Cap 32- Entre o Céu e a Terra.

Cap 32- Entre o Céu e a Terra.

Claire segurou a carta em suas mãos, e leu:

"Querida Claire,

Desculpe-me por não dizer-lhe antes.. mas sei que está grávida e que precisa de mim.

Eu estaria aí com você, se não estivesse preso aqui.

Eles só me liberam se nossa ligação for quebrada.

E como quebrá-la.. esse é o problema. Para quebrá-la, C, você deve misturar UMA GOTA do SEU SANGUE, Com UMA Gota do sangue de alguém relacionado a mim. Alguém vivo. E que você tenha uma relação de inimizade.

Sei que é loucura, mas uma vez que você misturar os dois sangues, haverá a quebra. E então poderei vê-la novamente.

Te amo

P.S: descarte meu pai.

Oliver.

Claire dobrou o papel.

- Como assim... o meu sangue com o de alguem que... espera!

Ela deu duas piscadelas.

- Grace! Só pode ser... tem que ser... ela é a única pessoa relacionada a.. ao Oliver... e que eu odeio com todas as minhas forças, dessa cidade... agora o difícil vai ser arrancar sangue dela.. não sou nenhuma vampira... - Ela retrucou pra si mesma.

Era quase meio que uma missão impossível. Mas não pra Claire. Ela decidira que só iria contar para os pais, quando Oliver estivesse de.volta.

Deitou-se, e minutos depois, estava dormindo.

Passou-se uma semana, até que Claire planejasse exatamente como iria tirar uma gota de sangue da vadia da Grace Springfield.

Ano Novo. RoseLand em festa. Ocasião perfeita pra aparecer de surpresa nos Fields e roubar de Grace, o sangue.

Eram quase oito da noite, quando Rose e John Snell foram até a praça da Cidade acompanhar o desfile de ano novo.

Claire inventou a desculpa de que estava com dor de cabeça e que Jessie depois passaria lá.

Os pais dela, não falaram mais nada. E saíram.

Como sabia que eles só voltariam depois das 2 da manhã, Claire resolveu esperar até a meia noite. Talvez Grace já estivesse dormindo.

Assim que viu, o relogio marcando meia noite, Claire pegou um casaco vermelho, com capuz, e saiu. Pegou a bicicleta de Bruce e pedalou em direção ao Roseiral.

Levava em seu bolso, uma seringa, onde coletaria o sangue necessário.

Naquela escuridão, a garota teve certo medo. Até, minutos depois, avistar a vasta casa de Christian Fields. Uma casa típica de casa de fazenda. Extensa.

Pedalou até a porta dos fundos, e colocando a bicicleta encostada, empurrou a porta.

- Bingo! - Estava aberta. Ela sabia que eles sempre deixavam-na aberta, já que, quando namorava Nathan, algumas vezes ele a trouxera para a casa dele a noite.

Entrou, tirando as sandálias, para evitar barulho, e andou em direção ao quarto de Nathan. Tinha quase certeza de que ela estaria lá.

Claire abriu a porta, cautelosamente.

Estavam os dois. Nathan e Grace. Ela teve vontade de enchê-los de vassouradas como fizera outro dia. Grace era quase uma mãe para Nathan, devido à idade.

Andou pelo lado esquerdo da cama, onde ela dormia.

Pegou a seringa, puxando-a do bolso:

- Agora sim... - E enfiou a seringa com agulha no antebraço da mulher. Grace se mexeu.

- Vovó Amélia? - ela falou.

- Sim, minha neta. Sua tola. - Claire imitou a voz de velha.

Retirou a seringa, do braço de Grace, lentamente.

Logo que viu o sangue armazenado, aliás, mais do que o suficiente, colocou a seringa cuidadosamente numa caixa, e saiu o mais rápido que pôde antes que alguém a visse.

Correu pela casa, tentando não tropeçar em nada, e saiu, finalmente da casa.

- garota de sorte. - ela falou pra si mesma. - Isso lhe custou um pequeno susto. - Ela falou para o bebê que se formava em sua barriga.

Subiu na bicicleta e saiu em direção ao roseiral, que dava para a casa dela .

Minutos depois, estava em casa.

- Noite tensa. Garota sortuda. - Ela falou, ao deitar-se em sua cama.

Os pais, como ela já esperava, ainda não haviam chegado.

Olhou pro casaco. O sangue. Tirou-o do bolso e o colocou na mesinha.

Tinha mais um bilhete de Oliver.

ESQUECI DE AVISÁ-LA COMO FAZER A QUEBRA.

Se conseguiu a outra gota de sangue, basta pegar um recipiente, colocar a gota do outro sangue e a gota do seu sangue. Logo, precisará, falar 3 vezes. "TRAGAM-ME OLIVER STACE."

P.S: Que tudo dê certo. Você saberá, se eu aparecer aí.

E não se preocupe, você não vai virar macumbeira!

Te amo

E amo nosso bebê.

Oliver.

Claire sorriu. Mas pôs o plano em ação. Desceu até a cozinha, pegou uma faca e um recipiente e subiu, descalça.

Trancou a porta.

Colocou primeiro, uma gota do sangue de Grace.

Depois, pegou a faca, cortou parte de seu dedo mindinho, que logo sangrou, e o colocou no recipiente, junto com o de Grace.

Concentrou-se.

Traria

Oliver de volta. Custasse o que fosse.

Fechou os olhos, com energia positiva, falou, em voz alta o suficiente para que os anjos pudessem escutá-la "Tragam-me Oliver Stace.". Uma, duas, três vezes.

Abriu os olhos, lentamente, tentando captar a sensação espantosa que estava ali. Olhou para o recipiente. Sangue misturado.

Talvez não tivesse funcionado.

Seu corpo estava cansado e decepcionado. Precisava de Oliver. E começou a chorar. Até que uma luz apareceu, não tão forte, mas o suficiente, para iluminar o quarto escuro da garota.

Larissa Siqueira
Enviado por Larissa Siqueira em 30/01/2014
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