores abdominais lancinantes. A dor era tanta, que me prostei deitado, e não conseguia levantar, conseguindo apenas ficar em posição fetal. Fui encaminhado por familiares ao hospital onde fiz todo tipo de exame, e os médicos não achavam nada. Fiquei três dias hospitalizado, tomando todo tipo de anestésico, dipirona na veia, benzetacil, e os médicos até estavam pensando em me dar morfina, mas não tinha justificativa para tanto, pois os exames nada apontavam. Cansado de sentir dor numa cama de hospital, briguei com os médicos e pedi alta, se era para ficar deitado morrendo de dor, preferia ficar em casa. E mesmo com protestos dos “doutores”, e de tinha família, fiz que me carregassem do hospital. Fiquei sabendo de uma tal clinica especializada em dor crônica, tal de clinica da dor, e lá me fui. Na tal clinica a médica olhou meus exames, ressonâncias, tomografias, exame de sangue e diabo a quatro. Me olhou bem no grão do olho e disse. – O que tu tem é um mistério, nunca vi nada igual, se um dia tu descobrir volta e me conta. Não sei se ria ou chorava. Voltei pra casa, carregado, para continuar deitado, chorando de cólicas e dores abdominais. Até que minha sogra, sugeriu de eu ir, em uma tal benzedeira, de nome Mineira. Eu ateu convicto até então, quis debochar, mas como a dor era muita, aceitei. Entrei carregado e louco de dor, na casa simples da senhoria. Que olhou pra mim, disse que aquilo era trabalho, fez uma reza, rápida. E disse que estava desfeito, e eu ia melhorar. No dia seguinte já conseguia sentar. Dali poucos dias estava bom de novo. É como diz o ditado “O cara é ateu até dar uma dor de barriga forte” (literalmente).

fonte:http://causosdeumpoliciadecampanha.blogspot.com.br/

FSantana
Enviado por FSantana em 09/03/2016
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