vivendo como espírito

Vivendo como espírito desencarnado __

Sem saber como havia chegado, entrava pela primeira vez naquela escola, imponente, ostentava um corredor externo com inúmeras colunas com mais de cinco metros, brancas que se afinavam à medida que se aproximavam do teto, logo estava me relacionando com outras pessoas que na sua maioria andavam com pressa e falavam alto enquanto sorriam e gesticulavam alegres, de repente, surgiu aos meus olhos uma figura estranha, coberta com uma capa verde escuro, sentada atrás de uma coluna fixava seu olhar em mim e, no que cheguei perto, estendeu sua mão buscando minha atenção e disse de forma telepática que evitasse ficar perto dos vermelhos, achando graça, pensei ser uma brincadeira e indaguei : - Sério ? E de que cor eu sou ? Ele, sem esboçar nenhum sorriso, disse-me rápido e secamente como se fosse óbvio: - Verde !

Segui pelo corredor sem dar muita importância à isso, quando passou por mim uma menina que corria, chorando desesperadamente, na intenção de ajuda – la, corri com ela até o banheiro feminino e no interior enquanto ela lavava seu rosto, perguntei – a o que havia acontecido e ela nada respondeu, entendi que era devido à emoção e resolvi abraça – la , mas para o meu espanto, meu corpo atravessou o dela e o máximo que percebi ela sentir foi um forte arrepio e eu ainda em estado de choque, vi outra menina entrar com uma cara fechada e me intimando afastar da garota que chorava, parecendo querer protege –la de mim, disse-lhe que só queria ajudar, mas que não estava entendendo o que se passava, diante da sua expressão de dúvida no rosto, indaguei – a se eu estava morto, ela balaçou a cabeça afirmativamente, perguntei se ela também estava morta e ela respondeu que sim, mas a garota do choro não, reparei que ela tinha uma aura verde em torno de seu corpo miúdo e logo associei ao que o homem da capa falara à pouco, a moça agora demonstrando confiança resolveu ajudar – me e pegando uma das minhas mãos levou-me velozmente à beira de um barranco que era o fim do colégio, e de lá apontou para baixo, fazendo-me ver uma rua, onde dois carros acidentados ainda continha corpos e chegando mais perto pude ver que um deles era o meu..... próprio corpo!

- Rubens

Parreiral
Enviado por Parreiral em 18/06/2008
Código do texto: T1039787
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