A Garota Infernal

O som da música eletrônica ensurdecia Paulo enquanto dançava ao som daquelas batidas, era disto que ele gostava, na verdade estava acostumado com a música, com a bebida e com as mulheres, era este ultimo fator que o ocupava neste instante. Paulo interrompe sua dança, para beber diante de uma garota um tanto quanto estranha porém muito lida. Esta falava alguma coisa, mas Paulo não conseguia ouvir devido ao som alto e seu desinteresse. Começando a ficar entediado Paulo beija a garota.

Já eram quase 11 horas da manhã quando uma música invade seu quarto. Paulo acorda desesperado com a dor de cabeça causada pela ressaca, ele tenta em vão tapar seus ouvidos com o travesseiro.

Paulo: Quem é o infeliz que está ouvindo música a esta hora?

Alguém bate a sua porta, as leves batidas pareciam tiros de canhão ecoando em sua cabeça.

Paulo: Por favor, eu quero dormir.

Quem batia a porta era seu pai Arnaldo, que parecia desesperado de medo.

Arnaldo: Por favor filho, aconteceu uma coisa, venha logo é urgente.

Ainda com dor de cabeça Paulo levanta-se da cama preocupado. Em poucos minutos ele veste-se, saindo de seu quarto. Ao descer as escadas Paulo depara-se com seus pais: Arnaldo e Roberta, agachados em um dos cantos da sala chorando completamente aterrorizados. Sua irmã, Alicia, estava a frente de seus pais.

Alicia: O que você fez ontem a noite?

Paulo: O que está acontecendo?

Uma voz profundo como o trovão irrompe pela sala, o coração de Paulo ameaça parar, seus olhos lacrimejam enquanto ela sente a morte de perto.

Voz: Calado idiota.

Paulo vira-se lentamente deparando-se com um homem de aparência severa e assustadora, cercado por dois outros homens, igualmente hostis, neste momento Paulo avista uma garota incrivelmente linda, de cabelos rosa e maquiagem preta acenando meigamente para ele.

Voz: Por que não acena para minha filha?

Ainda assustado Paulo acena timidamente.

Voz: Por que não acena com mais vontade?

Paulo acena com animação para aquela linda garota.

Voz: Quem te deu tal liberdade com minha filha?

Com o susto causado pela reação daquele homem Paulo cai sentado. A garota continha seu pai, este aproximando-se de Paulo com um olhar assassino. O garoto vira-se para olhar seus pais, estes experimentavam um misto de raiva e medo.

Roberta: Eu deveria ter abortado.

Arnaldo: Por favor senhor, mate nosso filho e vá embora.

Paulo: E amo vocês papai e mamãe.

Voz: Cale a boca verme.

Garota: Por favor papai, deixe-o falar, não é amor?

Paulo: Amor?

Garota: Sim, foi o que você me disse ontem a noite. Que você me amava!

Paulo fica paralisado, o que ele teria feito na noite anterior? Sua expressão não deixa dúvidas sobre sua memória.

Garota (com lágrimas nos olhos): Você não lembra?

Paulo: Desculpe... podemos conversar sobre isto, mas sinceramente acho que é perca de tempo.

A garota começa a chorar de tristesa, assim como os pais de Paulo, estes choram de medo. Os olhos do pai dela inflamam, seu corpo cresce expondo músculos.

Arnaldo: Por que não tivemos duas meninas?

Voz: Você tirou a pureza da minha filha e agora a trata assim? Mora maldito!

Alicia (sarcástica): A filha do diabo era pura?

Paulo: Diabo? Por favor...

Diabo: Vá para o inferno!

O chão abre-se sob Paulo revelando o inferno, assim como seus rios de sangue, seus escravos da dor. Seus gritos de desespero ecoam pela sala, Paulo fica pendurado na borda do precipício, que era parte de sua sala, seus olhos cruzam com os da garota.

Garota: Por favor papai.

Diabo: Qual o nome da minha filha?

Paulo: Letícia?

Diabo: Morra!

Paulo abre os olhos, a garota o estava olhando de cima, acariciando sua cabeça. Paulo descansava com sua cabeça sobre o colo dela.

Paulo: Eu acertei o seu nome?

