Um sonho no paraíso

Um sonho tão lindo,

Meus pés sobre algodão,

Quase no céu ,

Ouvi uma canção,

Algo surreal,

Lindo, sereno,

Jamais ouvi igual.

Andei alguns passos,

Nuvens flutuavam.

Vi uma enorme porta,

De grades de ouro,

Com cadeado de prata.

Na sua frente havia um anjo,

Era um anjo de asas douradas.

Que me chamou.

Um leve sinal com suas mãos,

Não tive medo, Pelo contrário.

Invadiu-me uma sensação,

Corri até ele e o abracei.

Um carinho tão bom,

Suas asas me abraçavam.

Um calor que eu já havia sentido,

Naquele tempo do passado.

Ainda não via seu rosto,

Mas um perfume tão gostoso,

Algo que à muito havia experimentado.

Cheiro de rosas,

Doce e suave.

Percebi seus cabelos em meu rosto,

Longos de um negro impecável.

Foi quando o anjo sussurrou em meu ouvido,

Que saudade!

Aquilo foi como uma onda a me atingir por inteiro,

Um tsunami de sentimentos,

Me transportando imagens,

Recordações, saudades, loucura,

Arrancando de meu peito,

Aquelas horrorosas tatuagens.

O que estava acontecendo?

O anjo colocou suas mãos em meus ombros,

Separou nossos corpos,

Sua cabeça voltada para baixo,

Levantou-a devagar e olhou em meus olhos.

Estremeci, ela chorava,

Dez anos e ali estava,

Um reencontro,

Estou morto? Perguntei.

Ela disse que não.

Eu chorei.

Que sonho é este então?

Não é sonho. Ela disse.

Aquilo que você chama de morte,

Não existe!

Não aqui neste lugar.

Onde estamos?

Não há um nome.

Mas se quiser chame de paraíso,

É o mais perto que você pode chegar.

Aqui não há o que se preocupar.

Ela me deu sua mão,

E abriu-se aquele enorme portão.

Eu gelei, não sei porque.

Foi quando ela me disse.

Não tenha medo filho,

Estarei sempre com você.

Seguimos por uma estrada de ladrilhos,

Ladrilhos de ouro reluzente,

Uma floresta de árvores nunca vistas,

Animais há muito extintos,

Todos dóceis, amigos,

Alguns por ventura até falavam,

O ar, eu conseguia toca-lo.

Acima de nossas cabeças,

Havia um imenso castelo,

Lindo e cheio de luz.

Eu estava perplexo.

Encontrava tantas pessoas que há muito não via,

Tios, amigos,

Outros que foram celebridades um dia.

Só que ali estavam todos,

Em uma única harmonia.

Era magnífico,

Dava vontade de abraçar todo mundo.

Ali éramos irmãos,

Uma grande família.

Desviamos para uma nova trilha,

Andamos e paramos frente a um enorme lago,

Cisnes flutuavam, lindos por todo lado,

Foi quando mamãe me disse,

Logo, logo você voltará.

Como?

Naquele instante ela me deu um beijo,

Senti meus olhos pesarem,

Estava cansado,

Era como se algo houvesse sugado minhas energias.

Adormeci no paraíso,

Acordei no meu quarto.

Vivo, indeciso,

O que aconteceu?

O que foi isso?

Estava atordoado.

Olhei pra minhas mãos,

E vi algo escrito

Na direita

Seis meses você tem

É um aviso!

Lembrei do que ela havia dito.

Logo, logo você voltará...

Na esquerda

Reconciliação!

É preciso!

Lembrei-me das pessoas que eu havia magoado,

E também das que me magoaram.

Entendi que meu sonho,

Não era um sonho.

Era um recado.

Um lindo sonho encantado.

Mais uma singela republicação...

A todos que me leem um forte abraço e que Deus lhes abençoe e ilumine sempre!

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 11/08/2011
Código do texto: T3153959
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