Lugar Nenhum
O tormento passou a bonança chegou,Granizos caiam em minha consciência,
Tive que recitar em alto e bom tom...
Obrigações e cobranças terminaram,
Sou de mim... Pertenço a ninguém,
Respiro liberdade, vou não digo onde,
Agora tenho chuva fina a molhar-me,
Que elas apaguem minhas pegadas...
Sinto ar renovado, a terra molhada,
Água que vira vinho, escorro dos tonéis,
Carvalho não segura, gasoso se quiser,
Sou do tempo, sempre ausente/presente,
Homem fantasma, um na multidão...
Não existo... Sou de lugar nenhum.