Diabo: Não chegou nem perto, palhaço.

Garota: Eu pedi para o papai salva-lo. Ele não é fofo?

Paulo: Obrigado por me salvar.

Garota: Você é lindo Paulo!

A garota abraça Paulo, mas este não consegue tirar os olhos do canhoto, que nutria um ódio crescente por aquele humano.

Garota: Lila. É este o meu nome.

Paulo: Eu não errei totalmente, acertei o primeiro nome.

Alicia: Por favor senhor das trevas, leve-o logo.

Lila: Viu só pai, ele se importa comigo.

Diabo: Se isto for verdade ele não vai se importar de responsabilizar-se por seu ato.

Paulo (preocupado): Como assim responsabilizar-me?

O inferno abre-se atrás do demônio, este rasga sua camisa expondo seus músculos cravejados de espinhos negros, suas pernas dão lugar a patas de bode, em sua cabeça surgem dois cornos. Cães demoníacos cercam Paulo, demônios torturados pregados a rochas incandecentes emergem de labaredas.

Diabo: Case com minha filha ou irá para o inferno.

Paulo: Eu caso.

Tudo volta ao normal, Lila abraça seu noivo beijando-o.

Lila: Não é legal papai é polimorfo!

Paulo: O que?

Alicia: Ele pode mudar de forma! Idiota.

Paulo: Então sogro o senhor não acha esta atitude um tanto quanto radical?

Furioso o demônio ergue Paulo pelos cabelos, olhando-os nos olhos.

Diabo: Se me chamar de sogro novamente eu rasgarei a sua alma.

O diabo joga-o no chão, Lila abraça seu pretendente.

Alicia: O diabo é reacionário.

Paulo: O seu pai odeia os humanos?

O diabo fica envergonhado enquanto Lila ria docemente.

Lila: Mamãe é humana, papai apaixonou-se por ela. Mamãe adorou os poderes infinitos do papai.

Os pais de Paulo estavam escondidos até aquele momento, os dois entram na sala de maneira descompromissada e rindo para disfarçar a situação.

Roberta: Então está tudo bem?

Arnaldo: O Paulo vai mudar para o inferno ou vocês preferem ficar por aqui?

Diabo: Eu não quero este flagelo morando no inferno, mas não tem outro jeito.

Lila: Não, o Paulo não conseguiria ajustar-se ao inferno, até lá eu vou morar na terra com ele.

O diabo fica ainda com mais raiva de Paulo, este por sua vez sente que sua alma corre perigo.

Diabo: Tudo bem, mas temos que voltar agora. Saiba que nós viremos visita-lo em breve humano imundo.

Paulo (pensamento): Ótimo, agora eu posso voltar a minha vida normal.

Diabo: Antes de irmos humano, saiba que eu sou onipotente e onipresente. Eu vejo tudo o que você faz.

Os demônios desaparecem em uma nuvem de enxofre.

Alicia: Aconteceu, o Paulo destruiu nossa família.

Paulo: Ei, eu ainda sou seu irmão mais velho.

Na manhã seguinte Paulo vira-se na cama tentando puxar o lençol. Este por sua vez não movia-se, ele sente algo pesar na cama. Paulo tateia o colchão encontrando o corpo de uma mulher.

Mulher: Então você está a fim?

Paulo (apavorado): quem é você?

Joana: Joana, a mãe de Lila.

Paulo (sem graça): Muito prazer.

Joana: Ter desejos é muitonormal, a final Lila é novinha e eu sou uma mulher adulta.

Joana passa seus dedos pelo queixo de Paulo, deitando sua cabeça sobre o peito ele. A mulher acomoda-se sobre o colo de Paulo aproximando seu rosto do rosto de Paulo.

Joana: Eu sou muito mais mulher que minha filha, não acha?

Paulo: Po...po...po...po...po... por favor se...se...se...se...senhora... seu...seu...seu... mari... mari... marido...

Ela aproxima-se ainda mais toando seus lábios na orelha de Paulo.

Joana: Brincadeira.

Ela levanta-se rindo, enquanto Paulo encolhia-se de vergonha.

Joana: Meu marido disse que você era pegador, mas parece que ele exagerou. De qualquer forma eu queria conhecer o meu genro.

