O galpão

Era realmente muito pobre

mas não porque não trabalhava

mas, porque não estudara

e por isso era uma analfabeta que nem o seu nome assinava.

Era solteira e alugava um barraco que ficava

por detrás de um grande galpão

pertencente a família que lhe empregava

e, porque bem cedinho despertava

pois começava a trabalhar as seis quase todas as manhãs

pois tinha o domingo de fora mas, que mesmo assim logo passava,

porque em jejum assistia a primeira missa onde naturalmente comungava

e, quando no barracão chegava tomava o seu café com pão e margarina

indo logo em seguida lavar as suas roupas que logo no varão pendurava

para serem enxugadas ao vento e ao sol,

caminhando rapidamente até ao mercadinho, padaria e a feira de rua

que se localizava aos domingos numa pequena praça

e, o que realmente ninguém esperava lamentavelmente ocorreu

pois fora encontrada no dia seguinte sem vida

parcialmente nua no chão do grande balcão

e, segundo a perícia tinha sido estrupada

mas, o mais estranho desse caso

é, que, ninguém escutou gritos e ao seu lado estava

todas as compras que tinha feito para comer durante a semana

levando-lhes a crerem que o seu assassino de alimentos não necessitava.

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 15/01/2023
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