Lucerente

Estava em casa, abriu a porta.

Era noite. Parado, na frende de casa,

lhe apareceu, flutuando na altura dos olhos,

uma pequena e pouco brilhosa bolinha de luz.

Decidiu esticar o braço e toca-la, a luz parecia se

afastar, quando caminhou em direção a ela

com o braço erguido... ela se afastava.

Caminhava e caminhava, sempre tentando

toca-la. Até que numa certa distancia

a luz se dividiu em duas e seguiram

caminhos ambíguos. Foi quando

optou pelo caminho que levava a luz da direita,

muito semelhante a que acabara de abandonar.

Se afastava mais e mais da sua casa, da outra luz.

Continuou sua caminhada, braço erguido.

Foi assim durante um bom tempo. Seguindo o que parecia

inalcançável. Em um determinado ponto

a luz sempre se dividia e era assim por todo

percurso.

Quando caiu em si, notando o quanto havia se afastado

de sua casa, das luzes que abandou, parou de andar,

a luz aparentou o mesmo, não se mexiam.

Então, com o braço cansado, já estressado e impaciente,

decidiu voltar todo aquele caminho percorrido,

regressar para sua casa. Chegando, deitou-se

em sua poltrona, pegou uma cerveja - na qual deu uma golada

aliviante - e pensou:

- Melhor esperar o Sol!

Elias da Silva
Enviado por Elias da Silva em 06/07/2016
Código do texto: T5689004
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