Sonho.

Por Milson Elias.

Ontem tive um sonho estranho, estranho porque gostei de vivencia-lo. A excitação do momento, adrenalina a mil. Um clima de aventura, tudo muito surreal. Dai acordo, volto a minha nada excitante realidade. Levanto da cama lamentando, tenho que ir trabalhar.

Meio dia o almoço, chego as duas e começo tudo novamente, é assim todos os dias.

Minha hora predileta é à noite, quando vou dormir. É ai que a aventura começa que desejos se realizam. Que eu me realizo.

Deito, viro para o lado e fecho os olhos, em poucos instantes sou transportado para um novo universo, um que me alimenta de esperança.

Porem hoje esta sendo diferente, não a conforto aqui, já não me sinto o herói, mas o cordeiro a ser abatido. Olho para os lados e o que vejo é uma paisagem árida, triste. Os seres que outrora me idolatravam agora me perseguem, loucura.

Não tenho alternativa se não fugir, correr desesperadamente. Entro em uma torre e subo as escadas, uma enorme torre com degraus que seriam humanamente impossíveis de subi-los.

Mas em sonho tudo é possível e em instantes me livro dos meus perseguidores, chego ao topo da torre, ao chegar me deparo com um enorme homem vestindo uma túnica preta, esta sentado em um tipo de trono, sua pele é branca como uma folha de papel, esta de cabeça baixa e não consigo visualizar seu rosto. Ele parece notar minha presença e bem lentamente levanta sua cabeça, ao fazê-lo vejo seu rosto pálido e seus olhos negros, não possui nariz nem boca.

Tal criatura se ergue do trono e com uma voz grave diz:

- quem é você criatura?

- oque faz em meus domínios?

-fale!

Assustado não conseguia pronunciar absolutamente nada, o silencio foi minha resposta.

Paralisado fiquei, nem piscar os olhos conseguia, a voz não saia. Que coisa para acontecer comigo, justo eu que adoro este mundo e me sinto tão confortável aqui. Preferindo mais que a realidade.

Logo a criatura ergueu-se de seu trono e dirigiu-se a mim:

- eu sou o senhor do mundo dos sonhos e de muitos outros, aquele que sempre existiu e existirá, o alpha e ômega o masculino e feminino... O eterno!

Com um estranho gesto de suas mãos o ser pronuncia palavras desconhecidas e em instantes eu acordo, suado e assustado. Levanto meio grogue vou ao banheiro lavo meu rosto.

Ainda são três da manhã, tento voltar a dormir, mas não consigo, tenho medo de voltar a aquele lugar sinistro e me deparar com tal criatura.

Mas que droga! Perdi meu sono, meu precioso sono.

Fim.

Milson Elias
Enviado por Milson Elias em 10/08/2013
Reeditado em 10/08/2013
Código do texto: T4428104
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