Lusco-fusco Primeiro Capitulo Parte 1 - Arrepios

Capítulo 1 - Parte 1 - Arrepios

"Desde muito... muito tempo eu desejo algo, olhando atentamente no horizonte nunca cesso minha busca, vou correndo, correndo dia e noite e de novo, de novo e de novo, minhas forças já se esgotaram, meu corpo não tem mais saúde, minha mente voou longe...

e nunca mais voltou, mas eu acredito, que o que parece ser infinito um dia chegara ao fim, o dia e a noite finalmente poderão ter o que mais desejam, um longo abraço...

tentando sem nunca desistir, eu acredito no que é invisível"

Áhhhhh o outono... as folhas caem de uma forma fria, tristes por não poderem mais brilhar a luz do dia e cobrem o chão como um mar de cadáveres, mas quando o vento arrepiante assopra as ascendendo, dando voltas no céu e passando por entre os dedos, sinto como se fosse a coisa mais magnifica que algo que não pode fazer nada agora está fazendo.

-Olá meu nome é Victor, sou de família cigana, alto, de cabelos cacheados que dão voltas que parecem se divertir ao vento, eu adoro andar por essa passarela de chão em mosaico ao lado de uma famosa sorveteria da praça, nada é mais lindo que as folhas do outono que dão vida a paisagem acinzentada de concreto, as pessoas cuidando de suas vidas nem percebem que eu as observo...

Hiago voltava desesperado de sua escola, como se estivesse atrasado para algo

- Tenho que chegar rápido se não vou me atrasar pro aniversário do meu priminho (diz olhando ao relógio enquanto corre)

Sem perceber tropeça em Victor em costa um no braço do outro, neste instante uma ventania rasgante brota e os empurra em direções contrarias, com pressa e sem perceber nada de estranho se levantam e se desculpam gentilmente.

Seguem direções distintas, mas agora sutilmente sensações parecidas os rodeiam, um clima pesado a triste o acompanham pelo resto do dia...

Hiago de família Italiana, adolescente muito divertido e gentil também gostava muito de passear na praça no outono

Naquela noite algo surpreendente estava prestes a acontecer, exatamente ao mesmo tempo Hiago e Victor sente arrepios fortes como se seus ombros estivessem congelados, sem perceber saem de suas casas e vão em direção a praça, os animais daquela pequena cidade se agitam simultaneamente, corvos, morcegos, andorinhas, pombos e insetos invadem o céu.

Um sono sobrenatural cai sobre os cidadãos, que dormem inevitavelmente parando de fazer o quer que estivessem

De repente o tumulto cessa, os animais se quietam, as pessoas acordam, e sem entender o que estava acontecendo voltam a suas casas assustadas e receosas

Elas não sabiam mas neste momento uma grande catástrofe foi selada no destino, e estava apenas começando.

Já era 00:10 da noite, a lua estava brilhante como nunca foi antes, todos estavam aconchegados em suas casas, menos Hiago e Victor, que se encontram na praça, exatamente no meio dela, no meio da cidade.

Eles despertam do transe assim que se olham.

- O que eu estou fazendo aqui? (Pergunta Victor, muito confuso)

- Que estranho... Eu lembro que eu estava em casa nesse momento e... Hey, porque você está de pijama? E eu também!

Neste momento notam que estão em trajes de dormir

- Bruhhhhhhhhh que frio (reclama Hiago, massageando os braços)

- Cara será que você pode ficar em silencio por um minuto? Você por acaso não percebeu que agente está descalço no meio da cidade, a noite, não tem ninguém e nós não sabemos o que estamos fazendo aqui?

- É verdade, mas não precisa se tão nervosinho também, eu também estou conf... Hey! se aqui é o meio da praça, não deveria ter uma árvore bem grande?

