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REVISITANDO A MITOLOGIA



 
Um dia Adónis, passeando numa praia deserta, encontrou Afrodite seminua, caída na areia, desmaiada, exangue… Não a reconheceu, só depois aquela marca o lembrou. Vieram-lhe então à memória doces recordações: Como ele adorara aquele Templo de Vénus e o preito que lhe prestara, como ela idolatrara o seu corpo e tantas vezes delirantemente o acariciara…
A imensa e tempestuosa paixão que viveram foi breve e teve fim pelos seus ciúmes. Zangada, Afrodite deu-lhe as costas e partiu para um mundo de aventuras, de uns braços para outros, sempre procurando o prazer… Esqueceu-se que os homens nem sempre respeitam mulheres fáceis, tratam-nas como objetos, preferem as que sejam coerentes, resolutas e determinadas.
Ela acordou e aninhou-se nos seus braços. Adónis, ainda tocado pelo antigo amor, disse-lhe então:
- Podes ficar comigo enquanto tuas feridas saram… As do corpo irão melhorar, sem dúvida, mas as da alma só tu mesma o poderás fazer… Mas lembra-te sempre que o amor não é uma prisão, ninguém é dono de ninguém… A porta do coração deve estar sempre aberta. Por isso, poderás partir quando quiseres. Nada mais quero de ti senão que sejas feliz…

 
 


 
Nota: PURO LIRISMO DO AUTOR…




 
Ferreira Estêvão
Enviado por Ferreira Estêvão em 08/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
Código do texto: T5442179
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