Um conto sem lógica

Um conto sem lógica

De volta ergo-me diante das dificuldades, cicatrizes são inevitáveis, e tudo isso dói bastante no peito que carrega um maldito coração que insiste em bater hora mais rápida, hora mais lenta, não sei as respostas da vida.

Pensar em sentir é um abismo sem fim, sem lógica, sem nexo, e nós vamos nessa via de dor, de deferimentos letais, somos tolos, somos bobos, amamos sem precedentes, sem preconceitos, sem limites.

Onde estão os limites do amor? Os procuro há muito tempo, mas ainda não os encontrei, queria poder enxergar no meio da luz ofusca da vida encontrar a impregnação enojada de nós seres-humanos, assim poderia eu no alto das minhas banalidades saber o que é errado neste mundo onde a África é estuprada e países pequenos são esmagados, não quero trazer isso pro lado social, não quero trazer isso pro lado técnico das relações internacionais de interesse publico.

O fato é o seguinte, estamos todos aqui jogados neste calabouço em tamanho gigante, e nos distraímos pedindo uma pizza pelo telefone, jogando cartas, e servindo a uma amante uma dose de um vinho caro que já foi pago no debito do cartão de credito.

Somos nós apenas isso, seres que comem, defecam, mentem, enganam, forjam, carregam, atropelam, estupram, golpeiam, amam, amam? Amam!

Não sei, será?

Será?

Não sei.

Talvez isso seja o que ainda nos mantém na condição de seres.

É, é isso que ainda nos mantém nesta pilastra, pilastra de: seres humanos.

É por isso, com isso e vivendo com isso que ainda temos esperança...