Lugar Nenhum
 
O tormento passou a bonança chegou,
Granizos caiam em minha consciência,
Tive que recitar em alto e bom tom...
Obrigações e cobranças terminaram,
Sou de mim... Pertenço a ninguém,
Respiro liberdade, vou não digo onde,
Agora tenho chuva fina a molhar-me,
Que elas apaguem minhas pegadas...
Sinto ar renovado, a terra molhada,

Água que vira vinho, escorro dos tonéis,
Carvalho não segura, gasoso se quiser,
Sou do tempo, sempre ausente/presente,
Homem fantasma, um na multidão...
Não existo... Sou de lugar nenhum.
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 03/10/2012
Reeditado em 03/10/2012
Código do texto: T3914478
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