Paulo: E então?

Joana: Quer mesmo saber? Eu preocupo-me com a felicidade de Lila, se ela estiver feliz com você então tudo bem. Estarei esperando lá em baixo.

Paulo: Lá em baixo?

Joana Para um café-da-manhã em família.

Minutos depois Paulo desce de seu quarto indo até a cozinha onde Lila esquenta o café com um apontar de dedos.

Arnaldo: Nossa nora sabe fazer coisas incríveis.

Lila: Eu quero agradar meus sogros.

Ela sorri ao ver Paulo parado na entrada da porta. Lila estava sentada a mesa ao lado de sua mãe, Alicia e os pais de Paulo.

Lila: Vim tomar café com meu noivo.

Paulo: Lila o seu pai veio?

Lila (fazendo que não): Papai disse que vomitaria se tivesse que comer olhando para você.

Alicia: O sentimento é multo-o.

Paulo: Preciso ir.

Lila: Aonde você vai?

Paulo: Preciso ir para a faculdade, Alicia vai para o colégio.

Lila: Eu vou junto.

A garota demônio levanta-se, com um estralar de dedos sua roupa muda para um uniforme colegial.

Alicia: Por que você vestiu-se como colegial?

Lila: E que as fantasias em volta de ma colegial são maiores do que as em torno de uma universitária.

Alicia: Quanta apelação.

Joana: Verdade.

Alicia: Lila, você pode vir comigo, tem algumas pessoas que eu gostaria de mandar para o inferno.

Lila: Será um prazer.

Paulo: Mas não vai ser um problema uma aluna estranha tentar assistir a aula?

Lila: Tudo bem amor, eu posso alterar a realidade a minha vontade.

Alicia: O que acha disso irmãosinho. A sua futura esposa tem os poderes do canhoto.

Assim que os jovens saem de casa Joana olha sorridente para os pais de paulo.

Joana: E então como vocês querem o casamento?

Arnaldo: Nós somos católicos, mas acho que um casamento na igreja seria complicado.

Joana: Um pouco.

Enquanto isto na universidade Paulo estava desanimado, mas muda rapidamente de idéia ao ver uma garota passar a sua frente de saia. Neste momento ele lembra-se da advertência do demônio, mudando de atitude.

Paulo: Minha vida acabou.

Lila: Tem alguma coisa que eu possa fazer?

Paulo: Acho que não.

Ele assusta-se ao perceber que Lila estava ao seu lado.

Paulo: O que você está fazendo aqui?

Lila: Senti saudades.

Paulo imaginava como faria para disfarçar a existência de Lila, ele preoculpava-se caso alguém a visse.

Lila: Tudo bem, eu me materializaei sem ninguém ver.

Paulo: Não está nada bem.

Neste momento, Thiego, um amigo de Paulo, aproxima-se dos dois, sem importar-se com Lila.

Thiego: E ai cara? Você viu o filme de ontem a noite sobre as pessoas que venderam a alma para o demônio?

Lila: Eu?

Paulo (gritando): Não!

thiego: O que foi? - percebendo Lila - Oi tudo bem?

Lila: Oi, você é amigo do Paulo?

Thiego: Sim, e você?

Paulo: Ela é amiga da minha irmã.

Thiego: Então por que ela está aqui e não no colégio onde sua irmã estuda?

Lila: Eu vim por que queria ver o Paulo.

Thiego (malicioso): Esou atrapalhando?

Paulo (desanimado): Não.

Lila: E o filme que você estava falando? Parecia muito engraçado.

Thiego: Na verdade não era uma comédia, mas sim um terror sobre um homem que decide vender sua alma ao demônio.

Lila: Chamou?

Paulo: Não, ele está falando do filme, não é mesmo Thiego?

Lila: Entendi.

Thiego: Em fim, este homem faz uma feitiçaria para invocar o demônio e vender a sua alma, para isto ele encontrou um livro antigo sobre o assunto, mas era muito difícil convocar o demônio por isto ele teve que matar várias pessoas...

Lila: Mas não é assim que funciona, invocar papai é muito fácil...

Paulo entra em desespero tentando impedir Lila de falar, esta olhava-o de maneira inocente, sem entender o por que da agitação de seu noivo, Thiego começa a rir.

