O dia fora por demais promissor na escalada científica do Dr Frederico Severo e sua equipe. Ele, por inúmeras peripécias, fora citado em várias ocasiões por admiradores de sua sagacidade que o alcunharam de “Indiana Jones Brasileiro”. Seu grupo era o mais seleto em competência individual e intelectual. Acompanhava-lhe pelo mundo afora, há mais de vinte anos. A tônica se concentrava em pesquisas arqueológicas.Uma das mais dignas de nota foi realizada, por sinal, na Caverna dos Antigos, localizada no Tibet.

Toda pesquisa científica requer alguma formalidade, essa não foi diferente. Foi firmado um contrato.No entanto, pela ganância de alguns aventureiros mal intencionados, este veio a se transformar numa batalha jurídica internacional. Qualquer agrupamento humano necessita de uma liderança firme, se quiserem manter-se vivos e, ainda, dignificarem o otimismo e o entusiasmo de unidade.Assim uma observação de grande importância se fazia necessária, (sem ela fracassariam com certeza), era primar pela escolha e local do acampamento, isso por questões de segurança e melhor monitoramento de visitas inesperadas.O local tinha que apresentar a melhor visão em todos os ângulos possíveis. Quatro experientes e leais observadores faziam a vigília em revezamentos diários. Nessa expedição em particular, o acampamento ficava a duas horas de caminhada e se situava exatamente no Planalto do Tibet.
A data de hoje, não deixo de registrá-la: 11 de outubro de 2004, véspera do dia das crianças no Brasil, transformou-se em algo incrível, principalmente aos olhos do Dr. Frederico, que nesse momento estava feliz com o resultado do dia, devido a algumas insólitas descobertas. Entretanto, seus olhos e pensamentos insistiam e se misturavam às miragens que serpenteavam nos horizontes sem fim. Rompiam fugazmente as barreiras do imaginário e acariciado pelo vento tímido, (porém reconfortante), suplantava a beleza do sol dourado, que de forma sublime se unia ao acobreado crepuscular por detrás dos cumes do Himalaia. A concentração de energia na mente de Frederico aterrissava sem esforço no lugar onde residia com sua amada Elisabete. Era um importante bairro de Curitiba, capital do Paraná.Estavam casados há menos de três anos.Tempo suficiente para ousarem compartilhar da realização do maior sonho de um casal que se ama, que é ter filhos.Tal anseio estava prestes a se tornar realidade, ou seja, o fruto do amor sem egoísmo, e onde predominava acima de tudo um pacto de respeito e amizade. Esse fruto tinha data marcada para o dia 11, ou no máximo, dia 12 de outubro. Por ser muito compreensiva, Elisabete até entenderia seu atraso. Todavia, Frederico não entendia. Sentia uma certa pressão em seu coração. Algo lhe dizia que Liza, como ele a chamava carinhosamente, estava precisando muito dele.
— Fred, você está voando baixo, hem?
Comentou o Dr Hiroshi , parceiro de longas jornadas e aventuras.
— Meu filho está para nascer hoje, Hiroshi, e não pude desvencilhar-me do trabalho, você bem sabe...Somente hoje tivemos os resultados das buscas que se alongaram nos últimos oito meses.
— Tivemos casos em que ficamos dois anos e você não reclamou, meu amigo! Disse Hiroshi, e riu da cara apatetada de Fred.
— Agora estou mais maduro e sentimental e gostaria muito de estar com Liza.
— Por que não vai até Lhasa e providencia sua viagem para o Brasil?
— Farei isso, se você e os outros derem conta até eu retornar.
— Você sabe que sim, meu amigo. Vai com Deus que nós cuidaremos de tudo por aqui!