Neste momento notam que a Figueira centenaria que ficava no meio da praça havia desaparecido misteriosamente sem deixar vestígios, e no lugar aparecem um circulo pintado no chão cheio de formas e símbolos antigos, Os dois olham atentamente, até que Victor entra em um transe novamente, e leva seus dedos vagarosamente a um dos símbolos, muito semelhante a uma pluma

-Hey, não toca nisso, agente não sabe de onde apareceu! (avisa Hiago), Fica longe... Hey! você não esta me ouvindo

Victor estava em transe e não escuta o Hiago, no momento que toca o símbolo uma luz misteriosa e emitida, muito forte joga os dois para longe, neste momento o circulo começa a girar, deformando o chão a sua volta e surge o símbolo que representa o sol e o outro a lua. e de repente a luz se apagar, os dois com medo correm um pra perto do outro.

- O que está acontecendo? (Diz Hiago com medo)

A pele de Victor e de Hiago começam a brilhar sutilmente em um tom verde

- Cara você está brilhando (Diz Victo impressionado)

-Você também.

Eles se aproximam um pouco mais e intrometidos se encaram sutilmente, o brilho de suas peles se apaga, e uma neblina densa e fria começa a tomar o chão, os pés de ambos se gela, agoniados procuram algum lugar para se proteger, a neblina aumenta e fica rápida, transformando-se num vento denso que os joga pro chão

-Cara isso não pode estar acontecendo! (Diz Victor muitíssimo assustado)

a Vento cessa novamente

- Será que acabou? (Pergunta Hiago)

O vento volta de repente e bate contra os dois, o frio era agonizante, de uma vez o vento muda de temperatura e se torna quente e muito mais forte, carrega pilhas de folhas e joga nos dois, Hiago começa a ser arrastado junto com Victor, até que não tocam mais o chão, rapidamente Victor se agarra a um poste a segura o pé de Hiago

-Parece que está atacando agente!(grita Victor)

o Vento larga os dois e sobe, tornando-se uma ventania descomunal, o Símbolo no meio da praça brilha novamente, bem pouco, mas brilha como se fosse um fantasma, a ventania começa a estilhaçar árvores e trincar janelas.

- Se nós não fizermos nada, essa ventania pode machucar alguém(Grita Victor tentando se proteger)

-Como vamos fazer alguma coisa? Isso é vento! e está quase carregando agente

- Eu não sei! Mas nós vamos nos machucar muito se isso piorar

Victor olha o estado devastador que se encontra a praça, árvores completamente retorcidas

Victor pensa : Eu tenho que fazer alguma coisa, mas... não sei, acho que isso e impossível!

Victor olha pra Hiago sendo arrastado pelo vento:Eu tenho que fazer alguma coisa se não ele pode até morrer!

Sem pensar Victor se desprende e é levado pelo vento que forma um redemoinho em cima do circulo, Victor e suspenso, o medo toma conta de seu corpo, Hiago olha impressionado

Victor decide: Eu tenho que ajudar ele de alguma maneira, tenho que fazer isso!

O circulo brilha intensamente, e um símbolo representando a lua aparece na ponta dos dedos do pé de Victor, que se estabiliza e fica em pé no ar, suspenso a vários metros, um anel de folhas se forma em volta de Victor e Hiago estava admirado e um simbolo representando o Sol aparece em seus pés também, que brilha intensamente.

Uma voz serena surje do nada e diz:Controle-o! controle-o... fassa do vento as suas asas, vamos, já está na hora. Controle-o

Victor e Hiago brilham de novo, Victor Decide então que o vento se transforme em um véu e o apare, então a ventania cessa e Victor com todas as outras coisas despencam do céu, em um momento de desespero Hiago estende sua mão e uma corrente de vento forma-se sobre Victor que é deixado suavemente no chão.

Eles se encaram assustados, e sem entender nada voltam a suas casas com muito, muito medo, corriam sem olhar para trás.

Na manhã seguinte o fenómeno aparece no jornal local, é tratado como fenómeno raro, mostra as imagens da praça e no meio dela estava a figueira, intacta, como se nada estivesse acontecido

Mahou
Enviado por Mahou em 04/02/2011
Reeditado em 04/02/2011
Código do texto: T2772740