Thiego: Você é muito engraçada Lila, em fim este homem consegue fazer um trato, mas sbe como é o diao é safado e o engana...

Lila (irritada): Como assim o diabo é safado? Você já conheceu ele para falar assim?

Thiego começa a rir, enquanto Paulo desiste jogando seu corpo sobre a mesa onde estudada torcendo para que o dia acabe logo. Lila não entende a reação de nenhum dos dois.

Naquela noite Paulo sai do chuveiro indo ireto para seu quarto, ao abrir a porta ele depara-se com Lila dançando Rocky ao lado de seu pai.

Lila: Oi querido!

Diabo: Paspalho.

Paulo: Vocês estão ouvindo Rocky?

Lila: Você não sabia? Papai é o pai do Rocky.

Diabo: Algum problema miserável?

Paulo: Nenhum.

Desanimado Paulo fecha a porta indo para o quarto de sua irmã, ele entra sem a permissão desta, deitando em sua cama. Alicia estava de pé a sua frente controlando-se.

Paulo: Desista, não importa o que você faça não será pior que o meu sogro.

Alicia: Está tão ruim assim?

Paulo (em desespero): Eu não aguento mais, minha vida erá ótima, eu me divertia, tinha amigos, entrei no curso universitário que queria. Agoa o demônio está no meu quarto e a filha dele fica me seguindo por todo o lado querendo casar-se comigo.

Alicia: De certa forma você pediu por isto.

Paulo: Como assim?

Alicia: Quantas noites você ficou bêbado até cair? Quantas vezes nossos pais tiveram que acordar de madrugada para cuidar de sua bebedeira? Quantas mulheres você magoou as garotas com quem ficou? Lila era só mais uma conquista. Você não pode chamar o diabo e depois reclamar quando ele vêem.

Paulo: Você até pode ter razão...

Alicia: Como assim até posso ter razão? Eu estou certa.

Paulo: Mas o preço é muito alto. nesta semana eu tentei sair a noite, e até encontrei uma garota bonita...

Paulo lembra-se que estava em uma balada, uma garota olha para ele, os dois sorriem, eles aproximam-se. Paulo sussurava algo em seu ouvido quando sente uma mão pousando em seu ombro, era um segurança. Este leva-o a uma sala onde estava o Senhor das Moscas, este sorri.

Diabo: pretendia trair minha filha inceto?

Paulo: Não senhor.

Diabo: E quem era aquela garota?

Paulo: Não sei. Acabei de conhecer... senhor.

Diabo: Morra.

O chão abre-se revelando o inferno, de onde surgens canibais tentando devora-lo, Paulo gritava por clemência, seu sogro ria histéricamente.

De volta ao quarto de sua irmã Paulo olhava para o teto desolado.

Paulo: Acho que ele só queria me dar uma lição. Não cobiçaras a mulher do próximo.

Alicia: Ele é o diabo ou Jesús?

Esta tarde eu estava voltando para casa com Lila e pensei: se ela é minha noiva eu posso aproveitar.

Paulo lembra-se que voltava para casa quando interrompe sua caminhada sob um poste de iluminação pública, Lila deu mais alguns passos, parando e olhando para trás intrigada.

Paulo: Você está linda.

Ele puxa sua noiva abraçando-a. Os dois beijam-se, enquanto Paulo explorava o corpo dela com sua mão, sem perceber uma bola de fogo caíndo do céu. Esta bola atinge Paulo que corre em círculos gritando de dor.

Lila: Deite e role.

Paulo obedece, o que faz com que o fogo aumente.

Lila: papai é você?

Diabo: Desculpe querida.

o Diabo estala os dedos e Paulo volta ao normal, este fica de pé percebendo que o diabo o olhava nos olhos.

Diabo: Estou de olho em você.

Paulo (de volta ao quarto): Você me entende?

Alicia (inconformada) Mais ou menos

Sem que eles soubessem Lila ouvia a conversa dos dois irmãos do outro lado da porta mantendo um olhar muito triste.

No dia seguinte Paulo acorda com seu quarto em chamas, ele grita em desespero quando o diabo surge a sua frente com sua magnânima presença cuspindo fogo.