Num grande hospital particular de Curitiba, é chegada a hora de Elisabete dar à luz. Sua esposa é preparada, e porque Frederico havia pedido à diretoria do hospital, toda a parafernália cinematográfica estava pronta para que filmassem tudo. Queria registrar o momento exato em que seu filho viria ao mundo, considerando que do nascimento dos filhos de seu casamento anterior não havia participado com maior dedicação. Na ocasião, era mais jovem e também mais irresponsável. Queria com sinceridade proceder de forma diferente e estar próximo da amada nessa nova etapa em suas vidas.

Eram 8:00h da manhã do dia 12. Todo corpo médico estava de prontidão. Inicia a partir de agora, juntamente com as contrações de Elizabete, a contagem regressiva. Evidenciou-se, sobremaneira, que não se prorrogaria por mais de alguns segundos o nascimento do herdeiro tão aguardado. Este seria o resultado imaculado de um amor sem freios ou egoísmo. A câmera estava acionada. O experiente Dr Eduardo estava tranqüilo, alheio às expectativas, pois da parte dele somente auxiliaria mais uma criança a vir ao mundo. Pasmem-se! Com olhos inquiridores e de espanto, o renomado obstetra que não previa complicações naquele parto em especial, depara-se em seguida com uma grande reviravolta.Não acreditava no que seus olhos viam.
Naquele momento delicado, tornou-se concreto, presente, (vindo à tona de forma espontânea), o relacionamento pessoal que tinha com o Dr Frederico. O obstetra também era professor na Universidade Federal do Paraná. Aquela criança jamais poderia ser filho do seu querido e respeitável amigo, pensou o médico. O casal é branco e ambos possuem olhos azuis. As características da criança fariam qualquer cientista ser tomado de espanto. Atônito, não entendia mais nada. Permitamo-nos articular alguma lógica. Todavia, antecipemos que o resultado de tal episódio será por demais inesperado e merecedor das melhores manchetes dos periódicos sensacionalistas e dos adeptos da imprensa marrom. De pronto, desnecessário se faz relembrar que todo o processo foi registrado pela incólume, fria e imparcial parafernália cinematográfica. A partir dela, nada mais tem passado despercebido e, inclusive, tem sido utilizada como peça factual nos processos da justiça. Nas mãos e debaixo dos olhos do amigo obstetra e das lentes da câmera televisiva, está uma criança de pele negra, mas com olhos azuis. Composição que foge aos padrões genéticos da ciência contemporânea. Por isso o ar de estupefação do Dr Eduardo. Como não cabe a ele julgar o possível e quase irrefutável adultério da jovem esposa de seu amigo, simplesmente, aplica o tradicional tapinha no bumbum do negrinho, e o entrega para a não menos incrédula , e agora mamãe, Elizabete.
Na condição de mãe, Elisabete libera lágrimas interrogativas, carregadas de porquês. A mamãe de primeira viagem não teve tempo de alinhavar o pensamento. Acometida de nova contração, expele em seguida uma segunda criança, que deixa a todos mais impressionados ainda. O segundo bebê tem características marcantemente orientais, porém de olhos verdes! Na sala de espera, a família aguardava ansiosa a vinda de um(a) neto(a) ou de um(a) sobrinho(a). Entretanto, na maternidade, o que acontecia era algo muito além do entendimento racional e humano, e a história ainda nem havia se completado. Nasceu uma terceira criança. Desta vez, esta era branquinha e de olhos escuros. A equipe médica duvidaria do filme que registrou todo o processo do parto de Elisabete, caso não tivesse acompanhado, e ao vivo, cada segundo dos movimentos que eternizariam aquele acontecimento único no planeta. Mediante tais fatos, a ciência moderna entraria em colapso para explicar tal anomalia. Elizabete segurava os três bebês sem parar de chorar e de questionar a si mesma:
 Deus! Onde foi que errei? Casei-me virgem e jamais tive outro homem que não o meu Frederico. Somente ele tocou meu corpo. Questionamento parecido acontecia com a enfermeira que a ajudava. Por ser muito crente, apegada aos bens espirituais, disse a si mesma:
---Isso é obra do capeta! Não pode ser nada diferente!
Sobre esses questionamentos, a respeito do que é certo ou errado, se alguém traiu ou não, preparem-se! Isto é só o começo.Enquanto no Brasil se registrava o histórico e misterioso nascimento do trio Afro-nipo-germânico, Frederico, ainda no Tibet, estava quase em pânico, pois havia pedido ao médico, Dr Eduardo, e com o qual tinha um relacionamento amistoso há mais de vinte anos, que no momento certo lhe telefonasse. Torturado pela ansiedade, conseguira um vôo rumo ao Brasil para as próximas horas. Caso não recebesse a ligação antes do embarque, tinha a certeza de que viajaria tenso de expectativas e aflições. Obrigar-se-ia a fazer várias conexões até o Brasil. Na melhor das hipóteses, chegaria ao final do dia seguinte, ou seja, no dia 13 de outubro, desde que tudo corresse bem e não houvesse atrasos, cancelamento de vôos ou perdas de conexões!
Frederico, desesperado por notícias, até já poderia tê-las recebido, se não fosse o pavor do médico em não saber como transmitir, ao seu particular amigo, uma notícia inusitada como aquela que ele, ( e tão somente ele!), era o portador.

