Estória da História.

Era uma vez em uma pequena cidade afastada da civilização e grandes cidades e há muito tempo havia uma pessoa, pequenina, chamada Acervo.

Ainda criança, ele desconhecia e mal entendia o próprio nome que tinha.

Quando foi crescendo, começou a tomar posse da significação do nome, pois ele descobriu que para cada nome de pessoas havia um significado próprio.

O Acervo fez muitas amizades no seu círculo cultural e seus amigos colocavam nomes diferentes nele, tais como, Museu, Biblioteca, Videoteca, Discoteca, Cd teca, Pinacoteca, entre outros.

Ele adorava fazer amizade e parcerias e fez muitas, entre elas, pessoas, fábricas, comércios, indústrias, etc. Também gostava de viajar bastante em vários estados do Brasil e também nos países estrangeiros. Com todas essas amizades, o senhor Acervo adquiria muitas posses e construía casas, prédios de diversos tamanhos e estilos diferentes. O certo é que, quando ele ia para esses lugares , dava-se um jeito de deixar sua marca e todas as pessoas faziam questão de conhecê-lo.

O Senhor Acervo guardava muitas formas de Culturas, expressas através de pinturas, esculturas, poesias, textos literários, textos científicos, músicas, filmes, etc. Ah! Ele estava fazendo história. Mas, como aparentemente toda história tem um fim, leiamos o que aconteceu.

Certo dia, em uma de suas estadias, conheceu uma dama cujo nome era Vazia.

Essa tal de dona Vazia vivia dizendo para o senhor Acervo que era muito triste, não tinha muito que fazer da vida, vivia como que a vida não houvesse sentido algum, não gostava de registrar os acontecimentos e muito menos de guardar com zelo as coisas que recebia.

Compadecido com tal situação e depois de muito tempo em que se conheceram, então, o senhor Acervo resolveu pedir em casamento a dona Vazia.

Juntos, o tempo foi passando, passando e passando, até que um dia eles tiveram um filho. Batizaram o menino com o nome de Passageiro.

A infância do filho Passageiro era cheia de alegria e tristeza, calma e agitação, sucesso e insucesso, às vezes brincava com o pai Acervo e às vezes com a mãe Vazia.

Ele trabalhou um tempo com o pai Acervo com bastante afinco, mas, tinha o caráter da mãe Vazia.

Quando o Passageiro cresceu, percebia que era levado de um lugar para outro como uma nuvem que o vento sopra ou como uma onda que vai e volta ou como um som que ecoa e depois desaparece, nesse instante começou a ficar desligado da realidade que o cercava e não se dava conta das coisas que acontecia ao seu redor no cotidiano. Por esse motivo não trabalhou mais com o pai e não se importava com a mãe e, principalmente, deixou de preservar o trabalho do pai e de preencher a alma da mãe Vazia.

O filho Passageiro foi crescendo, crescendo, cada vez mais, ficou tão grande que ofuscou os registros do pai Acervo.

Finalmente o tempo passou, passou e passou. O senhor Acervo passou, e, também o filho passageiro passou, e tudo o que o pai Acervo guardou o filho Passageiro acabou.

E quem contou a estória da história foi a mãe Vazia.

Ricardo Fueta
Enviado por Ricardo Fueta em 01/01/2015
Código do texto: T5087620
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