Diabo: Acorde verme.

O diabo desaparece enquanto Paulo recuperava-se, seu pai o chama, pedindo para que desca. Lentamente Paulo desce as escadas tentando descobrir o que estava acontecendo.

Diabo: Agora imbecil!

Paulo termijna de descaer as escadas com um único passo, ele salta do degral arremssando-se no chão onde seus sogros o olhavam cercados por malas. Paulo olha em volta vendo seus pais assustados, sua irmã indiferente e Lila triste no sofá.

Diabo: Chegou a hora...

Joana: Por favor querido. Deixe nossa filha falar.

Diabo (olhando para Paulo): Palerma.

Paulo: O que significa isto Lila

Lila: Desculpe-me Paulo, mas eu ouvi a sua conversa com Alicia ontem a noite.

O garoto entra em desespero tenando achar um refúgio. Seus pais estavam amedrontados, sua irmã indiferente e o diabo furioso. Paulo pensa: E isto, minha vida acabou.

Lila: Eu não sabia que você se sentia assim. - ela levanta-se - nós vamos embora, desculpe por tudo.

Paulo se acalma e surpreende-se, assim como seus pais, ele olha em volta percebendo que o diabo estava contrariado, mas a esposa dele não.

Joana: Nós jogamos um fardo muito grande em suas costas, não se preoculpe, você não sofrerá nada.

Diabo: Agradeça a Lila imbecil.

Lila: Papai, eu já pedi para que o Paulo não sofresse nada.

A garota passa ao lado de seu ex-noivo de cabeça erguida, mas Paulo pode ver uma lágrima escorrer por seu olho, o diabo também percebe, mas não reage. Paulo comove-se com a dor dela.

Lila: Adeus, por favor esqueça tudo o que hove.

Ela estava indo embora quando sente sua mão segura, era Paulo que a segurava olhando para Lila.

Paulo: Eu não sabia que você sentia-se assim, está é a primeira vez que uma mulher sente-se assim por minha causa. Até então todos os meus relacionamentos foram vazios...

Lila: Desa vez foi verdadeiro.

Paulo (ainda segurando a mão dela): Você pode de dar mais uma chance?

Diabo: O QUE!!!!!!!!!!!!!!

Lila sorri com os olhos cheios de lágimas enquanto Paulo levanta-se olhando para ela.

Paulo: Você me perdoa?

Lila: Você quer casar comigo?

Paulo: Eu não posso casar com quem não conheço, mas eu quero conhece-la. tudo bem para você?

Lila não responde, limitando-se a braçalo-o com todas as suas forças, em fim eles se beijam. O demônio irrita-se querendo matar Paulo, mas Joana o segura. os pais dele estavam felizes e orgulhosos com o filho enquanto Alilica permanecia incorformada.

Alicia: Fala sério. Pedido de nomoro é tão brega.

Alguns dias depois Paulo, Alicia e Lila saem de casa juntos. Paulo ia para a universidade, Alicia ia para a escola e Lila seguiria os dois.

Lila: Papai dise que não vai mais tentar mata-lo.

Alicia: Já é um progresso.

Paulo: Acho que eu vou ter que conquistar a confiança dele.

Lila: Quando menciono seu nome papai fala em desmembramento... é uma palavra bem bonita, o que significa amor?

Paulo: É... não é dada.

Alicia: Vai demorar um pouco mais do que você imagina irmão.

Os três permanecem em silêncio por algum tempo, Paulo desconfortável, Lila alegre e Alícia curiosa para ver o que aconteceria.

Paulo: Eu tenho uma curiosidade sobre você Lila.

Lila: Que bom! Pode perguntar o que quiser.

Paulo: Seu pai pode assumir a forma que quiser, não é isto?

Lila: Sim, papai não tem forma definida.

Paulo: E você?

Lila: Eu puxei minha mãe... mas sei fazer isto.

Ela revela duas grandes asas negras e rasgadas de morcego, chamando a atenção de todos em volta. Os dois irmãos tentavam disfarçar aquelas asas (como se fosse possível) pedindo para Lila esconde-las. Sorrindo ela diz que também pode fazer nacerem chifres em minha testa.

FIM