Enquanto isso, no hospital, Elizabete acalentava e amamentava o trio gerado e formado em seu ventre. Seus pensamentos estavam críticos. Divagavam aleatoriamente e em forma de questões.Com olhar insondável, pensava:

— Meu Deus, onde foi que errei? Sem ter cometido o pecado do adultério, terei que enfrentar, a partir de hoje, o tribunal de condenações pelas vinte e quatro horas dos meus dias e por toda a minha vida. Principalmente na visão deturpada e maliciosa dos telespectadores do meu drama.Logo eu que sempre me preservei! O que Frederico pensará de mim? E as demais pessoas, então, com suas visões oblíquas! Que caos! O que será da minha vida agora?
A maternidade estava repleta de enfermeiros e médicos de todas as especialidades. Esqueceram-se da segurança e, por incompetência, o insólito acontecimento chegou aos ouvidos do arguto e experiente repórter e jornalista: André Teru. Entretanto, as informações a que teve acesso lhe chegaram truncadas e obstruídas dos pormenores da sensatez. Trocando em miúdos,só tinha a visão do sensacionalismo. Este fato foi decisivo e lamentável, pois o jornal da noite, antecipando preconceituosamente o julgamento do fato - sem que Elisabete tivesse o lídimo e necessário direito constitucional de defesa - a consideraria culpada. A notícia, em Edição Extra do Jornal Nacional, foi veiculada por Willian Bonner, da seguinte forma:

__ Nasceram hoje, no Hospital Santa Cruz, em Curitiba,( começa Willian Bonner), às oito horas da manhã, na cidade de Curitiba, Paraná, os trigêmeos mais incríveis que os olhos humanos já tiveram a oportunidade de ver!
— É verdade, (continua a Fátima Bernardes).São três crianças saudáveis, porém muito diferentes. Vieram ao mundo como se fossem filhas de três distintas mães e pais diferentes. Constatem com seus próprios olhos. (Dito isso, é mostrado o vídeo dos bebês).
— Com certeza muitos de vocês estão imaginando que é sensacionalismo, (interferiu William), mas podemos afirmar que as informações colhidas até o presente momento são de fontes fidedignas e íntegras o suficiente para não nos deixar cheios de dúvidas.
Nas salas de estar de quase todas as famílias brasileiras, eram apresentados, em âmbito nacional, os três pequeninos. Todos de olhos ainda fechados. Um japonesinho, um negrinho e um branquinho.
—Nosso correspondente, em Curitiba, André Terú, antecipou-nos que teremos para amanhã o nome completo dos pais das crianças. O pai é conhecido nacionalmente e também no exterior.Não percam amanhã, um boletim completo dessa extraordinária história!

