A garotinha

Subi uma montanha o mais alto que eu pude e consegui, alcancei o topo e o lugar mais alto, de la sinto a brisa que o vento me sopra, minha amiga lua fica a me observar...

Sozinha do alto da montanha sento em um rochedo qualquer enquanto as primeiras gotas de chuva descem do céu a me molhar.

Olho para minha amiga lua a chorar e com um pedido suplicante, almejo para que me mostre o passado, onde foi que tudo começou, onde foi que a solidão me alcançou...

Com a tristeza no seu brilho me mostrou em imagens nos céus!

Me mostrou uma garotinha tão novinha, tão pequena e tão frágil, uma criança tão inocente e tão predestinada a solidão, sozinha, se sentindo perdida sentada na grade do portão de sua casa a espera de alguém ou algo capaz de à alegrar, buscando refúgio nos seus sonhos inocentes de criança, sonhava em ser alguém que jamais se tornaria no futuro.

Sozinha fantasiava um mundo em sua mente, em seus pensamentos e sonhos, nos seus sonhos aquela garotinha era uma heroína, onde salvava as pessoas a quem amava, ao se deitar em sua cama, fechava os olhinhos e se perdia em seu mundo colorido até dormir.

Conforme as cenas iam acontecendo, eu a pequena imaginava coisas e pensamentos que jamais se tornariam reais, eram pensamentos totalmente fora da realidade.

Enquanto revia aquelas cenas, as lágrimas escorriam do meu rosto e se misturavam a terra.

A lua com toda sua imensidão e mesmo com milhares de quilômetros de mim, tentava me acalmar, acalmar aquela na qual sofria dês de tão cedo.

Já anoiteceu e aqui de cima a cidade parece tão pequena, as luzes dos carros andam de um lado para o outro parecem pontinhos de luz distraindo o meu olhar do céu e da lua.

As lágrimas embaçam meus olhos e com um sopro do vento elas se secam antes mesmo de cair ao chão.

A noite parece tão triste mas na verdade é apenas o reflexo do meu olhar que se refletia na lua!

Como poderia eu voltar no tempo? Abro meus braços e apenas imagino os de segundos que o meu corpo demoraria para chegar até lá embaixo...

Será que me sobraria alguns minutos de vida para me arrepender? Ou apenas me restaria o inferno?

Beatriz Uyara
Enviado por Beatriz Uyara em 07/12/2014
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