A REBELIÃO CONTRA ÁZUR - 12 grandes parágrafos JI

Por ICOPERE - I. Coimbra "O Peregrino de Luzirmil"

Conto comparativo (ENTRE A TERRA E O CÉU)

“Havia, além mar, um próspero país governado por um rei, cujo nome era Ázur, de extrema bondade e sabedoria. Tais virtudes lhe davam todas as qualidades de um ótimo administrador. Tudo que se relacionava de bom para seus súditos, ele aplicava.

Uma das coisas que ele mais apreciava era a paz reinante em seus domínios. Aquela ventura, todavia era fundamentada na principal lei que o monarca exigia que fosse aplicada à risca. Tal lei definia em seus artigos, que no país, cujo nome era Luzirmil, deveria haver, o máximo possível, um relativo silêncio, tanto no palácio, como nas casas, ruas, logradouros, mercados, praças, etc.. A lei estabelecia também que todos os habitantes deveriam manter suas residências limpas, iluminadas e com belas aparências, entretanto silenciosas; tendo um porém: havia um contínuo programa musical clássico e perene, acessível a tantos quantos quisessem ouvir, pois o rei adotara alguns mecanismos propostos por sábios engenheiros que irradiavam por todo o reino, através do éter e em períodos continuados, um som que ele chamava de música dos mestres, o que era seu hoby predileto. Tal programa, no entanto, era controlado tecnicamente de forma que não havia excessos. Da casa vizinha de outra, não se ouvia o som que porventura um morador estivesse apreciando.

Em seus pensamentos, o rei achava que se ele tinha os

dons da bondade, do perdão, da sabedoria e outros, que lhe

outorgava o poder de governar Luzirmil sem depender de ministros, deputados e até exércitos, era por que, sob os auspícios da paz reinante, vinha sobre seu reino um poder etéreo, isto é, do céu.

O reino ia muito bem, anos após anos, com todos obedecendo as leis estabelecidas pelo palácio. Elas eram fáceis de serem observadas, pois ali ninguém tinha opressão. Havia saúde entre os habitantes em geral, e toda assistência necessária era feita pelo palácio sem custo algum para quem dependesse daquilo. O trabalho de cada súdito era feito com folga, porém sabiamente, para haver um aproveitamento evolutivo sem que a canseira e outras mazelas viessem afetar o trabalhador. O rei Ázur, era dotado de alguns poderes inexplicáveis, em razão daquilo era ele que praticamente fazia tudo que fosse bom para o povo. Ajudava, julgava, curava, repartia, enfim, em tudo que dependesse de algum favor de sua parte, ele aparecia inexplicavelmente no local e praticava o que fosse preciso para manter o cidadão no equilíbrio certo de suas ordenanças.

Com o passar dos anos, o povo percebeu que o rei não envelhecia, por conseguinte o reino permanecia estabilizado tendo um governo maravilhoso daquele.

Entretanto até nas boas coisas, com o tempo surgem eventos contrários que desencadeia desequilíbrios. No país de Luzirmil não foi diferente. Algumas pessoas esqueceram que o rei Ázur tinha poderes transcendentes, isto é, que pessoas normais não tinham.

Com aquilo começou a surgir ideais de fazerem uma mudança. Alguns eminentes cidadãos, ocultamente tramaram a deposição do bondoso rei. Tal foi o projeto que em pouco tempo, sem que o rei soubesse, formou-se uma guerrilha, (REBELIÃO NO CÉU) entre os que apoiavam a forma de governo reinante os que queriam a liberdade. O rei foi pego de surpresa, quando sem esperar se viu acossado pelos inimigos, que queriam sumariamente destituí-lo do poder.

Mesmo havendo súditos que o apoiavam, porém os que se ajuntaram contra o regime da situação se tornaram inumeráveis e tinham arregimentado soldados armados contra o palácio.

-O rei Ázur, no entanto não foi deposto. Ele contava, como já citei, com poderes transcendentes, cujas forças barraram os revoltantes, tendo surgido para tal, uma batalha, que a princípio seria vista como vitoriosa pelo lado dos revolucionários. Todavia ocorreu o contrário; as forças sintomáticas do rei foram suficientes para expulsar de seus domínios todo o cidadão que levantara seu braço a favor de sua deposição.

-O país Luzirmil voltou a ter a mesma paz de outrora. Os revolucionários expulsos do país, entretanto, ficaram sem terras para estabelecerem moradas, aliás foram banidos para um local em que havia um buracão, que mesmo tendo amplo espaço, se encheu de gente, sem que houvesse como saírem do local. A fome, a sede, as moléstias, o frio, o calor, enfim, tudo de ruim passou a atormentar os que ali foram lançados.

Ocorreu, que com o passar dos dias Ázur passou a refletir em seus dons de bondade e de perdão, vindo a sentir de comprar terras distantes de Luzirmil (CEÚ) e fundar um país, no qual assentaria os dissidentes de seu reino, e caso se redimissem dos ideais maldosos, ele os traria de volta, desde que estivessem dentro dos parâmetros de suas leis. A partir daquilo passariam novamente a serem cidadãos de Luzirmil.

Todavia, ele não iria aplicar tal beneplácito sobre os cabeças da revolta, mas deixá-los-iam em liberdade no país distante (ao qual denominou de Luzirmal (PLANETA TERRA) que adquirira, para contrabalançar com seus mensageiros, já que, para que houvesse a redenção voluntária de seus ex-súditos seria necessária a presença de duas filosofias classificadas como a do bem e a do mal. Quem pendesse sua índole para a filosofia do bem voltaria para seus domínios, entretanto os que a pendessem para a do mal, ELE os apartaria e os lançaria no eterno buracão da perdição (INFERNO)!

(sinópse do livro "O MENSAGEIRO DE LUZIRMIL, do autor)

Luzirmil
Enviado por Luzirmil em 30/06/2010
Reeditado em 11/10/2010
Código do texto: T2350367
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