No dia seguinte ao noticiado, jornais do Brasil e do mundo traziam estampada em suas primeiras páginas a foto dos trigêmeos (estampada!) como matéria de impacto. Cada jornal prognosticava, à sua maneira, o absurdo sobre a singular matéria. No entanto, eram unânimes em afirmar que foram felizes ao produzir o dobro de tiragem, pois num passe de mágica foi esgotada nas primeiras horas da manhã, tamanha a curiosidade tamanha a curiosidade das pessoas sobre os pormenores. Uma história que, na visão de muitos, se continuasse tão comentada viraria lenda!

Frederico, ainda em trânsito e sem ter notícias do médico ou da esposa, percebeu na penúltima conexão que vários tripulantes estavam lendo um jornal que estampava na primeira página fotos coloridas de três bebês. Deu de ombros. Tinha outras preocupações pessoais e nem conseguiria concentrar-se o suficiente para conseguir uma boa leitura. Resolveu cochilar, a fim de que o tempo passasse mais depressa. Doía-lhe a idéia de não ter notícias. Até pensou:
Quando não queremos ser incomodados, recebemos interferências até de pára-quedas. No entanto, os telefones que liguei até agora ficaram mudos.Ninguém atende e ninguém me liga.Algo deve estar acontecendo.Preciso saber... Preciso chegar ao Brasil. Preciso ver Elizabete.
Torturado pelos pensamentos, foi vencido pelo sono. Acordou chegando em São Paulo. Ficou feliz. Ao menos, conseguiria descobrir alguém que lhe desse notícias. Elizabete estava atormentada pelas dúvidas. Os três bebês se revezavam em seus dois seios. Sua maior preocupação, no momento, era exatamente seus filhos. Não lhe importava a razão de serem tão diferentes. Eram seus, os três, e os amaria sem distinção. Eles não poderiam ser afetados pela intransigência ou intolerância de quem quer que seja. O que ela estava precisando agora era controlar-se até a chegada de Frederico, (apesar de não imaginar qual seria a melhor explicação). Do contrário, os bebês ficariam sem o colostro. É sabido que o colostro é o mais saudável alimento para o recém-nascido. Ela não tinha o direito de lhes tirar esse prêmio. Além disso, tinha leite o suficiente para os três bebês e conhecia, muito bem, o resultado de má alimentação para um bebê. Era formada em pedagogia e trabalhou muito tempo com crianças na fase de seus primeiros anos de vida, em Santa Catarina, Estado onde viveu até se casar com Frederico.
Na escola em que trabalhava, Elisabete teve a oportunidade de perceber que as crianças que sorveram o leite materno se destacavam das outras em saúde e disposição. Elizabete tinha um sorriso espontâneo e cativante. Fora sempre otimista e solidária. Era boa filha, boa amiga e sentia-se ótima esposa. Milhares de lembranças lhe vinham à tona. Principalmente, aquela por ela considerada a melhor de todas. Conheceu Frederico quando participou de uma de suas memoráveis palestras e, na oportunidade, adquiriu um de seus livros. Ficou muito impressionada com a riqueza de conteúdo e a força do relato. Não resistiu por muito tempo e após muita reflexão, enviou-lhe (através do e-mail indicado no livro), um lisonjeiro comentário. Frederico respondeu-lhe imediatamente. Foi o primeiro passo e, em pouco tempo, estavam-se comunicando calorosamente. O casamento foi uma conseqüência natural do amor correspondido.

Frederico finalmente chegou em Curitiba. No aeroporto, se defrontou com vários repórteres e ficou momentaneamente assustado. Estava acostumado a dar entrevistas, porém jamais havia se deparado com tantos repórteres ao mesmo tempo. O mais incrível, no seu ponto de vista, era que muitos canais de televisão transmitiam ao vivo. Ele sabia não ser uma celebridade excepcional. “Qual a razão de tanta abordagem? Como descobriram minha chegada, se eu nem havia conseguido falar com as pessoas do meu relacionamento?”.Pensou.

