Lucas estava sentado. Observava o mundo do alto de uma colina. Sua barba e cabelos negros resistiam a um vento leve e refrescante. Do seu lado, Miguel, o arcanjo.- Sabe que não pode interferir! – disse Miguel.
- Ela sempre fala no meu nome...Mal consigo dormir! – disse Lucas ao Arcanjo.
-Tudo é instrumento. Devemos nos manter afastados, Apóstolo! Respeito, mas não poderá usar nenhum poder sobrenatural; caso contrário, estará por sua conta.
- Ela fala o tempo todo no meu nome... Está abandonada! Não fico confortável....
O arcanjo já havia partido. Lucas olhou para o desfiladeiro onde as pessoas viviam a sua vida comum, aproveitando o momento sem respeitar uns aos outros e buscando a violência hedonista do momento. Não sabendo o que é a ternura, o amor e romance, que tanto enriquece a espécie humana. Trocaram tudo pelo prazer.
Lucas ouviu a pequena menina, sentada ao pé do pai, drogado e chorando. Rezava para que o Evangelista a tirasse da miséria que estava vivendo. Por que passava por tudo aquilo? Destino? Instrumento? A humanidade está na terra para serem um com o outro, pois sem o outro, nada são.
O médico celestial não teve dúvida: Apesar da desobediência e das possíveis penalidades, ele desceu.
Ao tocar ao solo uma luz brilhou e ele viu tantos demônios ao redor daquela família. Sugavam a suas energias e sobreviviam do seu sofrimento. Com o cajado de luz e a coragem de um apóstolo, andou diante da escuridão total e da gosma do mal. Seres com formas de animais e outros quase sem forma, rastejavam perto do pai da menina. Na calçada, famintos e sujos juntavam-se à passagem das pessoas inertes, vendo a desgraça.
Lucas aproximou-se. Seus passos eram incertos. Havia muito sofrimento e muitos pensamento ruins. Coisas que nunca se passaram por sua cabeça, entravam na cabeça do Evangelista e o enfraqueciam. Mesmo assim ele conseguiu chegar até os dois e, com a sua luz, protegeu o pai e a filha.
- A bondade é uma força, demônio. Experimente! – disse Lucas.
- Você é o Médico, o amigo do Nazareno? – disse o demônio - Eu não acredito... Veio até aqui, sem proteção? Será acorrentado e preso, Apóstolo, por mil anos. Tudo isso por dois mendigos viciados?
- Médicos...– disse o arcanjo Miguel.
A espada azul do arcando abriu caminho entre os demônios. Uma legião de anjos guerreiros levaram a menina e o pai para um local seguro.
Miguel retornou com o apóstolo para a colina.
- Desobediência é um problema aqui! - disse Miguel.
- Estou pronto para o seu castigo – disse Lucas.
- Sei de alguém que vai pensar em um – disse Miguel dando um sorriso. Minha espada está ao seu dispor, senhor!
Lucas viu o brilhoda imagem do Cristo na espada do anjo e sorriu.
- Ela sempre fala no meu nome...Mal consigo dormir! – disse Lucas ao Arcanjo.
-Tudo é instrumento. Devemos nos manter afastados, Apóstolo! Respeito, mas não poderá usar nenhum poder sobrenatural; caso contrário, estará por sua conta.
- Ela fala o tempo todo no meu nome... Está abandonada! Não fico confortável....
O arcanjo já havia partido. Lucas olhou para o desfiladeiro onde as pessoas viviam a sua vida comum, aproveitando o momento sem respeitar uns aos outros e buscando a violência hedonista do momento. Não sabendo o que é a ternura, o amor e romance, que tanto enriquece a espécie humana. Trocaram tudo pelo prazer.
Lucas ouviu a pequena menina, sentada ao pé do pai, drogado e chorando. Rezava para que o Evangelista a tirasse da miséria que estava vivendo. Por que passava por tudo aquilo? Destino? Instrumento? A humanidade está na terra para serem um com o outro, pois sem o outro, nada são.
O médico celestial não teve dúvida: Apesar da desobediência e das possíveis penalidades, ele desceu.
Ao tocar ao solo uma luz brilhou e ele viu tantos demônios ao redor daquela família. Sugavam a suas energias e sobreviviam do seu sofrimento. Com o cajado de luz e a coragem de um apóstolo, andou diante da escuridão total e da gosma do mal. Seres com formas de animais e outros quase sem forma, rastejavam perto do pai da menina. Na calçada, famintos e sujos juntavam-se à passagem das pessoas inertes, vendo a desgraça.
Lucas aproximou-se. Seus passos eram incertos. Havia muito sofrimento e muitos pensamento ruins. Coisas que nunca se passaram por sua cabeça, entravam na cabeça do Evangelista e o enfraqueciam. Mesmo assim ele conseguiu chegar até os dois e, com a sua luz, protegeu o pai e a filha.
Sabia que tudo aquilo não duraria.
- Sabe que não pode ficar aqui! – disse um demônio réptil.- A bondade é uma força, demônio. Experimente! – disse Lucas.
- Você é o Médico, o amigo do Nazareno? – disse o demônio - Eu não acredito... Veio até aqui, sem proteção? Será acorrentado e preso, Apóstolo, por mil anos. Tudo isso por dois mendigos viciados?
Lucas não tinha medo, mas o desconforto da obediência passou pelo seu espírito e ele fraquejou.
O demônio réptil, que parecia o líder, acendeu um laço de fogo para capturar o apóstolo. Porém uma luz escarlate desceu dos céus.- Médicos...– disse o arcanjo Miguel.
A espada azul do arcando abriu caminho entre os demônios. Uma legião de anjos guerreiros levaram a menina e o pai para um local seguro.
Miguel retornou com o apóstolo para a colina.
- Desobediência é um problema aqui! - disse Miguel.
- Estou pronto para o seu castigo – disse Lucas.
- Sei de alguém que vai pensar em um – disse Miguel dando um sorriso. Minha espada está ao seu dispor, senhor!
Lucas viu o brilhoda imagem do Cristo na espada do anjo e sorriu.