Eis que estava eu naquele sonho além dos sonhos, em que se sabe estar fora do corpo e no domínio da estrutura astral quando ele me apareceu.

Senti quase que transportado aos tempos bíblicos ou da Antiga Grécia.

Possuía meu interlolcutor o ar grave, um rosto fino e magro tendo o nariz agudo. Seus cabelos longos, em desalinho, batiam nos ombros tendo um tom castanho similar aos dos olhos profundos e vivos.

Sua túnica cobria-lhe metade do torso e deixava nu um dos ombros.

Sua voz era serena e profunda.

Em torno, brilhava-lhe uma luz avermelhada mudando para o lilás e cintilando ao redor do corpo dando-lhe uma atmosfera mísitica e difusa.

Pedi-lhe o nome, que o disse, mas que perdi ao despertar sendo esse mistério arrebatado para os calabouços da minha memória. Não deve ser tempo para saber de nomes.

- O que queres de mim? - Perguntei.

- Deste um passo importante...

Fiquei atônito, mas feliz, visto que na seara espiritual, por vezes, tenho vontade de desisitir de toda a busca e me entregar, como tantos fazem, a buscar a fortuna na Terra ao invés de horas a fio passar no esmero do progresso do espírito.

- E por que nos perseguem tanto?

Questionei, visto ainda hoje, na seara do espírito, sermos ridicularizados por homens até da mesma crença. Nada disse. Aproximou-se de mim e deu um abraço amigo...

Essa foi a melhor resposta!