Dr Frederico foi logo abordado por um dos repórteres, enquanto dezenas de microfones e gravadores eram colocados o mais próximo possível de sua boca.
— Qual é a sua opinião, quais os seus sentimentos, a forma como vê o fato de ser pai de trigêmeos tão diferentes?
— É você que está dizendo isso. Eu, particularmente, desconheço quantos filhos minha esposa deu à luz.
— São estes aqui, na primeira página do jornal!
Afirmou um outro repórter, conseguindo ver o tempo congelar nos olhos de Frederico. Agora ele estava entendendo a razão de tanto interesse e repentina fama.
— Por favor, não quero falar uma única palavra enquanto não vir minha mulher.
— Acha que ela o traiu? Pergunta um mais ousado.
— Não sei o que responder, por isso quero ouvir de minha esposa o que está acontecendo. Eu a amo, muito mais que o suficiente, para não prejulgá-la.
— Mas Dr Frederico, cientistas do mundo inteiro alimentam a idéia de que é possível uma mulher engravidar de vários homens no mesmo dia.
— Então vocês querem insinuar que minha Elisabete me traiu? É isso?

No quarto do hospital, Elisabete, a enfermeira e o Dr Eduardo acompanhavam, ao vivo, a entrevista inusitada de Frederico. Elisabete estava emocionada e orgulhosa com a posição firme de Frederico em não tirar conclusões antecipadas.

Nos bastidores do hospital, em cada corredor, os comentários eram desencontrados. Até os doentes terminais pararam de se queixar para ficarem atentos ao que se noticiava nos rádios e tevês. Nas ruas, nas empresas, em todo o Brasil, no mundo...Nenhuma reportagem, depois do memorável “11 de setembro”, nos Estados Unidos, conseguiu prender a atenção de milhões de pessoas ao mesmo tempo.

Frederico teve que dividir um táxi com o repórter André Terú.Num passe de mágica, todos os táxis foram contratados. A saída do aeroporto foi algo cinematográfico. Centenas de carros seguiram o que levava Frederico.

André, que era mais experiente e comedido, comentou com Frederico que fora ele que havia utilizado a matéria em primeira mão.
— Dr Frederico, quero pedir-lhe desculpas pela intromissão em sua vida, mas infelizmente é o meu ganho, a minha profissão, e eu vivo disso.Quero esclarecer-lhe, no entanto, que fiz de tudo o que pude para que seu nome e o de sua esposa não fossem veiculados.Principalmente porque conversei com ela e algo me diz, no fundo do meu coração, que não houve infidelidade, apesar de tudo ir contra àquilo que possamos alegar.
— Obrigado por me defender, André! Ao menos, pela sua ótica, somos três entre seis bilhões de pessoas no mundo inteiro a não termos dúvidas quanto à fidelidade de Elisabete.
— — O teste de DNA é infalível , Dr Frederico!
. — Concordo!

O carro estava monitorado. Toda a conversa entre André e Frederico estava sendo transmitida sem o conhecimento dos dois passageiros. Vários repórteres de várias emissoras iniciaram enquêtes com a população. Os pensamentos divergiam. Mas quase a totalidade incriminava Elisabete e ofereciam de graça, a Frederico, chifres sob encomenda.

O carro estacionou quase um quarteirão antes do hospital, sito na Avenida Batel, devido ao congestionamento de pessoas que queriam ver o corno mais famoso do mundo.

Frederico estava ansioso para ver a esposa. Relutava de todas as maneiras em acreditar que ela o tivesse traído. Quando entra no quarto, onde Elisabete o aguardava com os bebês, ficou surpreso com as suas reações. Perante a esposa amada, os dois pares de olhos azuis se encontraram. Deles as lágrimas fruíram de forma sublime. Nem uma única palavra foi dita. Frederico beijou a esposa, pegou um filho de cada vez e tranqüilamente dirigiu-se a André, dizendo:

— Pode transmitir a todos que eu não fui traído! Provarei isso através do exame de DNA.