Cap 66- Entre o Céu e a Terra

Cap 66- Entre o Céu e a Terra

- AI MEU DEUS! MAMAAAAAÃE! - A voz de Claire, ao chamar a mãe, tremia de nervosismo.

Ela ouviu os passos apressados de Rose subindo as escadas.

- Mas o que... É ISSO? CLAIRE... - Rose berrou sem acreditar. - C-como é que...

- Eu não sei tá? Mas tô com.muito medo de quem fez isso... o Christian... ele é mal... preciso ligar pra polícia... Agora!

Ela desceu as escadas rapidamente. Foi até o telefone e ligou pra polícia. Meia hora depois, os policiais subiam as escadas para o quarto de Claire. Mais dois peritos foram junto.

Eles fizeram uma varredura pelo quarto, e recolheram a mala onde estava o corpo.

- Mocinha, acompanhe-nos, para prestar alguns esclarecimentos. - O policial loiro de olhos azuis falou.

Claire os acompanhou.

Respondeu algumas perguntas e logo foi liberada. O resultado da autópsia sairia dali a 48 horas.

- Não há evidências contra você, querida! Ah.. - o delegado falava simpaticamente. -Seu pai era um homem muito bom! - Ele falou dando um belo sorriso para a garota.

Claire havia ficado na delegacia, pelo menos por duas horas.

Ela tinha se assustado. Pessoas más existem assim?

Ela pensava.

Quando chegou em casa, Rose estava na cozinha e Bruce havia saído com a caminhonete.

-Oi mãe! - claire dera o primeiro sorriso desde que John morrera.

- Oi querida! Tão bom ver você assim.. quer comer alguma coisa?

- vou comer lá em cima. - Claire deu um sorriso travesso. - Fui liberada. A autopsia sai daqui a dois dias.

Rose sorriu de volta.

- -Bonnie foi passear com a Sam. Vou sair daqui a pouco para o mercado e o Bruce vai demorar. Alguma coisa em mente?

- Comer.. lá em cima!

- CLAIRE! Você é péssima, filha!

- To falando sério.. se o Oliver quiser comer também... eu aceito!

Rose riu.

- Ih.. Seu pai não iria gostar dessa linguagem...

- Mas se ele mesmo que vivia falando isso quando eu era criança!

- Eu te amo, mãe.

- Te amo, C. E Olha lá, hein? Dei umas dicas pro seu fantasma, espero que ele tenha aprendido.

Claire riu.

- Ah, mamãe. Ele tem nome, ok?

- tá. Certo. - ela falou, voltando a se concentrar no que estava fazendo.

Claire subiu o resto dos degraus.

Abriu a porta do quarto. Estava tudo escuro. Ela sorriu.

Quando acendeu a luz, não acreditava no que via: Pétalas de rosas espalhadas pelo chão, um cheiro agradável de alfazema no ar. E na parede, colado, estava escrita um trecho de SOMEBODY TO LOVE, do Queen.

" Can Anybody find me?" E uma seta ao lado do trecho apontava para Oliver. Todo elegante. De terno escuro.

Gravata azul. E Ele sorria para ela.

Quando os olhares se encontraram, Claire entendeu o porque da letra. Ela já o tinha encontrado. Alguém pra amar.

- Como sabe que gosto dessa banda?

- Segredo. - Ele sorriu.

Ficaram calados. Um olhando pro outro.

Oliver se aproximou para pegá-la de jeito, mas Claire se esquivou.

- Vou tomar um banho rápido. Não quero... ficar com meu namorado, assim, toda suada.. argh! - Ela fez cara de nojo.

- Se você diz....

- vou tomar banho! Não demoro... e não entre no

Banheiro até eu sair.

- O problema é... eu vou aguentar?

Claire riu.

-uhum.

E entrou no banheiro.

Abaixo da pia, um embrulho.

"USA-ME". junto ao bilhete, uma.camisola estilo lua de mel, azul e que ia até o joelho da garota.

Ela sorriu.

Se despiu e foi até o box. Tinha outro papel grudado ao lado de um creme hidratante. "Usa-me."

- Meu Deus... - Ela sorriu, maravilhada.

Tomou banho, se trocou, lentamente.

Ela olhava-se no espelho, imaginando que Oliver fosse aparecer a qualquer momento.

Mas ele não apareceu. Provavelmente andava de um lado pra outro, tipo noivo na igreja.

Ela se preparou para abrir a porta. Respirou. E abriu.

Oliver realmente estava andando de um lado pro outro. A mão no bolso. Mas quando a viu, parou.

- Que demora.. eu ia entrar e.... - ele ficou olhando-a abismado.

- E?

- E... e... você está incrivelmente sexy!

Claire sorriu, desajeitada.

- Ah.. o terno... sua mãe me emprestou! Estava cansado daquela roupa de morto!

- Está muito pegável nesse terno...

Oliver riu. A covinha que ele raramente mostrava apareceu no rosto dele.

Claire sentiu um nervosismo subir-lhe a face.

Ela corou. De repente. Oliver então a puxou para uma dança lenta e sensual, e Claire apenas obedecia a ele.

E aos poucos, ela foi esquecendo, por um tempo, de todas as coisas ruins pelas quais havia passado, nos últimos meses.

E então, os lábios se tocaram no mesmo instante que pararam a dança. E foi como se tivesse sido o primeiro beijo, a primeira vez.

E então, ela o conduziu a partir da li. Oliver a envolveu completamente colocando-a na cama, e a beijou suavemente. Claire despia o namorado, e ao sentir a pele lisa amorenada dele, ela o apertou. Como se não quisesse deixá-lo.

Eles já não lembravam mais como era ter aqueles momentos avassaladores.

Manhã maravilhosamente maravilhosa, juntos.

E acabaram dormindo. Sim, fantasmas também dormem. Assim como amam, pra esclarecer.

Foram acordados ao meio dia. As Janelas abertas, o quarto com luz irradiada, e uma garotinha sentada entre os dois.

Claire olhou pra Sam, que estava sorrindo.

Oliver se sentou.

Ele olhou pra Claire como que lembrando de alguma coisa.

Foi até a mesinha de cabeceira e pegou um papel que estava dobrado.

- Pra você. - Oliver apontou o papel para Claire. - Do seu pai.

Claire engoliu em seco.

Larissa Siqueira
Enviado por Larissa Siqueira em 20/02/2014
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