HISTÓRIA DO SIMPLES AMOR DE MÃE

Ternura e amor. Nasce uma menina que encanta os olhos de Deus, menina simples, pura de sentimentos, cheia de vida e contemplação. Destinada aos planos de Deus, porém ingênua, livre de toda malícia que há no coração da parte maléfica do homem. Tempo e mansidão. Assim cresce um ser que o seu coração brilha as misericórdias de Deus, suas palavras são plumas de perfeição que vem do alto... como é afável esta menina. Surpreende seus mestres com uma sabedoria provinda de uma fonte inesgotável de saber. Saberes divinos que transcendem a capacidade insana para a iniqüidade do gênero humano. Luzes tênues de santidade. Suas professoras: prudência e zelo na disciplina da humildade.

Assim cresce a menina, cheia de conhecimento e disciplina provinda do céu, por vezes sente dores terríveis que uma criança pode sofrer. Provocada por dores de incompreensão e engano, dores que marcam seu íntimo, forjam em seu ser uma espécie de escudo contra as provações vindouras, mas também, quantos sonhos há em seu coração!? Ah! Como ela sonhou, e por tantas vezes foi embalada por canções de ninar que a levava a eternos sonhos, sonhos de ser mãe, de ser feliz e de viver intensamente os desígnios do Altíssimo... cresce e sonha, nada mais.

Torna-se jovem, feliz, cheia de amizades, porém sempre solícita e devota à casa de Deus, a seus ensinamentos e projetos. Como é esta jovem... Deus a se manifestar na vida dela concede uma beleza esplêndida, esta cheia e não prostrada aos prazeres carnais que por volúpia leva o homem ao devaneio, mas sim um esplendor de contemplação, uma beleza de candura, de paz, um espelho de Deus e de Sua glória.

O zelo pela casa de Deus consome-a, como sempre desde os tempos mais ternos, seu preso pelas coisas santas a completa, pois a casa do Altíssimo lhe faz plena, forja seu ser e caráter. O prazer em ajudar o próximo e sentir suas dores como se fosse sua enche o sorriso de Deus de alegria. Freqüentemente a jovem ora em intercessão e sente uma tristeza indescritível em contemplar os desmandos humanos que o mal produz.

Cresce mais, é prometida a um senhor também fiel ao templo. Curioso a escolha do seu esposo que veio do ramo florido um lírio. Em castidade e entrega. Seus sonhos aumentam, seus desejos se completam. Como esta jovem é especial a Deus, pois nunca foi desposada pelo seu amado humano, seu seio virginal imaculado. Reza, confia e espera em Deus. E Ele já vem planejando sua obra... Ah! Quanto amor há em sua obra, quanto martírio e entrega há em seus planos, porém cheios de alegria e vitória.

A jovem é surpreendida um dia em oração, é apresentada aos planos de Deus por um anjo. Dúvida e certeza. Indaga como se dará a ação maravilhosa do altíssimo, porém aceita de forma bastante solícita os projetos santos. Projeto que transformará não uma nação nem uma cidade, porém um incerto número de seres pela eternidade até a vida eterna.

Dá a luz. Luz divina que lampeja sobre toda visão, luz que ilumina que clareia o norte de todos os que estão remidos. Oh luz venturosa! Luz que trouxe paz e acalanto ao ventre que é materno, que é limpo de toda mancha, de tudo que não se apela para os declínios do mal. A luz cresce e é irradiada cada vez mais no seio daquela mulher. Mulher santa que acompanha em silêncio a ascensão dessa luz. Oh luz santa! Oh luz eterna! A luz tende a completar sua missão e em silêncio ela (a mulher) acompanha...

Lágrimas de sangue e martírio. Sofre, pena, cai, chora e levanta. Espadas transpassam, gemidos se concretizam... Aos pés de arvore de vida descansa a eterna luz. A luz é desposada e após levanta-se para o Altíssimo. Mulher forte, fica a espera da volta e permanência da luz, a recebe e se apresenta... e por fim é exaltada pelo esplendor de luz, por fim é coroada por mérito sublime... tem nome doce de suavidade perpétua nos lábios, simples mãe de vocativo Maria, mãe de Deus e nossa mãe.

Olavo Barreto
Enviado por Olavo Barreto em 29/05/2011
Código do texto: T3000656
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.