ANO 5735 - O DESFECHO (Natal Celestial) Parte 05 – A GAZETA

ANO 5735 - O DESFECHO

(Natal Celestial)

Parte 05 – A GAZETA

“Água que dá vida.”

“Água que banha o planeta.”

“Água que na sua sabedoria e paciência molda o ambiente.”

“Água que em sua sabedoria se ajusta transpassando todos os obstáculos.”

“Todas as águas que são uma e são nenhuma.”

“Venha nos purificar”

“Venha nos limpar”

Aijou acordou, ou desdobrou, no outro plano, às vezes assim que ele deixava o corpo físico à sensação de liberdade era tal, que ele achava que estando dormindo estava desperto e vice-versa. Ele, neste dia, reparou que era ligado ao seu corpo por um cordão prateado que emitia uma suave luz. Esta luz lembrava a luz de uma lua cheia em noite sem nuvem. Ele achava engraçado nunca ter reparado nisso antes.

Olhando para trás ele se via, deitado ao lado de Pedro, Mei e Shin. Ele lembrou se de uma aurora boreal ao ver como as energias emanadas deles se misturavam e se envolvia. Outras famílias também tinham suas próprias auroras boreais. Não se sabe de onde Aijou percebeu que essas auroras são os laços que une uma família que está junta para cumprir uma missão e este fato fazia que todos os familiares e envolvidos tivessem um mesmo padrão de emanação energética. Em sua divagação ele imaginava como devia ser a energia de famílias na época que o planeta ainda um planeta de correção e não um planeta escola.

“Salve Aijou!” Era Denki que está no mesmo plano que Aijou. Denki como sempre nu e com o corpo pintado em seus desdobramentos e usando órgãos não necessários neste plano para se comunicar.

Aijou projeta cores azuis de afeto ao amigo e começa a projetar seus pensamentos:

“Podíamos hoje fazer uma aula de campo, procurar os humanos terrestres. O que acha?”

“Aijou, nem nossos pais sabem onde fica o planeta em que eles habitam para não ter perigo de prejudicar a evolução deles, por que nós iríamos fazer uma expedição de busca deste planeta?”

Para esta pergunta o curioso Aijou não tinha resposta, mas ele sentia em cada ínfimo pedaço de seu ser uma necessidade de encontrar estes humanos.

Os meninos ainda tinham tempo para o encontro com a turma e começaram a emanar vibrações para que seus amigos os encontrassem naquele lugar em especial, eles chamavam este lugar de quinta dimensão, mas isso era uma brincadeira que eles tinham. Este lugar parecia o topo de uma montanha, de onde se via longe em todas as direções e sempre ventava muito. As crianças achavam que ali era o pico do mundo e sempre que podiam se reuniam, às vezes ficavam horas combinando aas energias para criar uma projeção mais real de uma cachoeira ou de um pedaço de deserto.

Fune foi o primeiro a aparecer estava vestido como a projeção do deus Anúbis que o professor Platão tinha projetado.

Bishounen e Bishoujo chegaram juntos ambos vestido de roupas de corte reto. Eles nem bem chegaram e Aijou foi projetando:

“Bishounen e Bishoujo vocês são ou não almas gêmeas?”

Eles não sabiam responder ao certo.

“Aijou, no plano material nos nem nos conhecemos ainda, quando eu estou no plano material sei da existência de Bishounen, mas por mais que ele me fale aqui em desdobramento eu não consigo lembrar o que ele falou. Sei que quando estou junto com ele, sinto-me mais completa. Professor Platão diz que isso é ainda resquício de uma cultura atrasada, mas sempre que este pode, ele nos cutuca neste assunto”

Bishounen apenas concorda.

O assunto foi interrompido por um enorme Cérbero que ria muito, era Senchi-tashi que chegava chamando atenção com a sua capacidade de se moldar e seres fantásticos. O Susto que as crianças levaram foi tal que foi liberado muitas emanações de cores quentes que se estivessem nos corpos físicos seriam pura gargalhada.

“Esta quase na hora de nossa aula, vocês não estão sentindo?” Era Fune preocupado com um possível atraso.

“Que tal pregarmos uma peça no professor Platão?” sugeriu Senchi-tashi mudando de forma para um pequeno Saci-Pererê.

“E qual seria a peça?” todos pensaram ao mesmo tempo.

“No lugar de irmos ao encontro do velho professor que tal a gente deixar ele nos procurar? Podíamos ir para Chikyuu! Com certeza o professor quando nos encontrar não ficara irritado conosco!”

Chikyuu era uma grande biblioteca localizada no plano astral, ali estavam os registros desde inicio do planeta. Lembrava muito um aglomerado de bolhas de sabão, em cada meia esfera estava um período de tempo descrito. Diz à lenda que Chikyuu foi criada pelo primeiro ser de Luz que veio conhecer o Planeta, ele queria deixar um registro e criou Chikyuu. Cada mentor e cada espírito que acompanhou a evolução do planeta deixavam ali registrados suas informações. Chikyuu era utilizado por grandes professores, pois para um leigo seria impossível obter alguma informação sem conhecimento do funcionamento da tal estrutura.

Todos concordaram, seria divertido e podia inspirar uma aula.